Em 2021, qual será o papel do CEO na inovação das empresas?

A pandemia reforçou a necessidade de construir bases sólidas nas empresas para a sustentação do negócio e, principalmente, fomentar uma cultura de inovação nas organizações. Num outro ponto, este cenário impulsionou o empreendedorismo. Nos últimos meses, algumas ditas “certezas” do mercado foram colocadas à prova e outras foram criadas, mas uma premissa se reafirmou: independentemente do setor, todas as companhias do século XXI são, ou serão, de tecnologia.

Somando 30 anos como responsável pela busca de inovação à frente de uma empresa de tecnologia, que incluem erros, acertos e a impensável pandemia, acumulei alguns conhecimentos durante esta missão como CEO e impulsionador da vanguarda nas empresas. Com base nos cinco domínios da Transformação Digital, que são clientes, competição, dados, inovação e valor; e em quatro cenários de mercado, tais como lockdown, reabertura, rebote e novo normal, detalhei cinco aspectos que podem contribuir para o avanço da digitalização das organizações.

1. Cliente

A primeira consideração a fazer é que seus clientes, ou os clientes dos seus clientes, são ou serão cada vez mais “Digitais”. Outra mudança importantíssima é que os clientes estão o tempo todo influenciando-se reciprocamente e construindo a reputação das empresas e das marcas através de redes. Dica: Saia a campo e entenda as reais necessidades e a mudança de hábitos de seus clientes. Não suponha, mas sim pesquise e interaja. Crie e aumente consistentemente os canais de interação com seus clientes e integre as ações de marketing, vendas e tecnologia, pois elas devem andar na mesma direção.

2. Competição

Seja rápido, imprima velocidade nas decisões e na execução, tirando do papel. Competidores entram no mercado onde há vácuo e lacunas deixadas pelas empresas, principalmente as startups. Dica: Crie um planejamento de cenários baseados em reabertura, rebote e recuperação da pandemia, e não faça previsões e escolhas isoladas. Para acelerar, não deixe de lado a “coopetição” com outras empresas e possíveis fusões

3. Dados

O grande ativo das empresas no mundo atual é a informação e a grande questão é que a maioria das empresas não sabe o que fazer com os dados que já tem (estruturados) e muito menos com informações provenientes de fontes fora da organização – dados de redes sociais, de compra, governamentais etc (não estruturados). Combinar esses dados e utilizá-los massivamente é fator decisivo para a tomada de decisão. Dica: Comece já, pois a cultura e a maturidade no uso de dados é lento e requer um longo aprendizado. Invista numa área de dados e extraia todo potencial de um Big Data combinado com Inteligência Artificial, Machine Learning e não se esqueça da segurança e privacidade dos dados.

4. Inovação

Inovar é pensar fora da caixa, porém como fazer isso dentro de modelos tradicionais de gestão? Como inovar dentro de processos rígidos e burocráticos, como prever ROI num mundo de hoje, caótico, que muda tudo em questão de meses ou semanas ou dias? Nós não temos mais controle. Dica: Utilize metodologias como Design Thinking ou Design Sprint, pois elas ajudam a incorporar na sua cultura a velocidade, o engajamento, o baixo esforço e as ótimas ideias.

5. Valor

Na era digital, confiar em proposta de valor imutável é estar fadado ao fracasso. Quem liderar dessa forma será engolido por concorrentes com propostas de valor mais atraentes. A onda das mudanças já está em curso há muito tempo e a pandemia só acelerou esse processo. Dica: Lidere a transformação da cultura da sua empresa para um modelo não só de resiliência e eficiência, mas também de inovação. Não é tarefa fácil pois há muitas variáveis e barreiras, mas não há espaço para esperar o mercado e a concorrência te atropelarem.

As grandes crises têm o poder de acelerar o futuro. E 2020, com a pandemia, não foi diferente. Foram dez anos em dez meses, ou menos. Empresas que nunca pensaram em mudar sua proposta de valor tiveram que se transformar e inovar rapidamente. Os líderes que estão à frente das empresas têm a responsabilidade de proporcionar o impulso às novas perspectivas. Sem sombra de dúvidas, quem não se adaptar e inovar não conseguirá acompanhar os movimentos dos negócios.

Microsserviços com AWS Lambda e API Gateway

A computação sem servidor, o famoso serverless, é um modelo de computação em nuvem no qual um provedor de nuvem gerencia automaticamente o provisionamento e a alocação de recursos de computação. Diferentemente da computação em nuvem tradicional, onde o usuário é responsável por gerenciar manualmente os recursos de computação. Você pode saber mais sobre o assunto lendo o post “Aplicações Serverless: quais as vantagens de usar esta arquitetura?”.

Com a popularização do uso da Arquitetura de Microsserviços, uma abordagem extremamente válida para executar microsserviço é implementá-lo utilizando o serviço AWS Lambda e, em seguida, expor para consumo público usando o AWS API Gateway. No texto a seguir vamos explicar um pouco mais sobre este processo. 

Mas afinal, o que é o AWS Lambda?

O serviço AWS Lambda permite executar códigos sem se preocupar com o processamento do servidor. Se faz necessário somente enviar o código para a AWS que o serviço Lambda consegue executar sua rotina com alta escalabilidade e disponibilidade. Desta forma, quem implementa a solução não precisa gastar horas e horas pensando em desenvolver algo mirabolante, que reinvente a roda, somente para poupar recursos computacionais. 

É claro que não estamos falando em criar um código mal feito e jogá-lo para dentro da AWS de qualquer jeito. Lembre-se sempre de utilizar as melhores práticas para sempre manter um código limpo e otimizar o desenvolvimento da sua aplicação.  

A maior vantagem do AWS Lambda é que você irá pagar somente pelo tempo de computação que for utilizado para o processamento. Imagine que você desenvolveu um microsserviço que insira registros em uma tabela no banco de dados, e você sabe que ele terá uma alta demanda de acesso, logo, precisará ser escalável e estar sempre disponível para os usuários. 

Pensando de maneira tradicional, você precisa deixar sua aplicação rodando em um servidor que deve estar sempre disponível, então, o custo de computação será por utilizar um recurso do AWS EC2 rodando 24 horas, e podendo ter um custo adicional, quando precisar escalar esse serviço. 

Porém, se pensarmos em colocar seu código dentro de um Lambda, você será cobrado apenas quando essa rotina for executada e o custo será baseado no tempo de execução, o AWS Lambda verifica a cada 100ms executados, sem que você se preocupe em gerenciar a escalabilidade e disponibilidade do serviço. Agora que já conhecemos quem vai executar o nosso código fonte, precisamos saber quem será o gatilho da nossa função Lambda, e como nosso foco aqui é microsserviço web, deixaremos essa função para o Amazon API Gateway.

E o que é API Gateway? 

O Amazon API Gateway é um serviço onde é possível criar, publicar e gerenciar APIs com facilidade. Funcionando como uma porta de entrada dos nossos microsserviços, ele possui suporte tanto para encaminhar as chamadas para os microsserviços que estão conteinerizados, quanto para nossas funções Lambda. Com ele você consegue criar APIs HTTP RESTFul, que são a melhor escolha quando estamos falando de APIs web, ou, também, a criação de APIs do tipo WebSocket.

Com o API Gateway conseguimos administrar todo o recebimento e processamento de centenas de milhares de chamadas simultâneas. Sendo possível gerenciar todo o tráfego HTTP, configurar CORS, adicionar controle de acesso e até criar um controle de versões da nossa API. E o custo é bem reduzido, pois a cobrança é feita pela quantidade de chamadas que sua API recebe e pela transferência de dados de retorno para quem consome a API. E é possível reduzir ainda mais os custos à medida que se tem necessidade de escalonamento.

