Engenharia de features e dados: como ter um aprendizado de máquina eficiente

A engenharia de features é o que vai ensinar como ter um aprendizado de máquina eficiente. Assim, de forma bem direta. E é dessa forma direta que faço a seguinte pergunta: quanto mais features, melhor? 

Antes de dar um overview sobre a engenharia de features, é importante entendermos algumas definições. Suponhamos que se tenha dados brutos tabulados – ou em um banco de dados – para servir de input para uma análise de um treinamento de aprendizado. 

Estes dados tabulados seriam compostos por linhas e colunas, onde as colunas representariam os atributos, e as linhas as instâncias – ou seja, a quantidade de exemplos para o conjunto de atributos. 

Os atributos portanto, representam a propriedade de um objeto e definem um valor específico para uma certa instância. Só que nem todos os atributos devem estar presentes nesse conjunto de dados, ou dataset.

Por exemplo: para se fazer uma previsão de ocorrência de acidente de trânsito, baseada nos atributos dos clientes, podemos perceber que os atributos CPF e RG não fazem diferença, e na verdade podem até atrapalhar a construção do aprendizado de uma rede neural. Neste sentido, utilizamos a palavra feature para definir um atributo que tenha mais importância e mais significado. 

Então, respondendo a pergunta acima: não necessariamente. Mais features precisam de maior monitoramento e com isso mais engenharia.

É e dessa forma que começamos a falar sobre o processo de engenharia de features, que tem por objetivo filtrar ainda mais essas features. Existem casos em que necessitamos expandir, selecionar ou excluir algumas delas. Como a feature idade, que pode ser excluída se tivermos a feature data de nascimento, já que elas são redundantes e o modelo pode não convergir tão bem. 

Agora, vamos por partes. Separei aqui os principais tópicos para discutirmos sobre engenharia de features e dados.

O que são features?

Como já falamos acima, Features ou, em português, características, são fatores utilizados para definir um atributo que tenha mais importância e significado. Podemos ter como exemplo um conjunto de dados utilizado para treinar um sistema de um veículo autônomo, esse conjunto é composto por informações como: 

  • Aceleração;

  • Distância do objeto da frente;

  • Combustível;

  • Temperatura;

  • Tempo de viagem.

 

Cada uma dessas informações é chamada de feature. Para ficar mais claro, conversei com o Gestor do Núcleo de Tecnologia da Informação da Universidade Federal de Santa Maria, unidade de Palmeira das Missões, Heitor Scalco Neto e ele citou o seguinte exemplo:

Imagine uma planilha do Microsoft Excel (Figura 1): no topo há um cabeçalho, informando qual tipo de informação está contida em cada coluna. Sendo assim, cada coluna representa uma feature.

Figura 1: Exemplo de base de dados.

Então o que é a engenharia de features?

O trabalho de engenharia de features consiste em elencar as características mais importantes dos dados e, dependendo do modelo utilizado, normalizar os valores contidos na base de dados. 

A normalização de dados geralmente ocorre com a definição dos valores máximos e mínimos encontrados na base de dados, a partir desse momento é realizado o cálculo para que todos os valores fiquem entre 0 e 1. Para entender melhor, seguimos com os exemplos citados por Heitor:

Vamos iniciar com a feature “Irradiação Solar” (Figura 2), podemos perceber que o maior valor encontrado é “466.375”, que será representado por 1, e o menor valor é “40.775”, que será representado por 0. Na Figura 3 podemos ver a feature “Irradiação Solar” normalizada.

 

Figura 2: Base de dados, obtendo o maior e o menor valor de uma feature.

 

Figura 3: Feature “Irradiação Solar” normalizada.

 

Por que a engenharia de features é importante para um aprendizado eficiente de máquina?

O processo de engenharia de features é a fase mais importante e trabalhosa quando se deseja ter um aprendizado de máquina eficiente. Se, por exemplo, a modelagem estiver razoável, porém, com excelente tratamento dos dados, teremos um melhor resultado do que com uma modelagem excelente e dados com uma preparação mais pobre, seja por inconsistência, ruídos, dados faltantes ou até mesmo pouca quantidade de informação.

Podemos dizer então que é um processo iterativo para transformar dados brutos em características que melhor representam o problema.  Um caso muito comum disso são os modelos de deep learning que recebem dados brutos e internamente já identificam as melhores features como as bordas, linhas e texturas em uma classificação de imagem. 

No processo de engenharia de features, temos primeiro a fase de brainstorming, depois a criação, seleção e avaliação. E esse processo funciona de forma cíclica. 

Na fase de brainstorming, entendemos o domínio do problema, reunindo informações para descobrirmos quais poderiam ser as minhas features. Na fase de criação produzimos as features. Na etapa de seleção podemos remover ou ainda expandir algumas features e na fase de avaliação realiza-se uma estimativa da qualidade do modelo, utilizando as features selecionadas.

Algumas técnicas e algoritmo podem ser usados para a aplicação do processo de engenharia de features. Após a fase de brainstorming, e para a fase de criação, pode se utilizar as técnicas de feature extraction ou feature construction. 

Aqui se trabalha com a etapa de extração do que é mais importante em observações muito volumosas, como mídias. Para esses casos é realizada frequentemente uma redução de dimensionalidade. Essa construção pode ser manual, ou até utilizando a deep learning, numa técnica chamada feature learning. 

