Formatos de dados necessários para treinar seu chatbot

Antes de começar a ler este artigo, é importante que você esteja familiarizado com alguns termos e explicações que demos em outros textos anteriormente. Por isso, leia também Integrando chatbot Rasa com outras aplicações e RASA: Conheça o software em python utilizado para criação de chatbots.

Neste artigo vamos começar a examinar os formatos de dados necessários para você treinar seu chatbot. Basicamente, o treino vai pegar informações de NLU (que é a compreensão de linguagem natural – Natural Language Understanding), dados de estórias (fluxos de conversa), e o arquivo de domínio (respostas do chatbot e organização das conversas) e vai aplicar o processo definido no arquivo de configuração. Então temos:

NLU + Estórias + Domínio -> Config -> Modelo

O RASA espera que os arquivos estejam organizados da seguinte forma: Domain.yml e config.yml na pasta “raiz”. NLU e estórias (com extensão .md) na subpasta “data”. Você também pode criar duas subpastas dentro de “data” (chamados “core” e “nlu”) e colocar os arquivos dentro das respectivas subpastas. Caso não for fazer isso, o arquivo com NLU deve se chamar nlu.md e o arquivo de estórias, story.md.

Se você separar nas subpastas “data/nlu” e “data/core”, pode dividir os exemplos e estórias por assunto e separar em vários arquivos, com qualquer nome desde que estejam nas pastas corretas.

Os arquivos Domain e Config são no formato yml e os arquivo de exemplo (nlu) e estórias (core) são no formato md (de markdown). Numa versão próxima do RASA provavelmente todos os arquivos serão no formato yml, mas aqui vamos ver o formato atual, md.

Para você começar com um conjunto de arquivos base, pode executar o comando “rasa init”, mas cuidado: isto vai limpar dados que já existirem na pasta onde você executar o comando.

O arquivo domain.yml

O arquivo domain é dividido em várias “seções”: Declaração de intenções; Declaração de ações; Declaração de entidades; Declaração de slots; Respostas do chatbot; Dados sobre seção do usuário.

Veja os exemplos de cada seção

Cada seção começa com uma linha com o nome da seção seguido de dois pontos. Vamos ver um exemplo da seção de intenções:

intents:
– saudação
– despedida
– feliz
– triste

Observe que cada nome de intenção começa com um – e um espaço. Isto tem de ser obrigatoriamente dessa forma. Todas as intenções que for usar nas conversas devem estar relacionadas aqui. Logo mais vamos ver melhor como define uma intenção, mas por enquanto basta saber que uma intenção é composta de um nome e vários exemplos. Aqui colocamos o NOME. Deve estar escrita exatamente da mesma forma que no arquivo NLU.

Para nomes de ações, intenções, slots e entidades, recomenda-se usar apenas as 26 letras do alfabeto (sem acentos) e números de 0 a 9 e o underscore (símbolo do sublinhado), sempre começando com uma letra. Use nomes que têm a ver com o assunto, como procura_hospital, escolher_filmes e assim por diante. Não há limite para o comprimento do nome, mas nomes compridos demais podem dificultar na hora de digitar o nome.

Depois de listar todas as intenções, vamos colocar as ações, que podem ser ações personalizadas ou então respostas do chatbot.

Um exemplo da seção de ações está abaixo:

actions:
– utter_saudacao
– utter_despedida
– utter_alegrar
– action_busca_hospital

Temos o nome da seção “action”, seguido de dois pontos, e cada uma das ações na sua linha, começando com hífen seguido de espaço. Repare como separamos as palavras com sublinhado (_). Os nomes não podem conter espaços, então use o sublinhado (_) para separar as palavras. Não junte tudo (comoAlgumaLinguagensDeProgramacaoFazem), e dê nomes que tem a ver com o que a ação faz.

Por padrão, uma resposta do chatbot começa com “utter” que quer dizer “falar” ou “expressar”. Pronuncia-se “a-ter”. A pronúncia correta é essencial. Se você for falar “u-ter” com qualquer estrangeiro, ele não vai entender do que está falando e provavelmente achar engraçado. Existem alguns nomes “padrões” para utter que veremos quando formos falar a respeito de formulários.

Assim como uma resposta do chatbot começa com “utter”, uma ação personalizada por padrão começa com “action”.

Depois de listar todas as ações do seu projeto, vamos definir as entidades e os slots.

Veja um exemplo de seção de entidades:

entities:
– grupo
– cor
– cidade

Entidades são informações que serão extraídas de frase. Um exemplo seria extrair a cor da frase “Estou procurando uma caixa verde”.

Na parte onde formos falar de NLU (exemplos para o chatbot) falaremos mais sobre entidades. Por enquanto, basta saber que você atribui um nome a uma entidade. Se não tiver nenhuma entidade a ser extraída de frases, não é necessário ter uma seção de entidades no domain.

Depois de declarar entidades, deve declarar os slots. Caso queira que o slot seja preenchido automaticamente por uma entidade, basta defini-lo com o mesmo nome.

Um exemplo de seção de slots:

slots:
nome:
type: unfeaturized
perfil:
type: categorical
values:
– anonimo
– basico
– vip
descricao:
type: unfeaturized

Na hora de declarar os slots, você precisa informar o tipo, que pode ser:

Text: irá guardar uma informação texto;
Boolean: irá guardar uma informação verdadeiro/falso;
Categorical: irá guardar a seleção entre uma lista de possibilidades (sexo masculino, feminino ou não informado);
Float: irá guardar uma informação numérica;
List: irá guardar uma lista de valores;
Unfeaturized: este é o ÚNICO tipo que não influencia no fluxo da conversa.

Para todos os tipos exceto unfeaturized, boolean e categorical, só é possível saber que há um valor no slot, mas não comparar com outros valores. O unfeaturized, por definição, não influencia no andamento da conversa. É possível verificar o valor de um slot categórico ou boolean e influenciar no andamento da conversa.

No domain também declaramos formulários da mesma forma:

forms:
– registro_form

A Viceri desenvolveu uma ferramenta que você pode usar para criar estes arquivos automaticamente, sem se preocupar com a formatação das informações. Basta preencher os exemplos com as frases que o chatbot irá falar, montar as conversas de uma forma interativa, e a partir de um painel administrativo solicitar para treinar um modelo.

Nos próximos artigos continuaremos vendo como declarar respostas ao usuário no arquivo domain.yml, e como são formatados os arquivos de exemplos (NLU) e estórias. Gostou?

Confira nossos próximos posts ou fale agora com o time da Viceri. Estamos sempre prontos para auxiliar você sempre que precisar.

Analista de dados: os objetivos e competências de um bom profissional

“Mas, após observação e análise, quando você achar que alguma coisa concorda com a razão e é condutora para o bem e benefício de todos, aceite-a e cumpra-a.”

Gautama Siddharta, também conhecido como Buda, 563-483 A.C.

Ciência de dados é um campo interdisciplinar que usa métodos científicos, processos, algoritmos e sistemas para extrair conhecimento e insights de dados. Como sabemos, ela lida com dados quantitativos e qualitativos, onde aplicamos essencialmente quatro tipos de análise: descritiva, diagnóstica, preditiva e prescritiva. O fato de ser interdisciplinar nos indica que ela envolve a combinação de mais de uma disciplina acadêmica dentro da mesma atividade. 

Por ser uma área extensa, permitiu a criação de várias especializações de carreiras existentes anteriormente. Muitos desconhecem que para cada tipo de tarefa temos profissionais com perfis e conhecimentos específicos. Nesse texto vamos focar no Analista de Dados, indicando quais são as competências esperadas e seu limite de atuação. Em uma publicação futura detalharemos cada uma das posições existentes dentro de um time focado em dados.

Quais as competências de cada profissional dentro de um time?  

Antes do profissional, vamos falar da análise de dados em si: as empresas tendem a coletar todos os dados possíveis relacionados ao seu negócio, já que as expectativas dos clientes são cada vez mais altas e a competição acirrada continua em crescimento. A análise desses dados podem contribuir para que essas organizações possam ser proativas, antecipando as necessidades, otimizando a experiência de seus usuários e entregando produtos e funcionalidades relevantes, os quais podem permitir a construção de um relacionamento entre a marca/produto e seus clientes. 

Baseado em fatos, podemos tomar decisões de negócio mais rápidas, ter consciência de riscos e capacidade de reação a mudanças do mercado, além de insights sobre o desempenho da empresa, reduzindo custos e aumentando lucros. Mas quais são os profissionais que, em termos de ciência de dados, podem auxiliar os tomadores de decisão a realizar essas análises em um curto espaço de tempo?