Estamos falando de um serviço que nos oferece desenvolvimento eficiente de uma API, performance em qualquer escala, fácil monitoramento, controle de segurança flexível e tudo isso a um custo extremamente acessível.

Então, nossa solução de microsserviços serverless ficará da seguinte forma: uma porta de entrada HTTP utilizando o Amazon API Gateway, onde poderemos ou não configurar controle de acesso, que nos entregará alta performance em qualquer escala de aplicação com fácil monitoramento, e que será o responsável por acionar nossa rotina que estará configurada dentro de uma função AWS Lambda, que possui capacidade altíssima de processamento sem que seja necessário provisionar e gerenciar um recurso dentro de um servidor, que nos entregará escalabilidade contínua em alta disponibilidade, performance otimizada e tudo isso pagando somente pelo tempo que for utilizado.

Comece a repensar as arquiteturas de seus projetos para utilizar esses serviços que irão otimizar o tempo de desenvolvimento de sua solução com inúmeros benefícios, tanto para quem desenvolve quanto para quem consome os microsserviços. É claro que existem outras maneiras válidas de usar esses serviços que possuem diferentes implementações.

Para os leitores deste artigo, sugiro consultar a documentação oficial dos serviços para entender melhor sua implementação e utilizar as melhores práticas. Este artigo ainda pode servir como uma introdução aos principais recursos associados a esses serviços, mesmo se você escolher uma arquitetura diferente. Gostou do texto? Então entre em contato com a gente. A Viceri tem um time de especialistas prontos para auxiliar seu negócio.

A evolução da Viceri: as conquistas e aprendizados que obtive nessa jornada

Da salinha minúscula no Centro de São Paulo até o Vale do Silício, percorremos um longo caminho para consolidar a Viceri como um grande empresa de tecnologia. Conheça a nossa evolução ao longo dos últimos 30 anos e como vamos seguir trabalhando para propulsionar grandes transformações nos nossos clientes.

“Éramos apenas quatro pessoas e trabalhávamos em uma salinha minúscula”

A fundação da Micro Mídia, empresa que viria a se tornar a Viceri, começou ainda em 1990, quando eu saí de outra sociedade para abrir essa empresa por conta própria. Na época, éramos apenas quatro pessoas e trabalhávamos em uma salinha minúscula no Centro de São Paulo, desenvolvendo sistemas sob medida para a indústria e comércio.

O mundo vivia a revolução provocada pelos microcomputadores, o chamado downsize, e saía de uma realidade em que apenas empresas muito grandes tinham computadores caríssimos, para uma em que todas as empresas se informatizavam. Ou seja: tínhamos um mercado enorme para explorar.

Assim, fomos nos especializando em sistemas de backoffice para controle de despesas, contas a pagar, pagamento de impostos e precificação. Com cerca de 3 anos de empresa, mudamos a sede para Jundiaí, de modo a fugir dos deslocamentos enormes que enfrentávamos toda vez que visitávamos algum cliente. Aqui, nos instalamos em uma pequena casinha na Avenida Jundiaí, muito diferente do prédio de 800 m² que ocupamos hoje.

“Muitos desafios faziam parte do nosso cotidiano” 

Hoje em dia, empreender ainda é muito difícil no Brasil e, mesmo assim, no início dos anos 1990 era muito pior. Por exemplo:

Com uma inflação média beirando a 30% ao mês, era complicado para as empresas definirem preços de produtos sem ver todo o resultado diluído pela desvalorização da moeda. Assim, nosso sistema tinha o diferencial de calcular como deveria ser o aumento dos preços ao longo do tempo e de acordo com condições tais como vendas a vista ou a prazo por exemplo.

Dessa forma, estabelecemos uma ampla carteira de clientes formada por empresas que fabricavam peças automotivas para a indústria. Porém, com a política de abertura para o mercado internacional – que foi boa, mas pegou muitas organizações despreparadas – a maioria dessas empresas quebrou ou foi incorporada por multinacionais, abandonando nosso serviço.

Muitos desafios como esse faziam parte do nosso cotidiano e a empresa passou a ter mais fôlego apenas quando começamos a conquistar o mercado de seguros, por volta de 1995. Ofertando nosso ERP para o backoffice das seguradoras, áreas administrativa, contábil e financeira, conseguimos implantá-lo nas principais seguradoras do país. 

Um marco importante desse momento foi quando iniciamos os serviços para a seguradora nacional Vera Cruz, empresa para a qual desenvolvemos inúmeros outros sistemas ao longo do tempo. Mesmo com a sua incorporação pela multinacional MAPFRE, em 2005, permanecemos entre os fornecedores de tecnologia até hoje, uma parceria que já dura 23 anos.

Em 2002, quando os negócios começaram a ser realizados pela internet, desenvolvemos os portais de negócios para seguradoras, ofertando soluções que atendiam corretores, segurados e prestadores em um único sistema. Com o tempo, nos consolidamos como uma empresa de alta qualidade de serviços e excelente relação e confiança com os clientes, atuando em projetos para vários outros setores.

“As startups são muito importantes no cenário atual”

Com a consolidação plena da empresa, mais de cem funcionários e algumas gigantes no portfólio, decidimos marcar esse momento com um novo nome, que fosse forte e transmitisse a grandeza e as vitórias que estávamos conquistando. Assim, fizemos nosso primeiro reposicionamento de marca em 2012, e a Viceri nasceu.

Isso representou uma mudança importante na maneira como éramos vistos no mercado e com o tempo, conseguimos conquistar outros clientes entre as maiores do Brasil. 

Com isso, nos estabelecemos como uma grande empresa de desenvolvimento de software sob medida, porém não tínhamos mais a vantagem do início dos anos 1990, pois a democratização da tecnologia e do conhecimento abriu as portas para inúmeros profissionais autônomos de TI. Assim, estávamos competindo tanto com outras gigantes do mercado de tecnologia quanto com os pequenos desenvolvedores.

Por isso, iniciamos um plano para desenvolver um portfólio de produtos prontos, transformando a Viceri em uma empresa de produtos e serviços digitais. Mas logo percebemos que era difícil conciliar a criação desses produtos com o atendimento aos nossos clientes fixos apenas com nossa equipe interna.

Nessa mesma época, a Transformação Digital estava ganhando força. Essa mudança cultural fez com que todo mundo passasse a fazer tudo através de um meio digital, e assim, tornou o consumidor muito mais exigente e empoderado em termos de preços, qualidade de entrega, velocidade e comodidade. Entregar isso para ele exige um nível de inovação gigantesco que a maioria das empresas grandes está longe de alcançar.

Por isso que as startups são muito importantes no cenário atual. Por serem menores e super focadas em inovação, conseguem tomar decisões e aplicar mudanças com mais agilidade, o que as deixa mais livres e propensas a criar as soluções que esse consumidor cada dia mais exigente espera.

Quando percebemos isso, iniciamos uma série de parcerias com startups em 2017, proporcionando estrutura e sustentação para que elas pudessem desenvolver suas ideias de negócios, enquanto nós podíamos ampliar o nosso portfólio de produtos, oferecendo essas ideias ao mercado.

“O lugar onde encontramos tudo isso é o Vale do Silício”

Com a Transformação Digital avançando cada dia mais, os nossos clientes demandam soluções para qualificar o atendimento e relacionamento digital com seus consumidores. Eles não precisam mais de sistemas de backoffice. Para atender a isso, precisávamos de mais contato com a inovação, com a excelência em atendimento e com o pensamento global. E o lugar onde encontramos tudo isso é o Vale do Silício.

Assim, em 2018, eu fui ao Vale pela primeira vez, de modo a iniciar a instalação de uma célula da Viceri lá. Tínhamos três motivos fortes para fazer essa conexão.