Após a etapa de criação pode-se utilizar a técnica de feature importance para pontuar as melhores features, e assim mantê-las ou quebrá-las em mais. Aqui os algoritmos de árvore de decisão, como random forest e gradient boosting machine podem ser utilizados. 

As técnicas de Machine Learning têm uma certa sensibilidade ao aprender o padrão dos dados. Desta forma, o processo de engenharia de features é extremamente importante, pois retira o possível ruído dos dados. Segundo Heitor Scalco Neto, outro processo importante de engenharia de features é a escolha das características mais relevantes. 

“Em vários casos, algumas features ajudam o estabelecimento de padrões, porém, em outros, a utilização de determinadas features acabam atrapalhando o processo de aprendizagem. Isso acontece porque existe um aumento da complexidade do aprendizado e a necessidade de mais amostras de dados, a cada feature adicionada”, destaca. Por isso, deve-se realizar um estudo da importância de cada feature antes de utilizá-la no treinamento da técnica de Machine Learning.

Exemplos sobre o uso de dados na engenharia de features

Podemos dividir os dados em qualitativos e quantitativos. Dados qualitativos podem ser nomes de categorias, clientes, produtos ou qualquer dado descrito com uma ou mais palavras. 

Eles ainda podem ser separados em nominais – quando não se tem ordem, por exemplo idiomas ou cores – e ordinais – quando existe uma ordenação, como por exemplo o nível de escolaridade.

Já os dados quantitativos são expressos por numerais, geralmente são features que possuem um valor de distância entre si, por exemplo: tensão elétrica, quantidade de casos de determinada situação, área construída, dimensões e etc.

São números que podem ser discretos – geralmente definem quantidade de algo – ou contínuos – podendo ser ainda em intervalos como range de temperatura, ou em proporções como peso, altura, comprimento.

Esses dados são importantes porque evitam problemas com cálculos estatísticos. Pense num caso de se atribuir o valor (1) para graduação, (2) para mestrado e (3) para doutorado. Isso não quer dizer que doutorado é três vezes a graduação. 

Diversas técnicas de estatísticas são utilizadas nesta fase de pré-treinamento, sendo a medida do coeficiente de correlação uma das mais frequentes.

Gostou do artigo e quer saber mais? Envie uma mensagem para a gente e saiba mais sobre como levar essa metodologia de trabalho para a sua empresa.

Business Intelligence x Data Science: qual a diferença?

Geralmente muitas pessoas que não são da área imaginam que Business Intelligence e Data Science sejam termos similares, quando na verdade um complementa o outro.

 Enquanto o business intelligence usa a coleta de dados para tomar melhores decisões e saber se os investimentos feitos estão trazendo bons resultados para a empresa, a data science analisa os dados para subsidiar a tomada de decisões e gerar insights ao negócio e a produtos desenvolvidos. Ou seja, o BI olha o passado, a Data Science também é preditiva.

Neste artigo, vamos explicar de uma maneira simples a diferença entre ambos e suas principais aplicabilidades. Inicialmente, para compreender o tema é importante entender a evolução dos sistemas analíticos. Acompanhe a leitura! 

A evolução dos sistemas analíticos

Numa evolução dos sistemas analíticos, após os sistemas de Business Intelligence (BI), temos os chamados sistemas de Business Analytics (BA) que usam modelos preditivos para tentar identificar prováveis eventos futuros e indicar quais seriam as ações capazes de afetar positivamente um negócio. 

Nessa categoria temos os sistemas de apoio à decisão. Portanto, é no business analytics que se aplica a data science. Essa capacidade de indicar o que aconteceu e tentar prever o que poderá acontecer são traduzidas em quatro tipos de análises:

1. Descritiva: visa explicar o que aconteceu com relação a determinado evento;

2. Diagnóstica: visa indicar porque algo aconteceu, baseado em dados históricos e muitas vezes comparando períodos similares de semanas, meses ou anos distintos; 

3. Preditiva: visa prever a probabilidade do que pode acontecer no futuro.

4. Prescritiva: visa prescrever o que poderia ser feito para que tal possibilidade se torne uma realidade.

A importância do modelo preditivo para as empresas

As empresas estão usando os modelos preditivos para prever as próximas movimentações do segmento, como:

  • identificar oportunidades futuras de negócio;

  • otimizar estratégias de marketing;

  • mapear o comportamento e hábito de consumidores e colaboradores; 

  • operar com mais eficiência.

É necessário apontar que o business intelligence e o business analytics são um processo e ambos exigem o emprego de técnicas, tecnologias e software para funcionarem com êxito.

Qual a diferença entre business intelligence e data science

A tecnologia motivou o aumento da competitividade e o surgimento de novos mercados, tornando o cenário corporativo muito mais sagaz. Tal cenário fez com que métodos antiquados precisassem ser mudados e nesse caminho surgiram então, o business intelligence e a data science, dois processo técnicos que facilitam a sistematização e a organização dos dados de empresas com o objetivo de orientá-las às melhores decisões estratégicas.

Ambos conceitos têm muita coisa em comum. Os dois utilizam dados para trabalhar a fim de atingir seu objetivo, porém, diferem na tecnologia e na abordagem. Vamos explicar essas diferenças para você agora. Continue a leitura!

O que é business intelligence?

O business intelligence (BI) é um conjunto de metodologias, processos, tecnologias e estruturas que transformam grandes quantidades de dados que, sozinhos, podem não ser tão úteis, em informações essenciais para uma boa gestão. 