O primeiro profissional que sempre vem em mente é o cientista de dados, com domínio em machine learning, estatística e análise. Altamente qualificado, este profissional 3 em 1 tem alto custo, o qual muitas vezes não se justifica sem uma sólida estrutura e cultura de dados estabelecida nas organizações. Outros especialistas de domínios específicos podem ser essenciais para alcançarmos os objetivos desejados. Mas quais habilidades e competências eles devem ter? Existe uma tendência em procurar profissionais com expertise em inteligência artificial e machine learning, ou estatísticos, devido à sua longa reputação de rigor e superioridade matemática – ambos inegáveis. Mas e os analistas?

O que os menos envolvidos na área por vezes não entendem é que, apesar de estarem sob o mesmo guarda-chuva, esses profissionais são diferentes, mesmo utilizando os mesmos métodos algumas vezes. Cada um deve ser encorajado a dominar amplamente sua área de atuação. Estatísticos sempre prezam pelo rigor, engenheiros de machine learning pelo desempenho, e analistas pela velocidade. Os melhores analistas são velozes em vasculhar um dataset, identificando potenciais insights antes dos outros profissionais citados; isso não deve ser considerado como um demérito para eles já que, como citado, os objetivos são diferentes. 

Estatísticos, ao prezarem pelo rigor, garantem as conclusões obtidas de seus dados, não permitindo que você se engane. Não há espaço para inferências aqui: os métodos aplicados são os corretos para o problema apresentado. Engenheiros de machine learning, ao prezarem pelo desempenho, desenvolvem modelos resilientes, precisos e de rápida resposta aos seus acionamentos. O que ambos têm em comum é o fato de que são soluções de alto esforço para problemas específicos: se os problemas apresentados não valerem o custo de serem solucionados, a empresa acaba perdendo tempo e dinheiro.

O que faz um bom analista de dados? 

Bons analistas são um pré-requisito para sua empreitada com dados. Além da velocidade, eles têm a habilidade de identificar informações potencialmente úteis e apresentá-las em formato gráfico efetivo, revelando o antes desconhecido aos tomadores de decisão e inspirando-os a selecionar os problemas que valem a pena serem enviados aos estatísticos e engenheiros de machine learning. Os bons analistas podem ser considerados então como contadores de histórias dos dados.

Um ponto de destaque em relação aos analistas de dados é a sua regra de ouro: não chegue a conclusões através de seus dados. Apesar de soar estranho, essa regra deixa claro que o resultado de seu trabalho deve inspirar os interessados a explorar todas as possibilidades de interpretação de cada insight, elaborando hipóteses que possam ser testadas pelos estatísticos. Outro aspecto interessante dessa regra é que ela indica que a comunicação do resultado do trabalho realizado pelos analistas deve ser clara o suficiente para que não entendam um insight como uma conclusão.

O domínio de negócio também é algo extremamente relevante para os analistas de dados, não sendo algo essencial para engenheiros de machine learning e estatísticos. Por causa dessa expertise, eles podem auxiliar a identificar padrões rapidamente em seus dados e explorar diversos ângulos do mesmo assunto, antes mesmo de levar as informações para os tomadores de decisão. 

Podemos dizer que, numa ordem de prioridade na montagem de um time de dados, o analista vem antes dos outros profissionais citados, gerando insumos para eles e tendo uma importante função junto aos tomadores de decisão.

Gostou da nossa explicação? A Viceri tem um time completo de especialistas sempre dispostos a ajudar sua empresa a chegar mais longe. Entre em contato com a gente

LGPD: O cenário de insegurança jurídica durante a pandemia

Fica muito difícil não relacionarmos este tempo pandêmico com um cenário de insegurança jurídica em torno da Lei Geral de Proteção de Dados,  a LGPD. No artigo anterior, já tínhamos abordado sobre a dificuldade das empresas nos processo de adequação. Não só aspectos econômicos em tempos de crise, mas também as preocupações técnicas em relação a prazos e sobre quais as medidas os governos e instituições de saúde têm tomado para tratar dados com segurança neste período. E para entendermos um pouco melhor este momento que o Brasil vive, precisamos compreender também o que está sendo debatido entre o Governo Federal e o Senado. 

Em agosto de 2018 tivemos a promulgação da Lei nº 13.709, a Lei Geral de Proteção de Dados, com previsão de vigência para agosto de 2020. Por conta do cenário de pandemia, o Senado recebeu o plano de Lei nº 1179/2020 com a sugestão de um regime emergencial. Na primeira votação os senadores decidiram pelo adiamento da vigência da LGPD para janeiro de 2021, com aplicabilidade de multas a partir de agosto do mesmo ano. 

Antes da conclusão e sanção do plano de Lei nº 1179/2020, o executivo editou a Medida Provisória 959/2020 que tratava também do adiamento da vigência da LGPD para maio de 2021. Essa medida provisória entrou em vigor em abril de 2020 e deve ser convertida em lei, após votação do Congresso Nacional, até 27 de agosto deste ano. Caso contrário, ela simplesmente deixa de existir. Porém, uma nova votação aconteceu na Câmara dos Deputados para o plano de Lei nº 1179/2020 que eliminou a tratativa da prorrogação da vigência da lei, mantendo apenas a prorrogação dos recursos punitivos para agosto de 2021. 

Que confusões essas mudanças podem causar? 

Então, diante de todas essas informações, podemos entender que a Medida Provisória nº 959/2020 precisa ser convertida em lei até 27 de agosto de 2020 para que a data de vigência inicial da LGPD seja postergada para maio de 2021. Ou então, voltamos à data inicial prevista antes da pandemia, 16 de agosto de 2020. Sabemos que esse assunto tão importante segue em discussão e não podemos deixar de mencionar os impactos que isso traz para todo o país. 

O certo é que a Lei Geral de Proteção de Dados é extremamente relevante para o Brasil, e é importante desde a sua promulgação, em 2018. Sua relevância demonstra que o país está preocupado em fazer um tratamento de dados dos titulares de forma transparente. Traz também a credibilidade no que diz respeitos aos direitos humanos e aos requisitos de segurança digital. 

Porém, o país tem um grande entrave, um grande gerador de insegurança jurídica: a ausência da criação da ANPD, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Ela vai ser responsável, dentre várias funções, por fiscalizar e aplicar a lei. A nomeação ainda não ocorreu por conta de dependência da agenda do executivo e orçamento. Além da aprovação e indicação dos responsáveis. 

De acordo com Patrícia Peck, advogada especialista em Direito Digital e PHD em Direito Internacional e Propriedade Intelectual, não adianta prorrogar a vigência da lei sem que se tenha um compromisso de, nesse período de transição, criar a Autoridade Nacional de Proteção de Dados.

O país não pode simplesmente decidir uma vigência de lei e começar a aplicabilidade de multas na sequência, sem que se tenha a preocupação com o protocolo de conduta. A ANPD, antes da vigência da LGPD, precisa articular com as instituições e com a sociedade, estabelecer metodologias, promover campanhas educativas, responder a consultas públicas, regulamentar artigos que ainda ficaram abertos para discussão, para evitar que haja uma interpretação confusa da legislação.

Ou seja, é uma lei de alto impacto que precisa ser tratada com a sua devida importância. Alguns especialistas, inclusive, acreditam que vai ser preciso ao menos seis meses para que a ANPD tenha recursos suficientes para começar a sancionar. 

Quer saber mais sobre a nova Lei Geral de Proteção de Dados? Acesse o nosso whitepaper especial “Tudo sobre a LGPD” e confira vários conceitos e dicas para adequar o seu negócio à nova legislação!

O que vem pela frente? 

Estamos diante de uma mudança de vício de consentimento. A partir de agora tudo vai ter que ser muito mais claro, mais transparente, sem letras miúdas ou interpretações dúbias. Todo o tratamento de dados tem que ter um objetivo, um princípio. Por isso hoje mais de 120 países estão regulamentando as suas leis de privacidade. Além disso, estamos em tempo de cloud computing, o que torna a proteção e a confidencialidade dos dados muito mais importante.