O primeiro é o branding. Se a sua empresa está hoje no Vale do Silício, instantaneamente ela é vista de maneira diferente pelo mercado. Assim, a nossa instalação lá fez muito bem para a nossa marca e para a imagem da empresa.

O segundo é o conhecimento e o mindset digital que adquirimos, aprendendo como as empresas do Vale praticam a inovação e o que precisávamos mudar internamente para favorecer esse processo. Naturalmente, ficar mais próximo do maior ambiente de startups do mundo acabou trazendo dezenas de outros ensinamentos. 

E terceiro, para fazer um benchmark detalhado dos nossos produtos tendo o mercado internacional como referência. Hoje em dia, você precisa lançar produtos digitais com um olhar global. Como a Transformação Digital provocou uma ampla desmonetização e queda no preço desses produtos – confira quanto você pagava no Microsoft Office há 5 anos e quanto paga agora – você precisa de milhares de consumidores ativos para garantir a rentabilidade dele. 

Por isso, fomos ao Vale aprender como criar, desenvolver e comercializar esses produtos mirando consumidores no mundo todo e com alta capacidade de inovação. 

Hoje, temos planos de ampliar nossa atuação lá – um pouco atrasados pela pandemia – com o objetivo de trazer ainda mais desses conhecimentos para cá, ajudar a levar produtos digitais do Brasil para o mundo e ser um canal de entrada para as empresas internacionais explorarem o mercado brasileiro.

Essa empreitada resultou em uma nova mentalidade para a Viceri, tornando-a uma empresa inovadora, que assumiu o desafio de fazer a Transformação Digital acontecer em muitas empresas e criar experiências incríveis e soluções criativas para nossos clientes. Por isso, celebramos esse movimento com um novo posicionamento de marca. Em um momento muito especial, mudamos completamente a proposta visual, discursos, mídias sociais e site, marcando a nova fase inclusive com uma grande festa.

Nossa nova sede, inaugurada no início deste ano, também faz parte desse movimento, pois é um espaço muito mais confortável e que favorece a inovação de cada um dos nossos colaboradores. Além disso, é um ambiente muito bom para receber clientes, realizar apresentações e exibir os nossos valores e nossa cultura para o mercado.

“Aqui na Viceri, o futuro está ligado ao que já estamos fazendo”

Assim como qualquer empresa, a pandemia também nos trouxe desafios, mas nós estávamos mais preparados para enfrentar esse momento sem prejudicar nosso trabalho. E mesmo com as consequências negativas, eu sou bastante otimista quanto às transformações que esse momento está provocando nos negócios e no futuro deles. 

A nossa equipe é dividida em pequenas squads, utilizando uma metodologia em que cada uma funciona como um pequeno negócio, tendo uma liderança e a responsabilidade de entregar resultados para o cliente, bater metas e etc. Isso facilita a comunicação, mesmo com todos trabalhando em home office, e favorece a inovação por não depender demais de gerentes e diretores.

Quando tudo isso passar, acredito que o formato híbrido entre o home office e o presencial irá se popularizar. Para o colaborador, ele ganha em qualidade de vida podendo acordar um pouco mais tarde por não enfrentar deslocamentos, mas ele também precisará do escritório para receber clientes, realizar reuniões ou participar de algum processo criativo em grupo. 

Além disso, a pandemia abriu os olhos de muitos negócios para a importância do meio digital para manter o seu cliente e também de adotar formatos de trabalho mais flexíveis. Em algumas organizações, as mudanças exigidas pela Transformação Digital da empresa foram adiantadas em 5 a 7 anos. Isso abre inúmeras frentes de trabalho para o mercado de TI. 

Aqui na Viceri, o futuro está ligado ao que já estamos fazendo, estamos construindo ele em muitos negócios. Hoje, nos consolidamos como uma empresa inovadora na área de serviços, não trazendo só o desenvolvimento sob medida, mas sim uma solução completa que representa a resolução de muitos desafios do mercados enfrentados pelo cliente.

Com o tempo, veremos cada dia mais tecnologias como IA, Cloud e IoT revolucionando o nosso cotidiano. E nós já incluímos várias delas nas nossas entregas de software. Além disso, cada dia mais buscamos oferecer produtos que representem a solução adequada e inovadora para cada cliente.

Esse é o nosso objetivo e o nosso desafio: fazer da Viceri uma das propulsoras do futuro nas empresas dos nossos clientes.

A linha do tempo da LGPD no Brasil

Finalmente, depois de muitas idas e vindas, discussões, medidas provisórias e projetos de lei, a Lei Geral de Proteção de Dados foi sancionada pela Presidência da República e começou a valer na última sexta-feira, dia 18/09/2020. A partir de agora, as empresas precisarão correr contra o tempo para se adequar à nova legislação que torna o processo de tratamento de dados totalmente claro para todos os usuários.

Para entender todo o contexto da sua criação, vamos abordar a linha do tempo da LGPD no Brasil e todo o seu histórico de mudanças desde a sua aprovação:

14/08/2018: A Lei 13.709/2018 foi aprovada originalmente e, com um prazo de 18 meses para vigência.

08/07/2019: A Lei 13.853/2019 foi aprovada, e dentre as suas mudanças, estava a criação da ANPD – Autoridade Nacional de Proteção de Dados e também a alteração da data de início de vigência da LGPD, para 08/2020.

03/04/2020: Por conta da situação pandêmica do país, o PL 1.179 é aprovado no Senado. Ele alterava a data de entrada em vigor da LGPD para 01/2021, com sanções administrativas valendo para 08/2021.

29/04/2020: Presidência da República promove a edição da MP 259/2020 que alterava a eficácia da lei e as penalidades ficariam para 05/2021.

14/05/2020: O PL 1.179 foi aprovado na Câmara e, conforme já mencionado acima, previa a aplicação das penalidades para 08/2021.

19/05/2020: O PL 1.179 foi votado novamente no Senado, acatando a situação proposta pela Câmara alguns dias antes, fazendo com o que este projeto de lei seguisse para sanção do presidente da república.

12/06/2020: A Lei 14.010/2020 é sancionada pelo presidente com punições valendo a partir apenas de 08/2021.

25/08/2020: Câmara aprova a MP 959/2020, que definia a entrada da LGPD para 01/2021 e as penalidades para Agosto do mesmo ano.

Um dia depois da aprovação da MP pela Câmara: Senado derruba o artigo 4º da MP 959/2020 que tratava da prorrogação da vigência da lei, fazendo com que a entrada da LGPD retornasse à 08/2020 com penalidades para 08/2021.

17/09/2020: Sanção da presidência, aprovando a LGPD.

18/09/2020: LGPD entra em vigor.

Porém, mesmo com a lei em vigor, ainda não temos a criação da ANPD e, as regras de funcionamento desta autoridade só valerão a partir da nomeação do diretor-presidente do órgão pelo presidente da república. Muitos especialistas acreditam que somente após a criação efetiva da autoridade nacional de proteção de dados é que as empresas terão segurança jurídica para operar, principalmente quando pensamos nas empresas menores onde a necessidade de orientação e entendimento é muito maior.

Quer saber mais sobre a nova Lei Geral de Proteção de Dados? Acesse o nosso whitepaper especial “Tudo sobre a LGPD” e confira vários conceitos e dicas para adequar o seu negócio à nova legislação!

A importância de um Encarregado de Dados

Empresários preocupados em estar em conformidade com a lei e preocupados com os dados tratados dentro das organizações não podem mais esperar. Agora que entendemos o que aconteceu desde a sua aprovação, as empresas precisarão criar um plano emergencial para atender as demandas iniciais e dentre todas as obrigações, a definição/nomeação do DPO (Data Protection Officer ou Encarregado de Dados) é essencial.