Com o agrupamento de informações estruturadas em uma só ferramenta ou sistema analítico, uma empresa consegue identificar o que sabe e o que não sabe sobre suas operações como um todo, além de ser capaz de expandir seus lucros e aprimorar sua capacidade competitiva. 

No business intelligence é necessário verificar os dados para descobrir as características que ajudam a entender o que havia acontecido ou estava acontecendo, essa é a função dos modelos descritivos, os quais buscam identificar padrões. 

Assim sendo, o sistema de BI analisa fatos ocorridos em função de determinadas dimensões, por exemplo: pode-se analisar a saída de produtos do estoque em função do tempo, dia, mês ou ano e em função da localidade ou região na qual os clientes que compraram esses produtos estão estabelecidos, identificando assim, para quais regiões foram feitas mais entregas ao longo do tempo.

O que é data science?

O que impulsionou o crescimento exponencial da data science foi o Big Data. Apesar de não ser tão recente, esse fenômeno promoveu a construção de modelos preditivos com níveis de precisão cada vez maiores nos últimos anos e determinou a criação de um outro conceito, o Big Data Analytics, que extrai conhecimento desse grande conjunto de dados.

Para o especialista em TI, Maurício Delajustine a data science dentro de um negócio é importante em diversos aspectos principalmente por extrair dos dados insights úteis para as tomadas de decisões dentro do negócio. “Com insights assertivos sobre seu público alvo, identificando quais são seus desejos e necessidades a empresa pode realizar ações mais direcionadas e conquistando cada vez mais o cliente por exemplo.” comenta.

É importante também dizer que dentro do processo de data science, aplicamos os conceitos de BI, com as análises descritiva e diagnóstica, mas expandimos as possibilidades com as outras duas categorias de análise – preditiva e prescritiva. Como expoente dessas outras duas categorias citamos o Machine Learning, que se baseia no desenvolvimento de algoritmos que treinam máquinas virtuais e assim são capazes de tomar decisões mais assertivas sobre tomadas de decisões no futuro. A precisão do acerto se baseia na qualidade dos dados passados para a aplicação. 

Em uma pesquisa recente da McKinsey & Company, metade dos executivos de todas as regiões e setores relataram maior dificuldade em recrutar cientistas de dados e talentos analíticos do que qualquer outro tipo de habilidade. A retenção também é um problema de acordo com 40% dos pesquisados. 

Quer trabalhar com data science? Maurício, traz dicas valiosas para ser um bom profissional da área:

  • Saber trabalhar com Big Data e ter conhecimento de ferramentas que ajudam a lidar com um grande volume de dados tratados;

  • Ter conhecimento de algoritmos de Machine Learning para tomada de decisão;

  • Saber utilizar variações de linguagens de programação;

  • Ter foco analítico para gerar soluções técnicas para resolução de problemas complexos;

  • Construir um bom relacionamento com a equipe, pois o profissional vai ter contato com as áreas de TI e negócios.

Para finalizar podemos afirmar de forma sintetizada que a data science é um termo mais abrangente que o BI, englobando suas capacidades de análise e as expandindo.

Já o BI serve, principalmente, para que o gestor possa ter uma visão geral atual acerca do seu negócio, visto que os dados de todos os setores existentes em uma empresa são capturados e armazenados em um banco de dados único que será analisado (seguindo indicadores pré-determinados), para auxiliar na busca por oportunidades e também a identificação de possíveis riscos. 

Esperamos que esse artigo tenha ajudado você a compreender as diferenças entre o business intelligence e a data science. Curte tecnologia? Então continue acompanhando o nosso blog, semanalmente divulgamos conteúdos novos por aqui!

RASA: Conheça o software em python utilizado para criação de chatbots

Vivemos em uma era em que a tecnologia faz parte da nossa rotina e não saberíamos mais como viver sem ela. A cada dia que passa, novos softwares são desenvolvidos e nós vamos ficando cada vez mais dependentes da inteligência artificial. Totalmente inseridos nesse cenário, criamos um conteúdo completo sobre o RASA, um software em python que é utilizado para criação de chatbots e que é capaz de transformar totalmente o seu negócio e a forma que os seus clientes o enxergam.

Convidamos você a ler o nosso conteúdo com muita atenção e, assim, ficar por dentro de todas as informações desse software que chegou para impactar negócios de todos os nichos ao redor do mundo.

Como funciona o RASA?

O RASA é um software que foi desenvolvido na Alemanha, no ano de 2016 e, de maneira bastante resumida, é uma ferramenta de inteligência artificial utilizada para criar chatbots. Como muitas outras tecnologias, o RASA evolui de maneira constante: só nos últimos 6 meses foram lançadas mais de 5 versões diferentes do software.

Esse programa é extremamente poderoso, não é à toa que grandes empresas como Allianz, BMW, Toyota e Adobe estão o utilizando em suas automações.

Componentes

O software é dividido em dois componentes principais, que o permitem desenvolver todas as suas tarefas. A seguir, vamos te explicar exatamente como funciona cada um deles.

O primeiro componente pode ser considerado o raciocínio e a inteligência da conversa de um usuário com um chatbot, é um software livre: ele é gratuito e você pode usar e alterá-lo à vontade. Esse componente também pode ser chamado do núcleo do RASA e para utilizá-lo, você só precisa adicionar a interface de usuário e as integrações que deseja fazer com outros sistemas.