As empresas precisam determinar quais serão os dados levados para nuvem, por exemplo. São dados pessoais? São dados pessoais sensíveis? A preocupação com os riscos e a segurança, desde a criptografia dos dados em movimento e armazenados, até com quem os acessa, deve ser base para adequação à lei. Mesmo que ainda haja discussão sobre data de vigência, sobre a criação da ANPD, sobre quando começar com os recursos punitivos, e sobre os impactos da pandemia na LGPD, o fato é que já estamos em tempo de lições aprendidas, em tempo de amadurecimento das práticas de governança de dados.

A aplicação da lei é necessária visto que o momento em que vivemos é de extremo risco para o vazamento de dados: home office, grande quantidade de dados em trânsito e uma maior quantidade de dados sensíveis do que em outros períodos. Quanto mais tempo protelarmos a aplicação da lei, mais estaremos sujeitos a vazamentos de informações.

A pandemia está nos mostrando o quão importante seria se a LGPD já estivesse em vigor. Uma lei que seria uma referência muito forte diante de todas as questões de saúde que estamos enfrentando, devido ao grau de conscientização da sociedade diante da  crise. Acredito que o futuro nos reserva instituições mais preparadas e consumidores mais conscientes dos seus direitos.

A Viceri tem um time de especialistas nas mais diversas áreas. Todos prontos para ajudar sua empresa a entrar em conformidade com a nova Lei Geral de Proteção de Dados. Fale com a gente!

Métricas de performance e funções de perda para Machine Learning

O processo de treinamento de um modelo supervisionado requer um feedback que consiste em realizar medições de performance e ajustar hiperparâmetros do modelo até que um estado ótimo seja atingido, para que a generalização seja a melhor possível.

Para isso ocorrer, é necessário utilizar métricas para se maximizar a qualidade e minimizar o erro. Veja alguns conceitos utilizados nesta área de aprendizado de máquina:

Underfitting: acontece quando o modelo é muito simples e não é capaz de gerar bons resultados sobre os dados conhecidos (os de treinamento), e muito menos de generalizar bem (sobre dados desconhecidos). Imagine um gráfico 2D onde este modelo representa uma função linear (uma reta), e os dados são vários pontos nesse gráfico, onde muitos deles não são cobertos pela reta.

Por outro lado, se o modelo é muito complexo e possui uma função extremamente fiel aos dados de treino, ele também não vai conseguir generalizar bem. Nesse caso ocorreu um Overfitting. Como exemplos disso podemos ter uma árvore de decisão com muitos nós, ou uma rede neural com mais neurônios do que o necessário. Isso é muito ruim porque o modelo memoriza a entrada de treino ao invés de aprender características dela.

Outro conceito é o Erro Empírico (ou erro de treino): definido como o erro do modelo sobre os dados de treino, que tende a aumentar naturalmente com o tamanho da base de treinamento, até atingir uma estabilização a um nível aceitável. Já o Erro de Validação é o erro do modelo sobre os dados de validação. Tem um comportamento espelhado com relação ao erro empírico, ou seja, tende a diminuir com o aumento da base de treino.

A partir de uma grande base de treinamento, se estas duas medidas de erro estiverem bem acima do erro aceitável (ou desejado), então ocorreu um underfitting, e dizemos que o modelo neste caso ficou com um alto viés – ou bias. Ao contrário, se apenas a medida de erro empírico estiver bem abaixo do erro aceitável, mas a medida do erro de validação estiver bem acima do aceitável, então ocorreu um overfitting e o modelo ficou com alta variância, ou seja, baixo poder de generalização. Nenhum dos dois casos é bom!

Com relação ao aumento da complexidade do modelo, temos que o erro empírico sempre vai diminuindo, porém o erro de validação tende a diminuir até um certo ponto, mas pode começar a aumentar novamente se houver superajuste do modelo. Nota-se, portanto, que é necessário encontrar um ponto ótimo, também chamado de bias-trade-off, onde o erro de validação é o mínimo possível. Durante o treino de um modelo, o objetivo é minimizar o erro de validação e não o erro de treinamento (o empírico), porque deseja-se que o modelo seja capaz de generalizar, e não de se superajustar aos dados de entrada – já conhecidos.

Depois dos conceitos, vamos às medidas de avaliação

É nesse contexto de se encontrar o equilíbrio, que se faz uso de medidas de avaliação e análise da função de perda. A maioria das medidas de avaliação derivam de uma tabela chamada de Matriz de Confusão, que contém a quantidade de classificações corretas versus as classificações preditas para cada classe sobre um conjunto de exemplos, ou seja, ela indica os erros e acertos do modelo comparando com os resultados esperados. Para cada classe é realizada a extração de quatro variáveis:

  • Verdadeiro positivo;

  • Verdadeiro negativo;  

  • Falso positivo;

  • Falso negativo.

A partir destas quatro variáveis definem-se várias métricas de avaliação. Algumas delas são:

A acurácia: representando a porcentagem de elementos classificados corretamente (positivos ou negativos), indica uma performance geral do modelo, porém pode haver situações em que ela é enganosa, no caso de identificação de fraudes em cartões de crédito, as ocorrências são naturalmente bem menores do que a quantidade de casos consideradas legais;

A acurácia por classe: a média das acurácias individuais para cada classe, minimizando o problema de desbalanceamento, como o citado anteriormente;

A precisão: que define, dentre os exemplos classificados como positivos (pelo modelo), quantos eram realmente verdadeiros. Ela é utilizada onde os falsos positivos são considerados mais prejudiciais que os falsos negativos. Por exemplo: é pior classificar um investimento ruim como bom, do que classificar um investimento bom como ruim;

A revocação ou recall: que define, dentre todas as situações de classe positiva (dos valores esperados), quantas foram classificadas como verdadeiras. Ela é utilizada onde os falsos negativos são considerados mais prejudiciais que os falsos positivos. Por exemplo: é bem pior classificar uma pessoa doente como saudável, do que classificar uma pessoa saudável como doente, considerando doente igual a positivo;

A especificidade: que é a porcentagem de amostras negativas identificadas corretamente sobre o total de amostras negativas;

E o F-Score ou F-Measure: que representa a média ponderada de precisão e revocação.

Podemos citar duas métricas que não utilizam as variáveis da matriz de confusão: a “Log-Loss” que depende da probabilidade retornada da classificação, e a “Hamming-loss” que depende da distância média entre o previsto e a classe original.

Então qual métrica é melhor? 

Cada métrica tem suas particularidades que devem ser levadas em consideração na escolha de como o modelo de classificação será avaliado. De maneira geral, não existe uma melhor ou pior que a outra, depende muito da análise do problema.

A outra parte da análise de performance de um modelo, tem relação com as funções de perda que devem ser minimizadas, ao contrário das medidas de avaliação vistas anteriormente que buscamos sempre aumentar.

De modo simplificado, uma função de perda, representa a distância entre o previsto e o real. Como exemplos podemos citar as seguintes funções:

Perda quadrática (ou squared loss): onde o resultado é elevado ao quadrado para que as distâncias negativas não se cancelem no somatório. É mais utilizada para regressões lineares;

Perda de articulação (ou hinge loss): utiliza o conceito de “margem máxima” buscando obter fronteiras com a maior distância dos dados, onde chamamos de margem, a diferença entre o “score” da classe correta e de uma outra classe;

Perda de entropia cruzada (ou cross-entropy loss): muito usada em regressões lineares multivariadas e principalmente em redes profundas. Para se buscar o valor mínimo da função de perda, é utilizado o cálculo de um vetor de derivadas parciais chamado de gradiente, em que este deve ser igualado a zero. O gradiente representa o quão rápido varia a função de perda, e esta se reduz conforme se segue no sentido contrário ao gradiente. Com o gradiente igual a zero, tem-se que a função de perda não sofre mais variação.

Podemos citar (em ordem de importância) algumas técnicas para cálculo e otimização do gradiente:

  • Método do gradiente estocástico descendente (ou SGD): que calcula o gradiente através de um batch aleatório de dados;

  • Método da propagação retrógrada (ou backpropagation): que calcula o gradiente do final para o início usando a regra da cadeia para a determinação das derivadas;

  • Método do momento: que consegue chegar ao mínimo da função de forma muito mais rápida se comparada ao zig-zag do SGD;

  • Método do momento de Nesterov (ou NAG): que é uma variante do método acima, porém mais rápido;

  •  Método RMSProp: que ajusta os valores de gradiente pelo inverso de uma média móvel;

  • Método do gradiente adaptativo (ou ADAGRAD): que é semelhante ao RMSProp, porém utiliza a soma acumulada dos quadrados dos gradientes;

  • Método da estimação do momento adaptativo (ou ADAM): que é o mais utilizado em redes neurais profundas, e reúne a técnica do RMSProp com a técnica do momento.