Ele será o canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a ANPD. Essa pessoa terá como responsabilidade cuidar do programa que a empresa criar para adequação à lei, além de ser acionado e ter que agir nas situações onde será necessária uma resposta a incidentes, caso ocorram. É importante que essa pessoa tenha total conhecimento do negócio da empresa, fazendo com que os processos de adequação se tornem mais fáceis e a curva de aprendizado seja menor.

Além disso, a aplicação das medidas iniciais são extremamente importantes, para que as etapas de conformidade sejam resolvidas o quanto antes. Mas por onde começar? Além da indicação do DPO, fazer com que as políticas de privacidade sejam publicadas e atualizadas nas plataformas digitais é o primeiro passo. É importante também que a empresa revise todos os seus contratos com fornecedores e parceiros e suas respectivas cláusulas para realizar as alterações necessárias pensando na responsabilidade compartilhada. 

Entender que a área de Recursos Humanos da empresa também precisará de atenção é primordial para que a transparência, a ciência e o consentimento mencionados na lei sejam atendidos. A realização de campanhas educativas dentro da organização levando a informação e a importância da lei a todos ali responsáveis pelo tratamento dos dados, é uma resposta necessária para que a sua empresa seja vista como preocupada em estar sempre a frente quando se trata de relacionamento com qualquer titular de dado, seja ele cliente, colaborador, fornecedor ou parceiro!

Quer saber como sua empresa pode entrar em conformidade com a LGPD? A Viceri tem um time de especialistas prontos para auxiliar seu negócio. Fale com a gente!

A importância de certificações para o desenvolvimento profissional e pessoal

De modo geral, todo indivíduo tem algum tipo de habilidade de destaque. No entanto, ele sempre tem que fornecer algum tipo de prova sobre suas habilidades e aptidões. Isso é possível por meio de uma demonstração de experiência prática, mesmo essa não sendo a maneira mais eficiente. Quando você possui uma certificação de especialização reconhecida pelo mercado, metade do caminho é percorrido de forma quase que instantânea.

As certificações são as credenciais que reconhecem e validam o conhecimento e a experiência de uma pessoa. Os programas de certificação geralmente envolvem um período específico de educação e treinamento. Eles são adequados para treinar indivíduos em uma tarefa específica ou desenvolver competências em uma habilidade específica. 

Muito se fala dos benefícios das certificações para os indivíduos, mas nem sempre é destacada a importância das mesmas para as organizações e seus clientes. Vamos discutir um pouco sobre esse assunto?

A importância das certificações para o indivíduo e a credibilidade profissional

Em primeiro lugar, é preciso destacar os benefícios, muitos deles intangíveis, que os profissionais certificados adquirem ao completar uma certificação reconhecida pelo mercado. Ter o certificado de uma instituição importante e reconhecida pela qualidade gera credibilidade e é a porta de entrada para um futuro profissional promissor. 

Há um número crescente de empresas, organizações sem fins lucrativos e organizações governamentais que, ao trabalhar com consultores independentes, desejam (ou podem até ser obrigadas) a envolver aqueles que possuem determinadas certificações de programas reconhecidos. 

A certificação demonstra seu compromisso com profissionalismo superior, mantendo os padrões da indústria e aprendizado contínuo. Esses méritos podem ajudar a aumentar sua credibilidade profissional e prestígio dentro de sua própria rede, com seus clientes atuais e na busca de novas oportunidades de negócios ou licitações em projetos.

Impulsionando o desenvolvimento pessoal

O fator mais crucial que destaca a importância da certificação é o desenvolvimento pessoal. Os profissionais podem buscar certificações para mostrar suas capacidades perante os empregadores ou para atingir objetivos pessoais. As certificações definidas como objetivos pessoais podem ajudar a realizar uma experiência satisfatória. É gratificante receber recompensas por seus esforços. As certificações geram um sentimento de automotivação, disciplina e comprometimento, que podem ser recompensas intangíveis com as certificações.

Relevância para o cenário profissional atual

Certas certificações exigem renovação periódica. A recertificação é um requisito importante para manter as credenciais como profissional certificado, e é ideal para obter benefícios para o empregador e para o próprio profissional, o ajudando a lidar com as atualizações e melhorias em tecnologias, plataformas e ferramentas. 

Apresentando exclusividade

A importância da certificação é muito evidente no caso de aquisição de expertise em novos produtos e serviços. Elas podem ajudar os profissionais a se tornarem especialistas no assunto, os destacando do resto da multidão, principalmente considerando que geralmente há menos documentação e materiais disponíveis para novos produtos e serviços.

Avanço na carreira e retenção de emprego

A importância da certificação para profissionais experientes também está na forma de perspectivas de promoções e retenção do emprego. A certificação ajuda no aprendizado de novas tecnologias e habilidades para uma promoção específica. Obter uma nova certificação ou uma certificação avançada em uma área específica de especialização pode ajudar no avanço da carreira. 

A volatilidade do ambiente econômico obriga as empresas por vezes encontrar novas formas de cortar custos. Uma certificação pode ajudar os profissionais a provar para os empregadores que desejam permanecer no emprego, e mostra sua dedicação em melhorar seu conjunto de habilidades e conhecimentos, o que implica em benefícios também para a empresa. 

A importância das certificações para as empresas

As certificações ajudam as organizações a demonstrar seu compromisso com o desenvolvimento profissional dos funcionários e com o aumento de sua produtividade. Além disso, as organizações que incentivam os funcionários a buscar certificações profissionais recebem credibilidade adicional no mercado, aumentando a sua reputação. Vejamos abaixo os principais benefícios das certificações para as empresas:

Dá aos clientes mais confiança no negócio

Incentivar os funcionários a obterem uma certificação profissional mostra aos clientes que a empresa mantém seus funcionários nos mais altos padrões profissionais e cuidará muito bem deles. Os clientes se sentem mais seguros e protegidos, sabendo que estão em mãos certificadas.

Funcionários mais felizes – que permanecem por mais tempo

Apoiar equipes na obtenção de certificações mostra a eles que a empresa compartilha do desejo de ser a melhor possível. As pessoas ficam mais felizes trabalhando em organizações que investem em seu desenvolvimento profissional e estão comprometidas em ajudá-las a dar os próximos passos em suas carreiras. Os funcionários também se sentirão notados e valorizados pela empresa. Esse senso de valor os incentiva a querer ficar, o que reduz uma das maiores dores de cabeça e despesas: a rotatividade de pessoal.

Qualidade na execução

Os funcionários certificados aprendem com seu treinamento a importância de aderir a determinados padrões profissionais. A empresa pode contar com mais facilidade e confiança com a capacidade de sua equipe de atender às referências do setor e contar com um trabalho de qualidade superior e mais consistente. 

Aumento da produtividade

Estudos realizados por uma variedade de organizações – incluindo Microsoft e Novell – mostraram que os funcionários com uma certificação profissional são mais produtivos. Isso porque as certificações preparam melhor os trabalhadores para lidar com os desafios do dia a dia e obter o máximo das novas tecnologias. Funcionários certificados geralmente trabalham com mais eficiência do que colegas não certificados, e sua presença pode ajudar a melhorar a produtividade dos projetos da equipe.

Por fim, é importantíssimo mencionar que as certificações devem ser encaradas por todos como uma validação de conhecimento adquirido e digerido através de sua aplicação constante. Somente deste modo elas continuarão a ser respeitadas e a ter relevância no competitivo mercado de Tecnologia da Informação.

Gostou do nosso texto? Confira mais insights no blog da Viceri ou entre em contato com o nosso time.