Já o segundo componente oferece ferramentas mais elaboradas que permitem que a empresa administre a aprendizagem do chatbot. Ele possui código fechado, sendo assim, não é possível incrementar ou adaptá-lo. A empresa tem a opção de trabalhar com uma versão comunitária mais básica ou compre uma licença do Rasa para acessar todos os recursos.

Intenções e respostas nos chatbots

O RASA permite que a própria empresa que adotou a plataforma defina frases de exemplo para determinadas situações, que são as chamadas intenções. A criação dessas intenções exige que seja seguido um processo estruturado, realizando uma série de pesquisas, incluindo um mapeamento das dúvidas mais frequentes dos usuários, processos do serviço e, até mesmo, o que o usuário pode querer buscar dentro da sua plataforma. A criação das intenções precisa ser feita com muita atenção, visto que esse é um dos pontos chave para que seu chatbot consiga manter uma comunicação assertiva com os usuários da sua plataforma.

Além das intenções, o software também permite a exibição de respostas em formato de frases ou de opções (múltipla escolha) para que o usuário possa selecionar aquele assunto do qual deseja mais informações.

Um exemplo de interação entre as intenções e as respostas pode ser uma simples conversa coerente entre um chatbot e um usuário. Observe a seguir:

— Usuário: Bom dia
— Chatbot RASA: Bom dia para você também, como vai?
— Usuário: Muito bem, obrigada!
— Chatbot RASA: Que bom, fico feliz em ouvir isso.

Uma simples interação, como a citada acima, precisa conter vários tipos de histórias, ou seja, uma resposta para cada intenção. Afinal, o chatbot precisa responder de maneira coerente e precisa estar preparado para caso o usuário responda que está bem, que não está, ou que está com algum problema específico.

Uma maneira de deixar o chatbot cada vez mais humanizado é definir várias respostas para a mesma intenção. Assim, o próprio chatbot vai escolher de maneira aleatória qual resposta será enviada naquele momento. Essa variedade de opções faz com que o usuário não receba sempre as mesmas respostas ao iniciar uma conversa para tirar dúvidas.

As formas de execução do RASA

Ele pode ser executado de várias formas, cada uma para uma função ou objetivo diferentes. Separamos, a seguir, algumas maneiras de execução do RASA para que você possa entender um pouco mais das diversas funcionalidades oferecidas pelo sistema.

Uma das principais formas de utilização do software, chamada de treino, faz uma “compilação” de todas as frases de exemplo (histórias e respostas) criadas pela sua empresa e forma um arquivo chamado modelo. Esse arquivo gera informações para a rede neural, que vai fornecer a inteligência por trás da conversa. Resumindo, o RASA oferece a funcionalidade de entender exatamente o que o usuário está falando e escolher a resposta mais adequada para aquilo, utilizando uma redes neural – ou seja, simulando o funcionamento do cérebro humano.

O RASA também permite a criação de formulários, onde o chatbot solicita informações ao usuário para poder fornecer respostas mais personalizadas. Um exemplo utilizado pelo próprio software é a possibilidade de o próprio bot sugerir restaurantes que possam agradar o usuário. Isso acontece da seguinte maneira: Após o preenchimento do formulário com informações demográficas, o robô consegue direcionar o usuário para estabelecimentos que combinam com o seu perfil e localização.

Outro exemplo é a busca por médicos, onde o usuário pode questionar ao bot qual é o centro médico mais próximo ao seu endereço, e o robô enviará, de maneira imediata, todas as opções próximas à localização do usuário.

O servidor de chatbot permite acessar a inteligência do RASA através de uma interface Web (HTTP), o que permite a integração com a sua própria aplicação. Além disso, o software já possui funcionalidades prontas para conectar e configurar a interação com chats padrões como, por exemplo, Facebook, Telegram e Google Hangouts.

Já o chamado servidor de ações executa ações personalizadas (definidas pela sua empresa) por meio de, também, uma interface Web.

Citamos várias funções nesse artigo, porém, o RASA é um sistema muito completo e oferece diversas outras facilidades, por meio de automatizações via inteligência artificial. Aproveite para utilizá-lo dentro do seu negócio.

Software em python

Uma informação muito importante sobre o RASA é que ele foi totalmente programado em python, ou seja, em código aberto. Isso facilita diversas questões como, por exemplo, modificações e a programação de interações mais complexas e customizadas para os chatbots. Essa programação permite que o bot capte informações do usuário e faça pesquisas sobre ele em seu sistema, exemplo: quando foi a última vez que essa pessoa acessou o site?

Por ser um software de código aberto, o RASA possui um suporte colaborativo. Atualmente, eles possuem um fórum na internet com mais de 7 mil pessoas trocando experiências, dúvidas e informações.

Os benefícios de utilizar chatbots

Conversei com um especialista em Sistemas de Informação para passar para vocês os maiores benefícios da utilização de chatbots dentro da sua empresa. Confira abaixo!

Como já citado anteriormente, a inteligência artificial é algo muito importante no nosso dia a dia. Ela apresenta vários benefícios, e cada um desses benefícios é vantajoso de um jeito, dependendo do nicho de atuação de cada negócio.