Sobre a base dados, de forma resumida, deve-se separar uma porção maior chamada de dados de treino, e uma parte menor chamada de dados de teste. Esta parte menor será utilizada apenas após o treinamento para verificações. Não se deve treinar o modelo com dados de teste! 

A fim de se obter as métricas mencionadas anteriormente, é muito comum uma subdivisão nos dados de treino em uma pequena parte chamada de dados de validação. E para se evitar um possível viés no treinamento, pode-se utilizar a técnica K-Fold de validação cruzada (ou cross-validation), onde deve-se definir um hiperparâmetro K, como sendo o número de folds que serão alternados durante o treinamento, ocorrendo várias trocas entre os dados de treino e de validação.

Gostou das nossas dicas e quer saber mais sobre métricas de performance e funções de perda para Machine Learning? Então fale com nosso time. Entre em contato com a Viceri!

As classificações dos algoritmos de Machine Learning

O machine learning, ou aprendizado de máquina, é um ramo da inteligência artificial que se baseia na ideia de que sistemas podem aprender com dados, identificar padrões e tomar decisões com pouca intervenção humana. De tempos para cá o machine learning se tornou essencial na tecnologia e, consequentemente, nas nossas vidas. Este tipo de conhecimento explora a construção de algoritmos que aprendem com seus erros e fazem previsões sobre dados a partir  de diferentes abordagens. 

Diante de um problema onde a solução esteja num aprendizado de máquina, deve-se escolher, dentro deste universo de técnicas, por qual caminho iniciar. Assim, os algoritmos de aprendizado de máquina podem ser classificados em três grandes grupos: Aprendizado Supervisionado, Aprendizado Não-Supervisionado e Aprendizado por Reforço. Abaixo você vai entender cada uma delas.

Aprendizado supervisionado

Nesta abordagem o modelo aprende a executar uma tarefa a partir de exemplos rotulados, ou seja, a partir das respostas corretas, que de alguma forma devem ser passadas para o modelo. Mas como fazer isso? Vejamos com estes dois exemplos: 

  • No primeiro, poderíamos ter um conjunto de imagens separadas por diferentes tipos de veículos (carros, motos, caminhões, ônibus) mapeados cada um com o nome do tipo que representa; 

  • Num segundo exemplo, poderíamos ter uma tabela com valores históricos de demanda num supermercado para servir de exemplo no aprendizado necessário para generalizar uma demanda futura.

Este aprendizado é iterativo e é realizado até que uma condição seja atingida, geralmente uma porcentagem aceitável de acertos, ou seja, a ideia é sempre de minimizar os erros que a inteligência artificial produz. Essa condição de parada com base na acurácia máxima é possível pois se trata de aprendizado com resultado conhecido.

Neste grupo, se encaixa também o aprendizado semi-supervisionado que é quando se tem alguns exemplos rotulados e muitos não-rotulados. A ideia aqui é encontrar padrões semelhantes entre os exemplos e também fazer uso dos rótulos existentes. O Aprendizado Supervisionado consiste em duas classes de algoritmos: Classificação e Regressão, dos quais falaremos mais adiante.

Aprendizado Não-Supervisionado

Em alguns casos, apesar de existir o objetivo da tarefa desejada, os resultados finais não são conhecidos e, portanto, não se tem os rótulos para passar ao modelo. Por exemplo: dada uma coleção de artigos, deseja-se agrupá-los automaticamente de acordo com a frequência de algumas palavras ou contagem de páginas. Não se sabe quantos grupos serão formados.

É nesse contexto que se apresenta o aprendizado não-supervisionado. Este modelo aprende a executar uma tarefa a partir de dados não-rotulados (sem um resultado conhecido), apenas com base em suas características e padrões semelhantes, ou seja, o modelo deduz estruturas a partir de uma amostra do problema; bem utilizado em situações com muitas observações e muitas features como: áudios, imagens e vídeos.

Para isso, existem algumas técnicas que utilizam regras de associação e clusterização, como veremos um pouco mais adiante. Essas técnicas podem ser aplicadas na fase de pré-processamento (ou mineração de dados), para se encontrar anomalias nos dados (os outliers), realizar redução de dimensionalidade em features, etc. Elas podem ser aplicadas também sobre amostras de um problema durante um processo de agrupamento de instâncias.

Alguns exemplos: um sistema que seleciona candidatos para uma vaga, ou que separa turmas de alunos para um determinado trabalho, através de técnicas de agrupamento baseadas em determinadas características que são semelhantes entre essas pessoas.

Mas para qualquer tipo de algoritmo, vale ressaltar um cuidado especial para que a inteligência artificial não faça predições preconceituosas quando se trata de seleção de pessoas, dependendo das features o sistema pode apresentar um viés racista ou sexista. Um exemplo disso é a seleção apenas de homens para vagas de engenharia, por isso o dataset deve ser cuidadosamente balanceado. 

Aprendizado por Reforço

No Aprendizado por Reforço o modelo aprende executando ações e avaliando recompensas. Em resumo, este tipo de algoritmo funciona da seguinte maneira: O agente realiza uma ação num dado ambiente, alterando seu estado inicial, o que gera uma recompensa ao agente. De forma cíclica, o agente avalia esta recompensa (que pode ser positiva ou negativa) e age novamente no ambiente, gerando o aprendizado.

Neste tipo de aprendizado muda-se um pouco o paradigma com relação aos outros dois. Geralmente é aplicada quando se conhece as regras, mas não se sabe a melhor sequência de ações que devem ser executadas, elas são iterativamente aprendidas, como num jogo de xadrez ou num videogame, onde o fundamental são as ações tomadas pelo jogador (ou pela máquina). A robótica é outro campo onde se aplica este aprendizado. Alguns algoritmos: Multi-Armed Bandits, Contextual Bandits e k-Armed Bandits.

Bem, a partir do problema em questão, podemos identificar agora qual o tipo de aprendizado utilizar. Em seguida devemos escolher uma classe de algoritmo para este tipo de aprendizado.

Se for Aprendizado Supervisionado, temos basicamente duas classes de algoritmos:

  •  Classificação;

  • Regressão

Na classificação, o objetivo é identificar a qual categoria pertence uma determinada amostra do problema. Se um e-mail é SPAM ou não; se uma mensagem tem um sentimento positivo, negativo ou neutro; se um vídeo possui conteúdo adulto; ou quais são os animais que aparecem numa determinada imagem, assim por diante.

Exemplos de técnicas de classificação são: Árvores de Decisão (onde os nós internos são rotulados com uma feature de entrada, e os nós folhas são rotulados com a classe a ser preterida), Algoritmo de Naïve Bayes (que é um classificador que trabalha com probabilidades de ocorrência de cada classe para cada valor de atributo, supondo que as variáveis são independentes), temos as Redes Neurais (baseadas em redes de neurônios artificiais interconectados – os perceptrons, onde os pesos das camadas ocultas são ajustados a cada iteração), dentre outros.

Diferentemente da classificação, na regressão, a ideia é prever um valor numérico; ou em outros termos: identificar uma categoria em escala contínua (pode ser até uma probabilidade). Neste caso, o modelo pode aprender uma função para prever o preço de um imóvel, uma demanda de venda, probabilidade de superlotação de um estoque, o tempo que levará para uma máquina apresentar defeito, uma nota de um cliente para aumentar seu limite de crédito, ou qualquer outro valor quantitativo.

Alguns exemplos de técnicas de regressão são: regressão linear, regressão logística e as redes neurais (que também podem resultar valores contínuos).

Agora, no Aprendizado Não-Supervisionado, destacam-se duas técnicas:

  •  Associação;

  • Clusterização.

A associação: permite o descobrimento de regras e correlações, identificando conjuntos de itens que frequentemente ocorrem juntos. Os varejistas costumam usar esta análise em carrinhos de compras, para descobrir itens frequentemente comprados em conjunto, desenvolvendo assim estratégias mais eficazes de marketing e merchandising.

Na clusterização (ou agrupamento): o conjunto todo em análise sofre segmentações em vários grupos, com base nas semelhanças encontradas. É uma técnica que permite dividir automaticamente um conjunto de dados em grupos de acordo com medidas de similaridade ou de distância. Existem diversas fórmulas para se obter medidas de similaridade, dentre elas podemos destacar o método do cosseno e a correlação de Pearson.