Benchtech: saiba tudo sobre o evento de tecnologia que vai reunir importantes players do setor

Vivemos na era em que os avanços tecnológicos não param e, é claro, quem trabalha no setor precisa seguir esse ritmo.  O Benchtech, evento de tecnologia que será realizado no dia 12 de agosto, terá dez horas de palestras com importantes players do mercado. 

Os profissionais de diferentes empresas vão compartilhar conhecimento, insights, experiências e estratégias que englobam as principais tendências do setor. A participação é totalmente grátis! Por isso, viemos trazer todas as informações sobre esse evento online. Continue lendo para saber mais!

Evento de tecnologia para impulsionar novas estratégias 

Quem quer se destacar no mercado precisa ficar de olho na concorrência. Ao avaliar as novidades de diferentes empresas, é possível fazer um bom benchmarking e, a partir daí, traçar novas estratégias. No mercado da tecnologia, no qual as atualizações são aceleradas, isso é ainda mais necessário.

Mas como colher esse tipo de informação e começar novos planos diante do cenário atual? Participando do Benchtech, evento de tecnologia que será online e gratuito.  

No dia 12 de agosto, das 10h às 20h, você vai poder conferir palestras sobre marketing, vendas, customer success, transformação analítica, transformação digital e mais. Todos esses tópicos voltados para o mercado de tecnologia!

A organização é feita pela Layer Up, agência digital com seis anos de mercado, que acelera o crescimento de empresas utilizando estratégias de marketing e vendas, análise de dados e otimização de resultados, produção de conteúdo e campanhas com foco em performance.

Além de ganhar conhecimento e poder fazer uma análise profunda sobre as principais tendências do setor, você também vai poder interagir com os palestrantes pelo bate-papo e Q&A. Ou seja, uma ótima oportunidade para networking. 

O evento também trará enquetes que podem trazer respostas concretas sobre novidades do mercado. Para participar, é só você se inscrever aqui e salvar a data na sua agenda. 

O que você vai ver no Benchtech?

Ficou curioso(a) sobre esse importante evento de tecnologia? Trouxemos também a programação completa para você ter um gostinho do que pode aprender se escolher participar: 

09h30 às 10h – Apresentação e abertura do evento
Por Samira Cardoso, co-fundadora e CEO da Agência Digital Layer Up.

10h às 11h – Como a CustomerX gerencia o relacionamento e o sucesso do cliente
Por João Luz, gestor de Customer Success da CustomerX.

11h às 12h – A jornada de inovação e transformação digital da Viceri
Por Marcel Pratte, CEO da Viceri.

12h às 13h – Startup: do estágio inicial até o primeiro investimento
Por André Hotta, co-fundador da Origem.io

13h às 14h – Product Market Fit: o processo que permitiu a escalada da Meetime
Por Victor Oliveira, co-fundador e CTO da Meetime

14h às 15h – Cultura analítica: como a Blue organizou um time proficiente em dados?
Por Gabriel Avi, sócio-fundador e diretor comercial da Blue.

15h às 16h – Case Neoway: acertos e aprendizados de quem já passou por algumas rodadas de investimento.
Por Carlos Eduardo Monguilhott, CEO da Neoway

16h às 17h – Lições da Ramper no desenvolvimento do seu processo comercial e na formação do time de vendas
Por Ricardo Corrêa, CEO e co-fundador do Ramper.

17h às 18h – Como captar recursos sem dividir a empresa
Por André Bernert, CEO da Clint HUB, e André Wetter, co-fundador da a55

18h às 19h – Os impactos e resultados de ações de PR no mercado tech
Por Maria Cecília Bere, fundadora e CEO da agência de relações públicas Fala Criativa

19h às 20h – A história de sucesso da Resultados Digitais e a estruturação dos processos e estratégias de marketing
Por André Siqueira, co-fundador e diretor de unidade de negócio da Resultados Digitais.

20h às 21h – O futuro das startups: análises do mercado e construção de cenários para os próximos anos
Por Marcelo Molnar, sócio-diretor da Boxnet

21h – Encerramento
Por Samira Cardoso, co-fundadora e CEO da Agência Digital Layer Up.

E, caso você queira saber mais sobre o que você vai conferir em cada uma das palestras, pode clicar aqui e conferir todos os detalhes! 

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Funciona assim:

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Analista de dados: os objetivos e competências de um bom profissional

“Mas, após observação e análise, quando você achar que alguma coisa concorda com a razão e é condutora para o bem e benefício de todos, aceite-a e cumpra-a.”

Gautama Siddharta, também conhecido como Buda, 563-483 A.C.

Ciência de dados é um campo interdisciplinar que usa métodos científicos, processos, algoritmos e sistemas para extrair conhecimento e insights de dados. Como sabemos, ela lida com dados quantitativos e qualitativos, onde aplicamos essencialmente quatro tipos de análise: descritiva, diagnóstica, preditiva e prescritiva. O fato de ser interdisciplinar nos indica que ela envolve a combinação de mais de uma disciplina acadêmica dentro da mesma atividade. 

Por ser uma área extensa, permitiu a criação de várias especializações de carreiras existentes anteriormente. Muitos desconhecem que para cada tipo de tarefa temos profissionais com perfis e conhecimentos específicos. Nesse texto vamos focar no Analista de Dados, indicando quais são as competências esperadas e seu limite de atuação. Em uma publicação futura detalharemos cada uma das posições existentes dentro de um time focado em dados.

Quais as competências de cada profissional dentro de um time?  

Antes do profissional, vamos falar da análise de dados em si: as empresas tendem a coletar todos os dados possíveis relacionados ao seu negócio, já que as expectativas dos clientes são cada vez mais altas e a competição acirrada continua em crescimento. A análise desses dados podem contribuir para que essas organizações possam ser proativas, antecipando as necessidades, otimizando a experiência de seus usuários e entregando produtos e funcionalidades relevantes, os quais podem permitir a construção de um relacionamento entre a marca/produto e seus clientes. 

Baseado em fatos, podemos tomar decisões de negócio mais rápidas, ter consciência de riscos e capacidade de reação a mudanças do mercado, além de insights sobre o desempenho da empresa, reduzindo custos e aumentando lucros. Mas quais são os profissionais que, em termos de ciência de dados, podem auxiliar os tomadores de decisão a realizar essas análises em um curto espaço de tempo?

O primeiro profissional que sempre vem em mente é o cientista de dados, com domínio em machine learning, estatística e análise. Altamente qualificado, este profissional 3 em 1 tem alto custo, o qual muitas vezes não se justifica sem uma sólida estrutura e cultura de dados estabelecida nas organizações. Outros especialistas de domínios específicos podem ser essenciais para alcançarmos os objetivos desejados. Mas quais habilidades e competências eles devem ter? Existe uma tendência em procurar profissionais com expertise em inteligência artificial e machine learning, ou estatísticos, devido à sua longa reputação de rigor e superioridade matemática – ambos inegáveis. Mas e os analistas?

O que os menos envolvidos na área por vezes não entendem é que, apesar de estarem sob o mesmo guarda-chuva, esses profissionais são diferentes, mesmo utilizando os mesmos métodos algumas vezes. Cada um deve ser encorajado a dominar amplamente sua área de atuação. Estatísticos sempre prezam pelo rigor, engenheiros de machine learning pelo desempenho, e analistas pela velocidade. Os melhores analistas são velozes em vasculhar um dataset, identificando potenciais insights antes dos outros profissionais citados; isso não deve ser considerado como um demérito para eles já que, como citado, os objetivos são diferentes. 