“Em todos os nichos, com certeza a automação é um dos maiores benefícios da inteligência artificial, principalmente devido à interação com o consumidor, e o chatbot é um exemplo muito bom disso, onde você automatiza um processo inteiro de comunicação com os clientes, simplifica processos e facilita para o usuário tirar dúvidas”, afirmou o especialista em Sistemas de Informação, Eduardo Souza.

Outro grande benefício da utilização de chatbots, para Eduardo, é o fato de ele estar disponível 100% do tempo para o usuário, ou seja, 24 horas por dia e 7 dias por semana. Essa facilidade também é conhecida como real time assistance, onde o consumidor não precisa esperar nem um minuto sequer para obter uma resposta aos seus problemas.

Em resumo, as principais vantagens na utilização de um chatbot são a facilidade na comunicação entre o consumidor e o seu negócio, o real time assistance e uma facilitação do entendimento do usuário sobre diversas questões, afinal, a experiência do usuário fica mais satisfatória.

A Viceri facilita o uso de chatbots

Como você já percebeu, a RASA é um programa complexo e está em constante evolução. Como a Viceri entra nisso?

A Viceri é especialista em RASA e Python, e damos suporte aos nossos clientes em relação ao RASA. Escrevemos integrações com os sistemas dos nossos clientes para que eles possam consultar informações por meio do chatbot e, também, desenvolvemos todos os diálogos que são treinados dentro do sistema.

A criação dos diálogos (interações) dentro do chatbot precisam ser feita de maneira muito cuidadosa, para que não aconteçam conflitos entre os discursos do próprio bot. Nossa função é evitar qualquer tipo de confusão.

Além disso, estamos presentes no fórum de dúvidas, citado anteriormente, ajudando a resolver todos os problemas que surgem, respondendo perguntas e abrindo relatórios de erros encontrados no programa e sugestões de melhorias.

Espero que tenham gostado! Esse assunto com certeza será tratado muitas outras vezes aqui dentro do nosso blog.
Caso se interesse em saber mais informações sobre o RASA, clique aqui e fale conosco agora mesmo.

O manual da segurança de dados na AWS e as responsabilidades compartilhadas

Sempre que você tem uma infraestrutura e precisa migrá-la para nuvem surge um questionamento: será que esse procedimento é seguro para o meu banco de dados? Será que as informações da minha empresa estão protegidas em um ambiente totalmente digital? Quão confiável pode ser uma estrutura em nuvem? 

A segurança do banco de dados na nuvem pode ser muito parecida com a segurança dos datacenters locais, mas com menor custo de manutenção. Em um ambiente digital você usa ferramentas que protegem o fluxo de informação da sua empresa. É o caso da AWS (Amazon Web Services), uma das infraestruturas mais seguras do mundo, onde você pode criptografar, mover e gerenciar dados com confiabilidade. 

Segurança na nuvem e porque você deve se preocupar com isso 

A segurança da computação na nuvem oferece as mesmas funcionalidades do modo “tradicional”. Isso quer dizer que todas as informações essenciais estão protegidas contra vazamentos, roubos ou possíveis exclusões. Basicamente, a segurança na nuvem não vai alterar seu modo de gerenciamento atual, mas vai fazer com que a prevenção, detecção e correção de falhas seja feita de uma forma muito mais ágil. 

Além disso, o serviço de armazenamento de dados necessita de requisitos de conformidade, principalmente em informações de saúde ou bancárias, por exemplo. Por isso, muitos serviços oferecem relatórios de auditoria, elaborados por terceiros, para atestar a eficiência do processo interno no gerenciamento de dados. 

Cada vez mais é preciso ter controle e confiança para exercer um trabalho de retenção de banco de dados. Para isso é necessário ter de uma rede que proteja informações, identidades e aplicações, além de atender a requisitos de proteção e confidencialidades de dados. Afinal de contas, uma nova lei de proteção de dados vem aí e, mais do que nunca, é preciso ser extremamente cuidadoso com seu banco. 

No Amazon Web Services é possível automatizar tarefas de segurança de forma manual, pagando apenas pelo que for usado pela sua empresa. O serviço tem ofertas tão seguras para cargas secretas de trabalho que empresas como a Netflix, o Slack e até o governo americano trabalham na nuvem da AWS. E acredite, do menor ao maior negócio, a segurança e credibilidade continuam iguais. 

Mas como isso funciona na prática? 

A AWS foi projetada para ser um dos serviços de cloud computing mais seguros disponíveis no mundo. Uma infraestrutura criada para satisfazer um alto rigor de segurança, com requisitos para atender organizações com informações altamente confidenciais como bancos globais e serviços militares. Segundo a própria plataforma, a AWS conta com 90 normas de segurança e certificações de conformidade e todos seus serviços de armazenamento de dados oferecem criptografia.

Independentemente do serviço contratado dentro da AWS, suas cargas de trabalho são protegidas com uma série de níveis de proteção que são básicos da plataforma. Isso garante a confiabilidade do processo. 

Proteção de dados e da infraestrutura

A AWS protege seus dados, contas e cargas de trabalho de acessos não autorizados. A plataforma fornece criptografia para os 117 tipos de armazenamento e também gerenciamento de chaves e detecção de ameaças. 

Além disso, a plataforma ainda protege sua infraestrutura com regras que você mesmo cria, possibilitando o bloqueio de padrões comuns de ataque. Isso tudo porque faz um monitoramento contínuo das atividades na rede. 