Dentre os métodos de clusterização podemos citar: o baseado em particionamento, baseado em densidade, o hierárquico aglomerativo e hierárquico divisório.

Para o Aprendizado por Reforço podemos citar os algoritmos:

  • Q-Learning;

  • Aproximação por função com atualização por gradiente; 

  • Multi-Armed Bandits;

  • Contextual Bandits;

  • k-Armed Bandits

Quer saber mais sobre algoritmos de Machine Learning? Entre em contato com a Viceri. Nós temos um time de especialistas sempre prontos para te ajudar!

Como reduzir custos com a AWS

Veja como a nuvem pode deixar sua infraestrutura mais enxuta e fazer você economizar

Reduzir custo na infraestrutura de um sistema é essencial, sobretudo em um momento como este em que qualquer corte de gastos é muito bem-vindo. Neste cenário, a nuvem entra como uma forma de deixar a sua infraestrutura mais enxuta, desde mecanismos de monitoramento, passando pela possibilidade de desligar o equipamento em momentos ociosos, até reservar máquinas para conseguir descontos. 

A AWS, Amazon Web Services, oferece uma infraestrutura sob demanda, para  que você pague apenas pelo que consumir. Isso quer dizer que você tem uma redução de custos a longo prazo e economiza uma quantidade dinheiro que pode ser usado para investimento em inovação e novas oportunidades.

Pague apenas o que usar

A AWS oferece algumas modalidades de virtualização de máquina. Dentre essas modalidades existe on-demand  que, como o próprio nome já diz, é a modalidade sobre demanda. Isso significa que você vai pagar somente o que tiver utilizando efetivamente. 

Se a sua aplicação precisar de uma visita apenas durante os dias de semana, você pode deixar a sua máquina parada durante o final de semana. Considerando um mês de trinta dias e quatro finais de semana, teríamos oito dias com a máquina parada sem gerar custo. Isso equivaleria a uma economia de aproximadamente 25%. Agora, imagine se sua aplicação ficar online apenas em horário comercial, o desconto seria muito maior e poderia chegar a 70%.

Tabela de redução segundo a AWS. Fonte: aws.amazon.com/pt/economics

Calculadoras de custo total de propriedade da AWS

A calculadora de TCO, Custo Total de Propriedade, da AWS permite que você faça uma estimativa sobre a redução de custo ao usar a plataforma. A AWS oferece relatórios detalhados inclusive para apresentações executivas. A calculadora permite modificações e suposições de acordo com suas necessidades da sua empresa. Neste ambiente você pode comparar o custo da execução das aplicações ou de hospedagem tradicional com o custo da execução na AWS. 

Processo automatizado 

É possível realizar o agendamento de parada e inicialização de recursos automaticamente, sem a necessidade de intervenção manual para realizar o procedimento todos os dias, evitando mão de obra e dando garantias de sempre acontecer, removendo os riscos de possíveis esquecimentos humanos. 

Uma das possibilidades é utilizar o CloudWatch como gatilho, criando uma regra em determinado horário para uma função lambda. Essa função lambda, por sua vez, consome SDK da AWS e oferece todos os comandos para você desligar o EC2 ou RDS. É uma solução bem utilizada e fácil de implementar.

Outra forma, ainda mais fácil, é utilizar uma solução já existente: o AWS Instance Scheduler. Ela facilita as paradas tanto das máquinas EC2 quanto RDS. Internamente o uso não é diferente da função anterior, ele usa o CloudWatch e a lambda, além disso, para armazenar alguns valores ele utiliza o DynamoDB. É uma boa solução caso você não queira fazer sua própria função lambda. Porém, vale ressaltar que você é responsável pelo pagamento de cada serviço utilizado na solução, então haverá aumento de consumo nos serviços mencionados acima.

Uma terceira possibilidade é configurar a instância na hora de criar a máquina dentro de um auto scaling group. Isso dará a possibilidade de configurar a quantidade de instância desejável em um determinado horário. Na hora de configurar você pode usar uma fórmula de cronograma como os usados no gatilho do CloudWatch e determinar dia e horário.

Cuidado para não perder seus dados! 

Alguns cuidados precisam ser tomados ao utilizar um processo automático de desligamento de máquinas EC2. Podem surgir problemas quando aplicações críticas estão rodando algum processo long-running em background e são paradas abruptamente. Se a sua aplicação mantém algum tipo de estado não persistido (deixado em memória, por exemplo), você fatalmente perderá essas informações. Se a sua aplicação não estiver tratando operações como atômicas, ou seja, transacionando no banco de dados, pode acabar gerando inconsistência na base.

Se a sua aplicação usa algum meio de persistência local como o próprio EBS, é importante que você apenas pare a aplicação e não a finalize. Quando você finaliza, acaba perdendo todas as informações do disco local. 

◼️ Leia também: O manual da segurança de dados na AWS e as responsabilidades compartilhadas

Atenção ao limite de dias para parar sua instância RDS

Atualmente existe um limite máximo de sete dias que você pode manter seu banco de dados parado, depois disso ele automaticamente irá iniciar novamente. Como já falamos, quando ele está parado não há cobrança, mas há limitações: no banco de dados postgres, ao usar um banco read replica não é possível parar o banco primário até que seja excluído o banco de réplica. Isso significa um aumento expressivo no tempo de inicialização nestes casos.

Apesar do tempo de inicialização ser maior, financeiramente pode valer a pena. O tempo de inicialização irá aumentar porque será preciso recriar o banco sempre que iniciá-lo novamente. Pode levar dez, vinte minutos, mas caso seu banco fique ocioso durante um longo período, financeiramente pode ser muito vantajoso

Outras formas de reduzir custos com a AWS também são possíveis. Vamos considerar um serviço que roda em background e que a cada 5 horas realização uma operação no banco de dados. Isso significa que ele ficará ocioso por 5 horas, depois irá trabalhar durante alguns segundos, para ficar ocioso novamente durante outras 5 horas.

Considerando a atividade descrita acima, é válida a criação de uma AWS lambda, onde você será cobrado apenas pelo tempo que executar o processamento da rotina.Uma solução bem interessante quando se tem vários serviços que rodam de tempos em tempos.

Presença global por um preço acessível ao bolso

A AWS tem uma presença global que permite repassar a economia para quem compra esse serviço de maneira contínua. São diversas opções de pacotes e serviços que podem oferecer economia de 75% a 90% das taxas sob demanda se for escolhida a capacidade pré-adquirida ou capacidade reserva.

Como já falamos anteriormente, na AWS não é preciso fazer compromissos com gastos mínimos ou contratos de longa duração. Você pode substituir as despesas iniciais por pagamentos que se aplicam apenas àquilo que você necessita. Nada de contratos ou modelos complexos que dificultam seu dia a dia. 

Ficou interessado? A Viceri tem uma equipe pronta para fazer a migração do seu banco e colaborar em tudo que você precisar durante o processo. Fale com a gente!

Como transformar seu monolito em microsserviço

Transformar uma aplicação monolítica em microsserviços poder ser uma tarefa muito complexa. Conheça alguns caminhos possíveis de se seguir quando estiver refatorando sua aplicação monolítica

Transformar uma aplicação monolítica em microsserviços é uma forma de modernizar a aplicação.

E se você trabalha com tecnologia, deve saber que o processo de transformar uma aplicação monolítica em microsserviços é uma tarefa muito complexa e delicada. Exige tempo e paciência de todos os envolvidos. 

A arquitetura monolítica é uma arquitetura tradicional de desenvolvimento de sistema de software.

Ela se baseia no princípio de que todos os processos dentro de uma mesma solução estão ligados. Isso quer dizer que são acoplados, que estão dentro de uma base de dados similar e executam seus processos como um único serviço. 

Já a arquitetura de microsserviços veio para solucionar problemas enfrentados pela arquitetura monolítica.

É um modelo que desenvolve pequenos serviços que realizam funções independentes.

Por serem independentes, podem atender demandas específicas em uma solução maior. É um processo menos tradicional que a arquitetura monolítica. 

Primeiros passos para refatorar uma aplicação 

Para que a migração de uma para a outra se torne uma tarefa mais simplificada, existem alguns caminhos possíveis de se seguir quando estiver refatorando sua aplicação monolítica.

A primeira dica é não fazer uma reescrita total da sua aplicação. Ou seja, esqueça a ideia de direcionar todos os esforços do time para reescrever a aplicação do zero.

Isso é extremamente arriscado e geralmente resulta em problemas que acabam levando mais tempo que o planejado. 