Estatísticos, ao prezarem pelo rigor, garantem as conclusões obtidas de seus dados, não permitindo que você se engane. Não há espaço para inferências aqui: os métodos aplicados são os corretos para o problema apresentado. Engenheiros de machine learning, ao prezarem pelo desempenho, desenvolvem modelos resilientes, precisos e de rápida resposta aos seus acionamentos. O que ambos têm em comum é o fato de que são soluções de alto esforço para problemas específicos: se os problemas apresentados não valerem o custo de serem solucionados, a empresa acaba perdendo tempo e dinheiro.

O que faz um bom analista de dados? 

Bons analistas são um pré-requisito para sua empreitada com dados. Além da velocidade, eles têm a habilidade de identificar informações potencialmente úteis e apresentá-las em formato gráfico efetivo, revelando o antes desconhecido aos tomadores de decisão e inspirando-os a selecionar os problemas que valem a pena serem enviados aos estatísticos e engenheiros de machine learning. Os bons analistas podem ser considerados então como contadores de histórias dos dados.

Um ponto de destaque em relação aos analistas de dados é a sua regra de ouro: não chegue a conclusões através de seus dados. Apesar de soar estranho, essa regra deixa claro que o resultado de seu trabalho deve inspirar os interessados a explorar todas as possibilidades de interpretação de cada insight, elaborando hipóteses que possam ser testadas pelos estatísticos. Outro aspecto interessante dessa regra é que ela indica que a comunicação do resultado do trabalho realizado pelos analistas deve ser clara o suficiente para que não entendam um insight como uma conclusão.

O domínio de negócio também é algo extremamente relevante para os analistas de dados, não sendo algo essencial para engenheiros de machine learning e estatísticos. Por causa dessa expertise, eles podem auxiliar a identificar padrões rapidamente em seus dados e explorar diversos ângulos do mesmo assunto, antes mesmo de levar as informações para os tomadores de decisão. 

Podemos dizer que, numa ordem de prioridade na montagem de um time de dados, o analista vem antes dos outros profissionais citados, gerando insumos para eles e tendo uma importante função junto aos tomadores de decisão.

Gostou da nossa explicação? A Viceri tem um time completo de especialistas sempre dispostos a ajudar sua empresa a chegar mais longe. Entre em contato com a gente

LGPD: O cenário de insegurança jurídica durante a pandemia

Fica muito difícil não relacionarmos este tempo pandêmico com um cenário de insegurança jurídica em torno da Lei Geral de Proteção de Dados,  a LGPD. No artigo anterior, já tínhamos abordado sobre a dificuldade das empresas nos processo de adequação. Não só aspectos econômicos em tempos de crise, mas também as preocupações técnicas em relação a prazos e sobre quais as medidas os governos e instituições de saúde têm tomado para tratar dados com segurança neste período. E para entendermos um pouco melhor este momento que o Brasil vive, precisamos compreender também o que está sendo debatido entre o Governo Federal e o Senado. 

Em agosto de 2018 tivemos a promulgação da Lei nº 13.709, a Lei Geral de Proteção de Dados, com previsão de vigência para agosto de 2020. Por conta do cenário de pandemia, o Senado recebeu o plano de Lei nº 1179/2020 com a sugestão de um regime emergencial. Na primeira votação os senadores decidiram pelo adiamento da vigência da LGPD para janeiro de 2021, com aplicabilidade de multas a partir de agosto do mesmo ano. 

Antes da conclusão e sanção do plano de Lei nº 1179/2020, o executivo editou a Medida Provisória 959/2020 que tratava também do adiamento da vigência da LGPD para maio de 2021. Essa medida provisória entrou em vigor em abril de 2020 e deve ser convertida em lei, após votação do Congresso Nacional, até 27 de agosto deste ano. Caso contrário, ela simplesmente deixa de existir. Porém, uma nova votação aconteceu na Câmara dos Deputados para o plano de Lei nº 1179/2020 que eliminou a tratativa da prorrogação da vigência da lei, mantendo apenas a prorrogação dos recursos punitivos para agosto de 2021. 

Que confusões essas mudanças podem causar? 

Então, diante de todas essas informações, podemos entender que a Medida Provisória nº 959/2020 precisa ser convertida em lei até 27 de agosto de 2020 para que a data de vigência inicial da LGPD seja postergada para maio de 2021. Ou então, voltamos à data inicial prevista antes da pandemia, 16 de agosto de 2020. Sabemos que esse assunto tão importante segue em discussão e não podemos deixar de mencionar os impactos que isso traz para todo o país. 

O certo é que a Lei Geral de Proteção de Dados é extremamente relevante para o Brasil, e é importante desde a sua promulgação, em 2018. Sua relevância demonstra que o país está preocupado em fazer um tratamento de dados dos titulares de forma transparente. Traz também a credibilidade no que diz respeitos aos direitos humanos e aos requisitos de segurança digital. 

Porém, o país tem um grande entrave, um grande gerador de insegurança jurídica: a ausência da criação da ANPD, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Ela vai ser responsável, dentre várias funções, por fiscalizar e aplicar a lei. A nomeação ainda não ocorreu por conta de dependência da agenda do executivo e orçamento. Além da aprovação e indicação dos responsáveis. 

De acordo com Patrícia Peck, advogada especialista em Direito Digital e PHD em Direito Internacional e Propriedade Intelectual, não adianta prorrogar a vigência da lei sem que se tenha um compromisso de, nesse período de transição, criar a Autoridade Nacional de Proteção de Dados.

O país não pode simplesmente decidir uma vigência de lei e começar a aplicabilidade de multas na sequência, sem que se tenha a preocupação com o protocolo de conduta. A ANPD, antes da vigência da LGPD, precisa articular com as instituições e com a sociedade, estabelecer metodologias, promover campanhas educativas, responder a consultas públicas, regulamentar artigos que ainda ficaram abertos para discussão, para evitar que haja uma interpretação confusa da legislação.

Ou seja, é uma lei de alto impacto que precisa ser tratada com a sua devida importância. Alguns especialistas, inclusive, acreditam que vai ser preciso ao menos seis meses para que a ANPD tenha recursos suficientes para começar a sancionar. 

Quer saber mais sobre a nova Lei Geral de Proteção de Dados? Acesse o nosso whitepaper especial “Tudo sobre a LGPD” e confira vários conceitos e dicas para adequar o seu negócio à nova legislação!

O que vem pela frente? 

Estamos diante de uma mudança de vício de consentimento. A partir de agora tudo vai ter que ser muito mais claro, mais transparente, sem letras miúdas ou interpretações dúbias. Todo o tratamento de dados tem que ter um objetivo, um princípio. Por isso hoje mais de 120 países estão regulamentando as suas leis de privacidade. Além disso, estamos em tempo de cloud computing, o que torna a proteção e a confidencialidade dos dados muito mais importante.

As empresas precisam determinar quais serão os dados levados para nuvem, por exemplo. São dados pessoais? São dados pessoais sensíveis? A preocupação com os riscos e a segurança, desde a criptografia dos dados em movimento e armazenados, até com quem os acessa, deve ser base para adequação à lei. Mesmo que ainda haja discussão sobre data de vigência, sobre a criação da ANPD, sobre quando começar com os recursos punitivos, e sobre os impactos da pandemia na LGPD, o fato é que já estamos em tempo de lições aprendidas, em tempo de amadurecimento das práticas de governança de dados.

A aplicação da lei é necessária visto que o momento em que vivemos é de extremo risco para o vazamento de dados: home office, grande quantidade de dados em trânsito e uma maior quantidade de dados sensíveis do que em outros períodos. Quanto mais tempo protelarmos a aplicação da lei, mais estaremos sujeitos a vazamentos de informações.

A pandemia está nos mostrando o quão importante seria se a LGPD já estivesse em vigor. Uma lei que seria uma referência muito forte diante de todas as questões de saúde que estamos enfrentando, devido ao grau de conscientização da sociedade diante da  crise. Acredito que o futuro nos reserva instituições mais preparadas e consumidores mais conscientes dos seus direitos.