AWS IAM

O Identity and Access Management permite que você gerencie as identidades e permissões de acesso a nuvem. Você configura e habilita seus usuários através de um token físico ou virtual, tudo na forma ideal para que você gerencie o mais rápido sua forma de trabalho. 

Testes de penetração 

A AWS permite em sua plataforma avaliações de segurança e testes de penetração em sua infraestrutura. Alguns testes não são permitidos e precisam ser informados com antecedência para a AWS, como ataques de negação de serviço, por exemplo. Se qualquer tipo de desalinhamento ou problema de segurança for detectado, é necessário entrar em contato imediatamente com a AWS Security.

E o que são as responsabilidades compartilhadas? 

Independentemente da atuação no mercado, toda empresa se preocupa com a segurança dos seus dados. Por este motivo, a AWS oferece controle e propriedade sobre os dados através de uma ferramenta avançada que permite gerenciar permissões, acessos, armazenamentos e mais diversos recursos do sistema. Tudo para que nada seja acessado sem a devida autorização. 

As responsabilidades compartilhadas são um ponto crucial dentro da segurança na AWS. Da mesma forma com que a AWS trata e protege os dados, também é necessário que o cliente tenha certos cuidados. Segundo a plataforma, a AWS é responsável pela segurança “da nuvem” e o cliente pela segurança “na nuvem”. Basicamente, a AWS se responsabiliza por proteger a infraestrutura que executa os serviços oferecidos: hardware, software, redes e instalações. 

As responsabilidades do cliente são com relação ao sistema operacional de visitantes, de toda a parte de criptografia e transferência de dados, tanto dados em repouso quanto dados em trânsito. O cliente determina onde o conteúdo será armazenado, o tipo de armazenamento e a região. A AWS dá todo o suporte e chaves de criptografia para que ele consiga operar sua responsabilidade da forma mais correta e eficiente possível. Tudo muito bem configurável. 

A responsabilidade do cliente é definida pelos serviços contratados e selecionados por ele na nuvem. Isso determina a quantidade de operações que ele deverá executar como suas responsabilidades de segurança. Alguns serviços, inclusive, exigem que o cliente tenha total liberdade para fazer configurações e gerenciamentos de segurança. 

A computação em nuvem permite que você inove e transforme totalmente a área de tecnologia do seu negócio. Com a certeza da segurança do seu banco de dados é muito mais fácil poder pensar a escalabilidade da sua empresa. Isso fica muito mais simples com um serviço que monitora 24 horas por dia, 7 dias na semana e ajuda a proteger a confidencialidade, integridade e a disponibilidade de dados.

Facilitar a forma de trabalho das empresas é apenas um dos nossos objetivos. Quer saber mais? Fale com a Viceri. Nós temos um time completo, certificado em AWS e pronto para ajudar você a fazer o seu negócio crescer. 

Como funciona a migração de banco para AWS em empresas de médio porte?

Uma empresa de médio porte enfrenta desafios como uma gigante. Isso acontece diariamente e todo gestor é bem ciente disto. Mas muito além de todos estes desafios, ainda é preciso se preocupar com a segurança da sua base de dados. Arquitetar, proteger, migrar entre outras coisas, são necessidades que poderiam ser mais práticas se seu banco estivesse na nuvem. Isto daria mais tempo para  você se ocupar com o crescimento dos negócios.

As necessidades de uma empresa se transformam com o tempo e, por este motivo, a forma como trabalhamos também precisa mudar. Fazer a migração  do banco de dados para um serviço de nuvem gerenciado é uma vantagem para que você tenha um controle maior sobre as escalabilidade dos seus dados. E neste sentido, a AWS (Amazon Web Services) oferece o AWS Database Migration Service, um serviço disponibilizado pela Amazon para migrar os dados, tabelas e chaves primárias para a nuvem.

Como este tipo de migração acontece

O AWS Database Migration Service faz a migração do banco de dados para a AWS de um jeito muito rápido e em segurança. O banco de dados de origem pode permanecer operacional durante o processo, dependendo do tipo de migração que será feita. O AWS Database Migration Service viabiliza migrações homogêneas, onde o banco de dados de origem e destino são totalmente compatíveis. Viabiliza também migrações heterogêneas, onde o sistema gerenciador de banco de dados de origem e destino são diferentes.  

Sem complicações e com baixo custo

O AWS Database Migration é muito simples de usar. Você não precisa instalar um driver ou aplicativo e praticamente não são exigidas mudanças no banco de dados de origem. A migração do banco de dados pode ser feita em poucos cliques no Console de Gerenciamento da AWS. A complexidade do processo fica por conta do DMS, que replica automaticamente qualquer alteração que ocorra nos bancos de origem durante o processo. 

Também é possível configurar uma tarefa de migração, ou seja, os parâmetros que o serviço irá utilizar para executar o trabalho. Tudo isso em poucos minutos dentro do AWS Database Migration Service. É possível fazer configurações de conexões com bancos de dados de origem e destino e também a escolha da instância de replicação usada para executar o processo de migração. Depois, a mesma tarefa pode ser usada para teste antes que o trabalho seja de fato executado. 

O outro ponto positivo é que o AWS Database Migration Service tem um custo baixo. Você paga pelos recursos computacionais usados no processo de migração e por armazenamentos adicionais de log. Seja qual for o tipo de migração, é um grande contraste com a maioria dos métodos que geralmente são muito caros.