Vá devagar! O mais recomendado é refatorar aos poucos sua aplicação monolítica. Construa uma aplicação de forma incremental, rodando cada novo microsserviço em conjunto da aplicação original.

Com o passar do tempo, a quantidade de funcionalidades implementadas em microsserviços vai mostrar que o monolito encolheu tanto que em algum momento ele deixará de existir.

Quando sua aplicação monolítica se tornar ingerenciável, deve-se parar de tornar seu monolito maior.

Se você tiver de implementar uma nova funcionalidade, não adicione esse código ao monolito. Ao invés disso, a melhor estratégia é colocar o novo código em um microsserviço próprio para isso.

Glue Code

É neste cenário que surge o Glue Code, que são as dependências responsáveis pelo acesso aos dados.

Geralmente o serviço usará bibliotecas e componentes de acesso a dados da sua aplicação original.

O glue code  é chamado também de camada anti-corrupção, já evita que o microsserviço seja poluído com problemas da aplicação legada.

Desenvolver uma camada anti-corrupção não é algo muito comum, mas é essencial quando se quer manter uma aplicação confiável.

Com isso em mente, esse Glue Code pode seguir três estratégias:

– Invocar uma API remota, fornecida pelo monolito;

– Acessar a base de dados do monolito diretamente;

– Manter sua própria cópia da base com parte dos dados necessários para o microsserviço, que estará sincronizada com a base do monolito. 

E o que acontece ao implementarmos novas estratégias? 

Implementar novas funcionalidades como um microsserviço tem uma série de benefícios.

Essa estratégia impede que seu monolito se torne cada vez mais ingerenciável, ao mesmo tempo que permite que o serviço possa ser desenvolvido, implantado e escalado de maneira independente do monolito.

A cada novo serviço criado, será experimentado um pouco mais dos benefícios desta arquitetura.

Entretanto, essa abordagem não acaba com todos os problemas do monolito. Para tentar consertar esses problemas, é necessário quebrar o monolito em partes cada vez menores.

Outra estratégia que ajuda a encolher a aplicação monolítica é separar a sua camada de apresentação da lógica de negócio e do acesso a dados.

Geralmente existe uma separação muito clara entre a camada de apresentação e as camadas de regras de negócio e dados.  E isto é o que permite fazer a separação do seu monolito em duas aplicações menores.

Uma aplicação será o frontend, e a outra o backend. Uma vez separados, o frontend fará chamadas independentes ao backend.

Separar um monolito dessa maneira permite que o time desenvolva, implante e escale duas aplicações de maneira independente.

Essa estratégia, no entanto, é somente uma solução parcial. É bem comum que você troque um problema enorme por dois problemas menores, mas que no contexto geral ainda são um problemão a ser resolvido.

Você terá de usar uma outra estratégia para eliminar os monolitos restantes.

Essa outra estratégia é transformar os módulos existentes dentro de um monolito em microsserviços.

Cada vez que você extrai um módulo e o transforma em um serviço, o monolito encolhe. Uma vez que tenha sido convertido muitos módulos, o monolito deixará de ser um problema. Ou ele irá sumir ou vai acabar virando um microsserviço.

Converter um módulo em microsserviço requer tempo e paciência 

Uma aplicação monolítica grande geralmente terá dezenas ou centenas de módulos, todos dispostos a serem extraídos.

Saber quais módulos converter primeiro pode ser desafiador. Uma boa abordagem é começar com alguns módulos que são fáceis de extrair.

Converter um módulo em um microsserviço é algo que requer tempo. Uma dica é priorizar módulos que mudam com frequência.

Isto trará experiência com arquitetura de microsserviços e com o processo de extração.

Depois que você extrair esses módulos mais fáceis, poderá partir para os mais complexos.

Uma vez que você tenha convertido um módulo desses para um serviço, você pode desenvolver e implantar ele de maneira independente do monolito, o que vai acelerar o desenvolvimento.

Outra abordagem interessante é extrair os módulos que possuem requisitos diferentes do resto da aplicação.

Por exemplo, pegar aquele módulo que utiliza recursos específicos do servidor como muita memória ou CPU. Conforme você vai extraindo estes módulos específicos, você vai ver como se tornará mais fácil escalar os microsserviços.

O primeiro passo ao extrair um módulo é definir a interface entre o módulo e o monolito.

Geralmente será um contrato bidirecional, pois é comum o monolito precisar de dados do microsserviço e vice-versa.

Se a lógica de negócio do monolito estiver muito acoplada, talvez seja difícil de extrair apenas o necessário para o microsserviço, então é possível que uma refatoração interna no monolito seja necessária para continuar avançando com essa extração.

Uma vez que você tenha extraído um módulo, é mais um serviço que permite ao time desenvolver, implantar e escalar mais facilmente do restante do monolito.

Sendo possível, inclusive, reescrever este serviço do zero mais tarde, uma vez que o módulo já foi isolado.

Cada vez que você extrair um novo serviço, estará um passo mais perto de ter uma aplicação 100% em microsserviços.

Com o passar do tempo, seu monolito encolherá e a virada de chave entre as arquiteturas se tornará algo natural.

Quer saber mais como sua empresa pode aplicar isso na prática? A Viceri conta com especialistas que podem te ajudar. Fale com a gente!

Outsourcing de TI: como a Transformação Digital está mudando a relação entre CIOs e fornecedores de tecnologia

Tempos de crise são momentos em que aparecem soluções disruptivas e inovadoras, afinal, a necessidade é a mãe da criatividade e da adaptação. Falar de Covid-19 é chover no molhado, mas este momento é mais do que oportuno para refletir sobre as formas de trabalho que utilizamos até então.

Falando especificamente da área de TI, de uma hora para outra, ela foi obrigada a rever toda sua infraestrutura e os recursos disponíveis para deslocar a força de trabalho do escritória para a casa, executando as atividades em home office. Muitas empresas não estavam preparadas para o trabalho remoto, não tinham aprendido como fazer isso, nem estabelecido políticas corporativas para esse caso, tampouco processos e procedimentos adequados para essa prática.

Nesse cenário, alguns questionamentos são inevitáveis para os CIOs: “E se talvez eu tivesse terceirizado meu setor de desenvolvimento? Hoje teria apenas que administrar contratos com meus provedores, sem a preocupação com uma equipe própria tão grande, trabalhando remotamente, fornecendo infraestrutura para tal e pensando em ações para manter a saúde física e emocional de cada um deles. Tudo isso seria um problema do meu provedor, e assim estaria focado em resolver problemas do negócio, em como superar a crise e o que fazer quando ela passar.”

Neste sentido, fazemos aqui uma provocação quanto a pensar na possibilidade de outsourcing de TI em algumas das atividades de tecnologia da sua empresa. Antes tarde do que nunca.

Para tal, CIOs precisam refletir sobre o seu relacionamento com seus atuais fornecedores de TI. Nessa linha de raciocínio, questões importantes estão surgindo sobre o papel dos provedores de TI, que têm sido um dos pilares do cenário tecnológico nas últimas duas décadas. Eles estão mesmo colaborando com a inovação da sua organização? Eles oferecem as economias de custo prometidas? Eles estão gerando resultados estratégicos ou estão apenas cumprindo metas? Essas questões são cruciais para garantir que a sua corporação acompanhe a inovação e, ainda, mantenham seus sistemas legados.

No mundo digital, a tecnologia não é mais um facilitador, mas um ativo estratégico e uma vantagem competitiva. Empresas que não a priorizarem não sobreviverão. Os CIOs estão no comando dessa jornada de transformação digital e estão sob crescente pressão para fornecer os recursos de tecnologia que permitam às empresas gerar valor.

Esse desafio está levando os CIOs a redefinirem como se envolvem, e o que esperam de seus fornecedores de TI. Em um estudo recente realizado pela McKinsey com 250 CIOs globais e tomadores de decisão em tecnologia, chama a atenção uma definição trazida por um dos entrevistados: “Dada a escassez de talentos capazes internamente, nossos recursos estão focados em trabalhar com os provedores de TI para definir o problema e, em seguida, fazer parceria com eles para executar”, comenta.

Esse relacionamento em evolução com os provedores de TI aparece em outros pontos da pesquisa. Mais da metade dos líderes de TI acredita que “não há outra maneira” de atingir suas metas de transformação digital sem uma estreita relação com seus provedores de TI. A pesquisa e as entrevistas apontam para um papel ativo dos fornecedores de tecnologia ao longo da jornada de transformação digital de muitas empresas. No entanto, o foco, expectativas, e os atores que moldam esse papel, diferem significativamente daqueles que foram considerados o padrão no passado.