A Viceri tem um time de especialistas nas mais diversas áreas. Todos prontos para ajudar sua empresa a entrar em conformidade com a nova Lei Geral de Proteção de Dados. Fale com a gente!

DevOps com microsserviços na AWS: tudo que você precisa saber sobre essa forma de trabalho

Com a constante necessidade das empresas se transformarem em verdadeiras fábricas de inovação digital, a agilidade para a disponibilização de novos produtos e experiências aos consumidores se tornou imperativa. Por isso, criar mecanismos que permitam uma entrega de TI mais rápida e com mais qualidade é cada dia mais essencial para sobreviver no mundo corporativo.

Entretanto, para fazer isso de forma inteligente, é preciso ir além da adoção isolada de rotinas de trabalho mais ágeis ou de altos investimentos em plataformas complexas, acreditando que a rapidez nas entregas surgirá instantaneamente assim que elas forem ativadas. Para criar resultados efetivos, é preciso combinar essas duas frentes, aliando técnicas de trabalho e habilidades da sua equipe com essas ferramentas.

Neste artigo, você vai saber mais sobre uma dessas combinações e entender porque aliar a metodologia DevOps com Microsserviços na AWS pode ser a chave para a otimização de processos e para o aumento da qualidade de softwares, bem como o aumento do desempenho da área de TI do seu negócio. Confira!

O que é DevOps

Para quem não conhece essa forma de trabalho, o DevOps é um conjunto de práticas e ferramentas de trabalho que propõe a unificação entre as áreas de desenvolvimento e operações, tornando o setor de TI mais integrado e mais ágil. 

Além da constante comunicação entre os profissionais de tecnologia e um fluxo de trabalho que facilita as operações de ambos, o DevOps prevê o uso de ferramentas de automação que proporcionam agilidade e otimização de diversos processos da construção do software, tais como testes, build e deploy.

Assim, a entrega da equipe de TI não só é mais rápida, como também mais confiável, já que os profissionais podem se dedicar mais à inovação, segurança e qualidade de software, de modo a minimizar as chances de erros.

Computação em nuvem com AWS 

Embora não se limitando ao seu uso com DevOps, a computação em nuvem é importantíssima para a adoção dessa forma de trabalho. Na prática, ela funciona através da execução de recursos de TI por meio da Internet. O objetivo é substituir datacenters e servidores físicos por repositórios e aplicações online através de um provedor de nuvem. 

Isso proporciona uma economia em termos de estrutura e um ganho de produtividade para os profissionais de tecnologia. Conforme dados da IDC, o investimento global em computação em nuvem pública deve chegar à US$ 216 bilhões em 2020, evidenciado que os líderes de grandes empresas veem esse como um dos seus principais investimentos futuros.

A Amazon Web Services (AWS) é um desses provedores. Lançada em 2006 e fornecida pela Amazon, a plataforma possui abrangência global e mais de 175 serviços de nuvem disponíveis para os profissionais de TI. A AWS conta com diversas ferramentas para facilitar o cotidiano de empresas que adotam o modelo DevOps, tais como: 

AWS CodeCommit

Serviço que hospeda repositórios protegidos baseados em Git, possibilitando a colaboração da equipe em um determinado código em um ecossistema seguro e escalável.

AWS CodeBuid

Serviço de compilação do código-fonte que realiza testes e produz pacotes de software prontos para implantação. Ele elimina a necessidade do profissional provisionar, gerenciar e escalar seus próprios servidores do build.

AWS CodeDeploy

Serviço que automatiza a implantação de códigos em servidores, facilitando o lançamento rápido de novos recursos, reduzindo o tempo de inatividade durante a implantação de recursos e agilizando a atualização de software.  

AWS CodePipeline

Gerencia a entrega contínua de aplicações e infraestruturas, implantando alterações de código automaticamente sempre que elas ocorrerem. Em caso de erros, ele gera logs que permitem visualizar tudo o que aconteceu durante os processos, facilitando a identificação e solução do problema.

Microsserviços

Os microsserviços são uma arquitetura de desenvolvimento de software diferente da tradicional, na qual sistemas grandes e complexos são transformados em componentes individuais. Cada um com uma função única, esses componentes se comunicam entre si através de APIs bem definidas.

Com microsserviços, a agilidade adquirida através do DevOps é potencializada, já que cada funcionalidade do sistema pode ser desenvolvida, operada, monitorada e atualizada independente do todo. De acordo com a Orbis Research, o investimento em plataformas de microsserviços deve crescer mais de 21% no período 2020-2025. 

Combinando DevOps com microsserviços na AWS, os desenvolvedores e profissionais podem trabalhar diretamente em um ambiente seguro, inteiramente baseado na nuvem e pronto para receber todas as inovações que a equipe conseguir produzir.

Quais as vantagens dessa combinação

Na prática, uma arquitetura de microsserviços garante muita rapidez para operações que poderiam custar muitas horas de trabalho. Em uma arquitetura monolítica, cada vez que uma única função precisa ser atualizada ou uma falha corrigida, todo o sistema precisa ser tirado do ar e, posteriormente, passar novamente por processos de testes, build e deploy.

Já em arquiteturas de microsserviços, uma mesma funcionalidade pode ser isolada do restante do sistema para passar por esses processos. Com isso, a entrega de novas funcionalidades inovadoras para cada sistema e a própria manutenção em caso de falhas podem ocorrer constantemente, já que não é preciso derrubar a aplicação inteira para realizar essas operações.

Por exemplo, supondo que um e-commerce comece a apresentar problemas nas funções relacionadas a pagamento. Em uma arquitetura monolítica, todos os processos de compra ficariam indisponíveis para correção da falha. Com microsserviços, é possível isolar o componente responsável por pagamentos enquanto as funções de catálogo, carrinho de compras e configuração do usuário continuam funcionais.

Pode parecer pouco, mas lembre que um sistema estável é essencial para o seu cliente. Às vezes, uma hora com sua aplicação fora do ar pode ser suficiente para ele abandoná-la para sempre.

Para o seu time de TI, essa arquitetura representa a possibilidade de ter múltiplas equipes trabalhando simultaneamente para fazer com que cada parte da experiência do consumidor seja a melhor possível. Além disso, a comunicação, integração e rotinas de trabalho propostas pelo DevOps são facilitadas, uma vez que os profissionais terão uma estrutura pronta para trabalhar nesse modelo ao invés de construir uma do zero.

Por último, mas não menos importante, o uso de microsserviços na AWS para o seu time operar em DevOps elimina a necessidade de investir em hardware e equipamentos de datacenter para manter essa forma de trabalho, uma vez que tudo acontecerá em um sistema seguro e inteiramente digital. Isso pode significar uma grande vantagem financeira para o seu negócio e evitar algumas dores de cabeça, ajudando-o a focar mais no seu core business do que no monitoramento de sistemas físicos de TI.  

Você já conhecia essas funcionalidades da AWS? Quer saber mais sobre como essa plataforma pode ajudar seu negócio a implantar a cultura DevOps? Envie uma mensagem para a gente e tire todas as suas dúvidas sobre essa combinação.

Dicas de programação: melhore a qualidade e facilite a manutenção de softwares

Como já disse Steve Maguire, em seu excelente livro Writing Solid Code, se você colocar um programador em cima de um penhasco com uma corda e uma asa delta e falar pra ele descer, não é possível adivinhar o que ele vai usar pra descer, mas pode ter certeza que ele vai pensar muito a respeito, antes de tomar a decisão. Contudo, o mesmo programador, quando for escrever um programa, é bastante provável que só irá pensar em tamanho e velocidade, mas não no risco do método que está utilizando. Se você aplicar a mesma metodologia na descida do penhasco, o jeito mais rápido (e mais arriscado) de descer seria pular!