Compatibilidade 

No AWS Database Migration Service é possível fazer a migração da maioria dos bancos de dados comerciais e de código aberto utilizados. Elas podem ocorrer de bancos de dados locais para o Amazon RDS ou o Amazon EC2, bancos em execução no EC2 para o RDS, vice-versa, ou de um banco do RDS para outro RDS. Ele também permite migrar dados entre SQL, NoSQL e destinos baseados em textos.

Bancos RDS

O RDS (Relational Database Server) é um serviço que oferece uma abstração para um determinado banco de dados suportado (MySQL e PostgreSQL, por exemplo) com objetivo de facilitar o gerenciamento de bancos de dados relacionais na nuvem, tornando mais fácil a escalabilidade e backup desse recurso. 

RDS é um serviço para banco de dados relacional que serve apenas para isso. Se difere por ser autogerenciável. Você não tem acesso a máquina de modo geral, só ao banco de dados. 

Bancos EC2

O EC2 é um serviço da Amazon com o objetivo de oferecer instâncias computacionais (máquinas) escaláveis sob demanda, que podem ser utilizadas para fins mais gerais. Nesse serviço, é possível utilizar essas instâncias para hospedar uma aplicação web ou até mesmo um banco de dados. Lá você tem acesso ao sistema operacional convidado, com liberdade para usá-lo por completo, configurar firewall, instalar aplicações, entre outras coisas. É como se fosse um computador pessoal, mas hospedado na nuvem. 

Por que fazer a migração do meu banco de dados? 

Existe uma série de vantagens de migrar um banco de dados para a nuvem. Desde as vantagens financeiras e a diminuição de gastos, passando pelos processos diários de trabalho que são facilitados, e chegando até às questões jurídicas com a adequação da sua empresa com a nova LGPD.

◼️ Leia também: Tudo o que você precisa saber sobre a proteção de dados na sua empresa

Vantagens econômicas e de processos de trabalho

Com a migração do banco de dados para nuvem você terá um controle maior da escalabilidade. Por exemplo, vamos supor que sua equipe dimensionou um computador para o banco de dados existente. No entanto, você tem uma previsão de duplicar seu banco no próximo ano. Você irá comprar um servidor maior, pois está com a ideia de que no próximo ano precisará do dobro de tamanho. Então acontece um superdimensionamento, e enquanto você não usa metade da disponibilidade do servidor, a sua máquina se desvaloriza,  tempo passa e ela fica ultrapassada. 

Ao contrário da nuvem. Com a migração do banco de dados para a nuvem você pode começar com um dimensionamento mais conservador e aumentar de acordo com a sua necessidade. Quando necessitar de um servidor maior, com alguns cliques você pega outro e seleciona uma máquina maior. Dessa forma, não tem prejuízo com um sistema defasado e nem a necessidade de comprar uma nova máquina.

É importante pensar que o impacto nos custos e os benefícios financeiros vão variar de acordo com a infraestrutura de tecnologia da empresa, de quais aplicativos são executados e também dos serviços de nuvem que já estão em uso, entre outros diversos fatores.

Vantagens jurídicas e adequações à nova LGPD

As adequações à nova Lei Geral de Proteção aos Dados Pessoais podem ser bem complicadas. No entanto, fazer a migração do banco de dados para a nuvem pode ser uma decisão acertada que deixa o processo mais tranquilo. Só ao migrar a carga de trabalho para a nuvem já garante que a empresa cumpra boa parte dos pontos estabelecidos. 

Pois bem, “boa parte” não é todo o processo. Mesmo após migrar tudo para nuvem, ainda é preciso rever alguns processos de tratamento de dados. Isso inclui regras de captação de dados, mapeamento de informações que a empresa já possui, políticas de acesso, entre outras coisas. 

A facilitação das formas de trabalho tem se tornado uma estratégia de negócio para as empresas. São novas maneiras de se atualizar no mercado e garantir mais segurança ao banco de dados da sua empresa. Quer saber mais? Fale com a gente. A Viceri tem um time de engenheiros certificados em AWS prontos para ajudar você a fazer o seu negócio crescer. 

LGPD: tudo o que você precisa saber sobre a proteção de dados na sua empresa

Quando o jovem americano Mark Zuckerberg desenvolveu o FaceMash, uma versão bem inicial do Facebook e exclusivo do público das universidades americanas em 2003, ele já possuía uma visão muito além de seu tempo. No boom das commodities dos anos 2000, enquanto a maioria dos empreendedores ligavam seus holofotes em metais, químicos e metais preciosos, os olhos do estudante miravam dados.

De fato, Zuckerberg foi tão visionário em sua investida no que hoje se tornaria uma das maiores potências tecnológicas do mundo que ele previu um movimento que somente recentemente ganhou nome: a Indústria 4.0. Considerada a Quarta Revolução Industrial, essa indústria é o símbolo da importância que os dados ganharam nos últimos anos. Para você ter uma ideia de quão grande isso é, o Senai anunciou o investimento de R$1,4 mi nesse segmento da indústria. 

A Indústria 4.0 representa a captura de dados, a adoção de automação e a Inteligência Artificial em basicamente tudo que possamos imaginar: detecção de fraudes, opiniões e sentimentos dos clientes em redes sociais, propagandas perfeitamente direcionadas a cada pessoa e até mesmo carros futuristas já construídos pelo Google. Isso é praticamente um dos  segmentos mais importantes dentro da lógica capitalista dos próximos anos.