Conforme o estudo, o gráfico abaixo demonstra os principais motivos que levam os líderes de tecnologia a pensar num outsourcing de TI para as atividades de suas empres. Confira:

(Fonte: McKinsey)

Embora o custo seja uma das principais razões pelas quais a maioria das empresas está ou irá trabalhar com fornecedores de TI, outros fatores estão ganhando importância agora. Acesso ao talento e inovação são fatores cruciais para influenciar nessa decisão. Além disso, a capacidade de se engajar com a empresa contratante é citado com um fator-chave para a escolha do provedor de TI por 60% dos CIOs entrevistados.

Em resumo, você precisa de provedores que tragam valor ao negócio, ou seja:

  • Apoiem e executem a transformação digital;
  • Permitam redução de custos globais da sua empresa (talentos, infraestrutura, espaço físico, etc);

  • Impulsionem a inovação para o negócio de sua empresa como um todo;

  • Proporcionem essa inovação para a própria área de TI;

  • Entreguem resultados para o seu negócio;

  • Tragam talentos e know-how uptodate para a sua organização.

Frente ao aumento do escopo e das responsabilidades envolvidas, cada vez mais os CIOs estão compartilhando a decisão e a escolha de provedores de TI com seus líderes das áreas de negócios. Pesquisas mostram que, atualmente, mais da metade das decisões em relação ao tema são tomadas conjuntamente ou diretamente pelo líder da área de negócios.

Conforme outro estudo da McKinsey, as lideranças de TI precisam estabelecer uma relação de parceria com as áreas de negócios, compartilhando metas, responsabilidades e prestação de contas. De acordo com a pesquisa, empresas que estabelecem esse tipo de alinhamento estratégico têm mais chances de sucesso na Transformação Digital e mais capacidade de gerar impacto no mundo dos negócios.

Assim, cabe às áreas de negócios incluir a tecnologia e a escolha de seus fornecedores como um dos pilares estratégicos da organização, bem como cabe ao CIO se posicionar como líder estratégico para se relacionar com um provedor de TI que realmente criará impacto na sua corporação.

E quem escolher? Atualmente, fornecedores de “nicho” vem conseguindo mais espaço nas grandes empresas, se comparado aos grandes integradores de TI do passado. Embora trabalhar com esse tipo de serviço talvez seja mais complexo, tanto na escolha quanto no gerenciamento, os resultados geralmente justificam.

Então, se você ainda não pensou em ter um parceiro de Outsourcing de TI na sua área de tecnologia, aproveite o momento para planejar como faria isso após a retomada normal das atividades.

**Washington Fray é Diretor de Vendas e Marketing da Viceri, empresa de tecnologia com mais de 29 anos de mercado que atua para estabelecer alianças duradouras e provocar grandes transformações através da inovação e da tecnologia. Em seu portfólio, a instituição tem como clientes algumas das maiores empresas do Brasil como a Mapfre Seguros, Brinks, Brasilprev e Instituto Unibanco.

 

DevOps com microsserviços na AWS: tudo que você precisa saber sobre essa forma de trabalho

Com a constante necessidade das empresas se transformarem em verdadeiras fábricas de inovação digital, a agilidade para a disponibilização de novos produtos e experiências aos consumidores se tornou imperativa. Por isso, criar mecanismos que permitam uma entrega de TI mais rápida e com mais qualidade é cada dia mais essencial para sobreviver no mundo corporativo.

Entretanto, para fazer isso de forma inteligente, é preciso ir além da adoção isolada de rotinas de trabalho mais ágeis ou de altos investimentos em plataformas complexas, acreditando que a rapidez nas entregas surgirá instantaneamente assim que elas forem ativadas. Para criar resultados efetivos, é preciso combinar essas duas frentes, aliando técnicas de trabalho e habilidades da sua equipe com essas ferramentas.

Neste artigo, você vai saber mais sobre uma dessas combinações e entender porque aliar a metodologia DevOps com Microsserviços na AWS pode ser a chave para a otimização de processos e para o aumento da qualidade de softwares, bem como o aumento do desempenho da área de TI do seu negócio. Confira!

O que é DevOps

Para quem não conhece essa forma de trabalho, o DevOps é um conjunto de práticas e ferramentas de trabalho que propõe a unificação entre as áreas de desenvolvimento e operações, tornando o setor de TI mais integrado e mais ágil. 

Além da constante comunicação entre os profissionais de tecnologia e um fluxo de trabalho que facilita as operações de ambos, o DevOps prevê o uso de ferramentas de automação que proporcionam agilidade e otimização de diversos processos da construção do software, tais como testes, build e deploy.

Assim, a entrega da equipe de TI não só é mais rápida, como também mais confiável, já que os profissionais podem se dedicar mais à inovação, segurança e qualidade de software, de modo a minimizar as chances de erros.

Computação em nuvem com AWS 

Embora não se limitando ao seu uso com DevOps, a computação em nuvem é importantíssima para a adoção dessa forma de trabalho. Na prática, ela funciona através da execução de recursos de TI por meio da Internet. O objetivo é substituir datacenters e servidores físicos por repositórios e aplicações online através de um provedor de nuvem. 

Isso proporciona uma economia em termos de estrutura e um ganho de produtividade para os profissionais de tecnologia. Conforme dados da IDC, o investimento global em computação em nuvem pública deve chegar à US$ 216 bilhões em 2020, evidenciado que os líderes de grandes empresas veem esse como um dos seus principais investimentos futuros.

A Amazon Web Services (AWS) é um desses provedores. Lançada em 2006 e fornecida pela Amazon, a plataforma possui abrangência global e mais de 175 serviços de nuvem disponíveis para os profissionais de TI. A AWS conta com diversas ferramentas para facilitar o cotidiano de empresas que adotam o modelo DevOps, tais como: 

AWS CodeCommit

Serviço que hospeda repositórios protegidos baseados em Git, possibilitando a colaboração da equipe em um determinado código em um ecossistema seguro e escalável.

AWS CodeBuid

Serviço de compilação do código-fonte que realiza testes e produz pacotes de software prontos para implantação. Ele elimina a necessidade do profissional provisionar, gerenciar e escalar seus próprios servidores do build.

AWS CodeDeploy

Serviço que automatiza a implantação de códigos em servidores, facilitando o lançamento rápido de novos recursos, reduzindo o tempo de inatividade durante a implantação de recursos e agilizando a atualização de software.  

AWS CodePipeline

Gerencia a entrega contínua de aplicações e infraestruturas, implantando alterações de código automaticamente sempre que elas ocorrerem. Em caso de erros, ele gera logs que permitem visualizar tudo o que aconteceu durante os processos, facilitando a identificação e solução do problema.

Microsserviços

Os microsserviços são uma arquitetura de desenvolvimento de software diferente da tradicional, na qual sistemas grandes e complexos são transformados em componentes individuais. Cada um com uma função única, esses componentes se comunicam entre si através de APIs bem definidas.

Com microsserviços, a agilidade adquirida através do DevOps é potencializada, já que cada funcionalidade do sistema pode ser desenvolvida, operada, monitorada e atualizada independente do todo. De acordo com a Orbis Research, o investimento em plataformas de microsserviços deve crescer mais de 21% no período 2020-2025. 

Combinando DevOps com microsserviços na AWS, os desenvolvedores e profissionais podem trabalhar diretamente em um ambiente seguro, inteiramente baseado na nuvem e pronto para receber todas as inovações que a equipe conseguir produzir.

Quais as vantagens dessa combinação

Na prática, uma arquitetura de microsserviços garante muita rapidez para operações que poderiam custar muitas horas de trabalho. Em uma arquitetura monolítica, cada vez que uma única função precisa ser atualizada ou uma falha corrigida, todo o sistema precisa ser tirado do ar e, posteriormente, passar novamente por processos de testes, build e deploy.

Já em arquiteturas de microsserviços, uma mesma funcionalidade pode ser isolada do restante do sistema para passar por esses processos. Com isso, a entrega de novas funcionalidades inovadoras para cada sistema e a própria manutenção em caso de falhas podem ocorrer constantemente, já que não é preciso derrubar a aplicação inteira para realizar essas operações.