Sendo assim, convido você a se atentar a todas as dicas de programação que citarei a seguir. Espero que elas ajudem a otimizar sua maneira de programar!

Dicas de programação que aprendi durante a minha trajetória

No começo da década de 90, eu fui contratado em um dos meus primeiros empregos porque eu conhecia a linguagem de programação C++. Apesar de ser uma empresa pequena, que tinha somente 5 funcionários, já contando comigo, ela tinha uma excelente base de clientes e um potencial muito bom na área. 

Nessa mesma época, eu me considerava um profissional bom, visto que conhecia muito da linguagem C++ e executava programas que eram verdadeiras obras de arte, com algoritmos muito inteligentes. Além disso, eu enxergava a qualidade no meu trabalho porque utilizava, em programas bastante enxutos, alguns comandos que só especialistas na linguagem seriam capazes de conhecer. 

Durante essa experiência, tive a oportunidade de trabalhar com um colega que tinha fama de ser um dos melhores programadores de C++ de toda a cidade. Pouco tempo depois da minha contratação, enquanto esse meu colega estava em uma viagem, precisei fazer algumas alterações em um código dele, pois um cliente estava fazendo essa solicitação com bastante urgência. 

Comecei a olhar o que ele havia escrito e fiquei muito surpreso. O pensamento que me veio na hora foi o seguinte: “Nossa, uma criança de 5 anos de idade poderia escrever um código assim”. Eu imaginava que uma pessoa com a experiência e fama que ele tinha, poderia escrever algo infinitamente melhor. Em poucos minutos consegui entender como funcionava o código dele, fiz as alterações solicitadas pelo cliente e tudo foi resolvido, de maneira rápida. 

Depois de poucas horas trabalhando no código do meu colega, ao voltar para meu próprio código, tive dificuldade em seguir o funcionamento e entender o que eu havia escrito antes! Esse episódio me ensinou uma lição muito importante, que há anos venho tentando seguir, e essa é a primeira das dicas de programação que quero trazer para vocês hoje: faça códigos simples. Não use técnicas avançadas para fazer seu código parecer mais moderno se você não precisa disso. Minha dica é que você programe pensando que amanhã uma criança de 5 anos de idade consiga realizar uma manutenção dentro do seu programa. 

É claro que, em alguns momentos, será necessário escrever algo um pouco mais complexo. Mas minha sugestão, para esses casos, é que você coloque comentários explicando o que esse código faz, o motivo deste método ter sido escolhido e o motivo de não ter utilizado outra técnica. Isso vai facilitar, e muito, a realização da manutenção deste código, principalmente caso ela aconteça em um futuro distante. Lembre-se: você está tentando escrever um código que funcione sem erros e de fácil manutenção. Você não está tentando mostrar aos seus colegas que conhece mais comandos do que eles – isso não é uma competição. 

Utilize chaves  

No caso das linguagens C, C++ e C Sharp, você pode colocar um bloco de código dentro de chaves {} e, assim, utilizar em um IF, por exemplo, se a condição for verdadeira, todos os comandos no bloco serão executados. 

if(condição) {

     comando 1

     comando 2

     …

}

Durante minha trajetória profissional, observei muitos programadores experientes falando que em programações de um único comando, não há necessidade de utilizar chaves, que isso é coisa para iniciantes:

if (condição)

     comando 1

Porém, quantos deles não esqueceram desse detalhe na hora de fazer uma manutenção no software? Assim, adicionaram mais comandos na programação que não ficaram dentro do IF, pois esqueceram de adicionar chaves. Depois disso, pense quanto tempo não levaram para descobrir o motivo de a manutenção não ter dado certo:

if (condição)

     comando 1

     comando 2

     …

Neste terceiro exemplo, o comando 2 é executado independente da condição ser verdadeiro ou não.

Esse exemplo serve também para VB (Visual Basic), linguagem de programação produzida pela Microsoft. Pode-se colocar um IF seguido da condição e de um comando, tudo na mesma linha. Porém, a dica aqui é que você crie o hábito de colocar sempre o comando na linha seguinte e finalizar o bloco com END IF, isso irá facilitar a manutenção do seu software.

Não use

If condição Then comando

Use

If condição Then

     comando

End If

Comece a usar a linguagem a seu favor ao invés de brigar com ela!

Se atente às nomenclaturas

Independentemente da linguagem que você estiver trabalhando, uma das minhas dicas de programação é que você preste bastante atenção ao padrão que a empresa utiliza para criar nomes de rotinas, nomes de estruturas e variáveis. Existem empresas que preferem criar nomes somente em inglês, visto que, atualmente, vivemos em uma aldeia global. 

Durante um período da minha trajetória profissional, trabalhei em um projeto onde um módulo de atendimento ao cliente era chamado de Customer Attendance. Esse termo não tem nada a ver com atendimento ao cliente. A palavra Attendance significa comparecimento, quando traduzida de inglês para português. Porém, a empresa achou que estava correto ao encontrar esse termo na internet, mas não sabia que era um site nacional que possuía textos em inglês com diversos erros. Ou seja, no caso da preferência pela criação em inglês, a dica é que você pesquise qual seria a melhor palavra utilizando insights de origem inglesa, para não cometer erros desse tipo. 

Em poucas palavras, a minha dica é que você se familiarize com os padrões de programação impostos pela sua empresa e os siga à risca na hora de criar novos nomes. 

Separe, treine e aceite sugestões 

Se a função do programa que você está escrevendo está ficando pesada ou com uma lógica muito complexa, faça como os macedônios faziam 300 anos antes de Cristo. Divida e conquiste. Separe o seu problema em partes menores ou funções distintas quantas vezes for necessário para torná-lo mais fácil de compreender. Essa divisão ajuda bastante, principalmente se você estiver executando as mesmas funções em vários lugares distintos. Agrupe-as em uma função à parte!

Outra dica muito importante, e talvez uma das mais dolorosas, é que por mais que o programa seja seu filho e você tenha colocado um pedaço da sua alma dentro daquele código, ele sempre tem como ficar melhor! Muitas vezes, quem está lendo o seu código de fora enxerga uma forma completamente diferente de fazê-lo do que aquela que você utilizou. Nessas horas, é preciso deixar o orgulho de lado e escutar todas as sugestões que receber. Terão sugestões que não farão muito sentido e terão as que vale a pena ouvir, porque isso deixará o seu código ainda melhor. 

Por último, e não menos importante, está a nossa dica relacionada ao treinamento. Existem inúmeros sites na internet que apresentam quebra-cabeças de programação para que pessoas do mundo inteiro possam tentar suas soluções. Um desses sites é o Code Wars, onde são apresentados desafios de programação de todos os níveis possíveis – desde os mais simples até os extremamente complexos. 

Depois de completar um quebra-cabeças dentro do site, você pode ver as soluções de outros programadores do mundo inteiro. Eu já participei de inúmeros desses projetos e, depois, olhando o código das outras pessoas, aprendi como melhorar o meu próprio código! Muitas vezes, eu estava pensando de forma equivocada em como solucionar os problemas ou estava usando o comando errado. Porém, em ambos os casos eu aprendi uma forma de melhorar o meu programa. 

Todas essas dicas podem parecer um pouco simples mas, na verdade, são dicas muito importantes, que vão melhorar a qualidade do seu código, diminuir a quantidade de possíveis bugs e facilitar futuras manutenções. Espero que as dicas te ajudem e, para outras dúvidas sobre programação, basta entrar em contato conosco clicando aqui.