Por exemplo, supondo que um e-commerce comece a apresentar problemas nas funções relacionadas a pagamento. Em uma arquitetura monolítica, todos os processos de compra ficariam indisponíveis para correção da falha. Com microsserviços, é possível isolar o componente responsável por pagamentos enquanto as funções de catálogo, carrinho de compras e configuração do usuário continuam funcionais.

Pode parecer pouco, mas lembre que um sistema estável é essencial para o seu cliente. Às vezes, uma hora com sua aplicação fora do ar pode ser suficiente para ele abandoná-la para sempre.

Para o seu time de TI, essa arquitetura representa a possibilidade de ter múltiplas equipes trabalhando simultaneamente para fazer com que cada parte da experiência do consumidor seja a melhor possível. Além disso, a comunicação, integração e rotinas de trabalho propostas pelo DevOps são facilitadas, uma vez que os profissionais terão uma estrutura pronta para trabalhar nesse modelo ao invés de construir uma do zero.

Por último, mas não menos importante, o uso de microsserviços na AWS para o seu time operar em DevOps elimina a necessidade de investir em hardware e equipamentos de datacenter para manter essa forma de trabalho, uma vez que tudo acontecerá em um sistema seguro e inteiramente digital. Isso pode significar uma grande vantagem financeira para o seu negócio e evitar algumas dores de cabeça, ajudando-o a focar mais no seu core business do que no monitoramento de sistemas físicos de TI.  

Você já conhecia essas funcionalidades da AWS? Quer saber mais sobre como essa plataforma pode ajudar seu negócio a implantar a cultura DevOps? Envie uma mensagem para a gente e tire todas as suas dúvidas sobre essa combinação.

Microsserviços e AWS

Manter todas as soluções do seu site ou aplicativo funcionando de forma harmônica e ágil, pode ser um grande desafio diário. Neste momento, é importante contar com o auxílio das tecnologias disponíveis para te ajudar em alguns processos e automatizar atividades que lhe pouparão tempo, custos e burocracia, e que contribuem para a otimização de alguns processos dentro da sua solução, de forma segura.

Computação em Nuvem e sua relação com os Microsserviços

A computação em nuvem é o termo usado para definir a utilização de serviços e recursos de computação através da internet, como armazenamento de dados, a capacidade de processamento, banco de dados, rede, softwares, entre outros. Nela, você paga apenas pelos serviços que você ou sua empresa utilizam. 

Já os Microsserviços são um modelo de Arquitetura de Software que consiste no desenvolvimento de pequenos serviços independentes e com baixo acoplamento dentro de um sistema, criados para atender a recursos específicos, cada serviço é projetado e gerenciado por uma pequena equipe especializada naquela solução, utilizando o seu próprio banco de dados e base de códigos. 

Cada serviço pode ser implementado, atualizado e escalado de forma individual para atender a uma demanda ou função específica de uma solução maior. Os serviços se comunicam por meio de API’s bem definidos e não necessariamente compartilham da mesma biblioteca, tecnologia ou estrutura arquitetural. Saiba mais sobre a arquitetura de microsserviços no nosso post: O que são microsserviços e quais são as suas diferenças da arquitetura monolítica?

Como cada serviço dentro de um microsserviços funciona de forma autônoma e independente, é possível utilizar a Computação em Nuvem para desenvolver, gerenciar e disponibilizar cada um dos serviços do sistema do software. Conheça as vantagens:  

  • Redução dos custos: elimina-se gastos com investimentos em hardware, software, data centers e suas manutenções. Além da redução de custos com profissionais de TI voltados para o gerenciamento desta estrutura;

  • Otimização de Recursos: sua empresa tem a possibilidade de ajustar os recursos de acordo com as necessidades de cada serviço do sistema;

  • Produtividade: Elimina-se a necessidade de datacenters locais o que possibilita a concentração de esforços da equipe de TI na obtenção de metas comerciais mais importantes;

  • Escalabilidade: É mais ágil e econômico escalar diferentes serviços dentro de um sistema;

  • Maior estabilidade ao sistema: Como cada serviço funciona de forma independente e autônoma, uma sobrecarga de demanda não afetará o funcionamento do restante do sistema. Além disso,como a maioria dos serviços de computação em nuvem funcionam com autosserviço sob demanda, as solicitações para determinadas demandas com maior quantidade de recursos de computação podem ser feitas em minutos. 

  • Segurança: Cada serviço possui seu próprio banco de dados e os provedores de nuvem oferecem políticas, tecnologias e controles eficientes que garantem a segurança destes dados.

E para que a sua solução funcione de forma adequada e eficiente é importante que a sua empresa invista em uma plataforma de nuvem de confiança, abrangente e inovadora, como é o caso da Amazon Web Services (AWS).   

Por que a AWS proporciona um funcionamento eficiente de Microsserviços?

A AWS é a plataforma de nuvem da empresa Amazon. É a mais abrangente plataforma do segmento e oferece mais de 175 serviços completos de datacenters em todo o mundo. Possui em sua carteira de clientes startups de crescimento rápido, grandes empresas e alguns dos maiores órgãos governamentais. A AWS oferece alguns dos serviços que são essenciais e auxiliam para o perfeito funcionamento da computação em nuvem e dos microsserviços,  como:

Docker

A Docker é uma plataforma do software que permite a criação, o teste e a implantação de aplicações rapidamente. O Docker cria pacotes menores de unidades padronizadas, que são conhecidas como containers,  sua funcionalidade é essencial para manter o serviço, pois possibilita realizar a escala individual de cada um dos serviços, isso faz com que seja possível disponibilizar a performance adequada para cada um dos serviço da sua solução.

Amazon S3 (Amazon Simple Storage Service)

A Amazon Simple Storage Service é um sistema da AWS que foi desenvolvido para facilitar a computação de escala na web para os desenvolvedores. Ele permite o armazenamento e recuperação de qualquer tipo de dados, em qualquer momento e lugar na web. Este sistema é altamente dimensionável, rápido, econômico, confiável e seguro, e permite a escalabilidade do serviço pela própria AWS, sem precisar de atuação manual. A Amazon S3 tem recursos para banco de dados no cycle, que atualmente é totalmente introduzida nas aplicações para microsserviços. Ele consiste em ser rápido e flexível para os aplicativos, diminuindo o tempo de resposta para o cliente.

Amazon RDS

Para facilitar a configuração, operação e a escalabilidade do banco de dados relacionais dentro da nuvem, o sistema Amazon Relational DataBase Service (RDS) oferece uma gama de banco de dados populares disponível no mercado, tornando mais fácil a escalabilidade e backup desse recurso. 

Application Load Balancer

O Application load balance oferece serviços de rede com latências baixíssimas de comunicação, possibilitando o balanceamento e configuração de carga do tráfego de rede http e https.

Amazon EC2 (Amazon Elastic Compute Cloud)

O Amazon Elastic Compute Cloud (EC2) oferece uma capacidade de computação dimensionável na nuvem da AWS, foi projetado para desenvolver e implantar aplicativos de forma rápida, eliminando a necessidade de investir em hardwares. O EC2 também possibilita o gerenciamento da expansão ou redução do tráfego do servidor, proporcionando maior flexibilidade nos momentos de pico em determinados serviços.

AWS CloudTrail

O AWS CloudTrail  grava continuamente todo o histórico de eventos e rastreia tudo que aconteceu em seu sistema de rede e infraestrutura da sua aplicação, esse histórico promove maior segurança, rastreia as alterações de recursos, facilita a solução de problemas e detecta atividades incomuns na conta. Isso contribui para o seu sistema ser mais seguro e possibilita o registro de operações realizadas no sistema.

AWS X-Ray

O AWS X-Ray funciona para aplicativos simples e complexos, em ambientes de desenvolvimento e produção. Ele rastreia as solicitações do usuário enquanto percorrem o aplicativo, agrega os dados gerados por serviços e recursos individuais, oferecendo uma visão completa de planejamento. Esse sistema permite a visualização centralizada de logs e o monitoramento de uma resposta rápida para problemas complexos entre microsserviços. Disponibilizando uma visualização completa sobre as solicitações e mostrando um mapa dos componentes do aplicativo, o X-Ray analisa os aplicativos que estão em produção e possibilita entender sua performance dentro do serviço.

A AWS é uma plataforma extremamente confiável, que reúne tecnologias e serviços que garantem um funcionamento eficiente, seguro, econômico e menos burocrático para toda a arquitetura de microsservices da sua solução. Quer saber mais? Entre em contato com o time da Viceri! Temos um time de completo de engenheiros certificados em AWS que ajudarão a fazer o seu negócio crescer.