Mas uma vez que se entende quão importantes são os dados é impossível não pensar: e quem garante a segurança disso tudo? Quem garante que os dados de cada indivíduo não será utilizado para fins não legais? É nesse contexto que vem à tona a criação da Lei Geral de Proteção de Dados, também conhecida como LGPD ou Lei 13.709. Essa novidade vem diretamente para garantir a proteção de dados a todos os usuários do mundo.

O QUE É LGPD?

Essa sigla vem de Lei Geral de Proteção de Dados. Ela foi sancionada em agosto de 2018 e vai entrar em vigor a partir do dia 3 de maio de 2021, isso se não for postergada pelo Congresso Nacional. A LGPD tem tirado o sono de praticamente todos os empresários e gestores, visto que seus negócios devem fazer um esforço significativo para se adequarem à lei. Para entender o funcionamento da Lei de Proteção de Dados é preciso antes entender o contexto de sua criação.

Como foi citado no início do artigo, as informações nas quais navegamos diariamente são os bens mais valiosos para a geração de negócios. Entende-se como informação a combinação de dados, análise e organização. A maneira como as empresas usam informações se tornou o mais importante diferencial no mundo dos negócios.

Baseado nisso podemos entender que os fundamentos e objetivos da LGPD são:

  • Respeito à privacidade e liberdade de expressão;

  • Informação, comunicação e opinião;

  • Inviolabilidade da intimidade, honra e imagem de alguém;

  • Desenvolvimento econômico tecnológico e inovador;

  • Livre iniciativa;

  • Livre concorrência;

  • Defesa do consumidor;

  • Direitos Humanos;

  • Livre desenvolvimento da personalidade;

  • Dignidade;

  • Exercício da cidadania.

COMO SURGIU A LGPD? 

A discussão sobre proteção de dados não surgiu ontem, mas vários episódios influenciaram na criação da LGPD no período atual. Entre eles a aprovação do Marco Civil da Internet, a entrada em vigor da General Data Protection Rules (GDPR) na União Europeia, o escândalo Snowden e, óbvio, as eleições nos EUA em 2018. Baseada na GDPR, a nova lei de proteção de dados veio para regular o tratamento de dados pessoais, ou seja, o armazenamento físico ou digital.

Inicialmente prevista para entrar em vigor em agosto de 2020, a LGPD teve seu adiamento votado recentemente pelo Senado por causa da crise do coronavírus. A lei passou pela Câmara dos Deputados e pela sanção do presidente Jair Bolsonaro. Em outras palavras, o que foi alterado foi apenas o tempo que a lei passará a vigorar após ser promulgada. Devido à urgência do tema, a lei de dados passa a ser oficializada em 3 de maio de 2021.

“A LGPD também é importante porque ela traz um conceito expansionista e consequencialista do dado pessoal”, explica Flávia Carvalho, advogada especialista em Direito Digital e Compliance pela UFPE, além de ser membro da Comissão de Direito da Tecnologia e Inovação da OAB/PE e realizar atividades de conscientização sobre o uso seguro e consciente da rede com o apoio da SaferNet Brasil. “Apesar de termos em vigor o Marco Civil da Internet, ele é considerado um microssistema de proteção de dados que funciona apenas dentro Internet e não abrange, por exemplo, empresas físicas”, avalia.

Qual a importância da LGPD?

Em qualquer transação que realizamos é comum fornecermos diversos dados que são classificados em duas categorias: pessoais e sensíveis. Dados pessoais são informações como nome, CPF, endereço, telefone e e-mail. São considerados dados sensíveis informações como origem racial, orientação sexual, religião, filosófica, política, filiação a sindicatos, dados genéticos e biométricos. A lei regulamenta o tratamento de todos os dados, sejam eles pessoais ou sensíveis.

O ponto mais importante na Lei Geral de Proteção de Dados é o direito à privacidade que todo ser humano possui. A lei não veio para vedar o uso de dados pessoais por parte das empresas, mas para estabelecer princípios e regras para o tratamento desses dados. 

“Muitas empresas não fazem ideia de que precisam se adequar à nova lei de proteção de dados”, diz a especialista Flávia. Ela ainda reforça a importância do conhecimento técnico legal para todas as empresas: “A LGPD não vai valer apenas para empresas digitais. Se eu tiver uma loja pequena de roupas, por exemplo, e não tiver nenhum tipo de cadastro online, mas eu tiver dados das pessoas em um caderno, meu negócio vai ser afetado”, comenta.

Quem ficará responsável pela fiscalização da nova lei de dados é a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão federal. Espera-se, porém, que as próprias empresas indiretamente vão acabar realizando essa fiscalização, já que elas precisam ter a garantia de que seus fornecedores e parceiros também estejam em conformidade com a lei.

Qual é o prazo da LGPD?

A entrada em vigor da LGPD estava marcada para 16 de agosto de 2020, mas, devido à crise do coronavírus e as discussões do Senado, foi adiada para 3 de maio de 2021. Um novo prazo para adequação da lei deve ser divulgar nas próximas semanas.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Reclame Aqui em 2019, 41,6% das empresas não sabem o que é LGPD. A especialista Flávia ainda afirma que o usuário leigo ainda não está informado sobre a importância de seus próprios dados. “Quando a Uber sabe o quanto de bateria tem seu celular: por que ela tem esse dado? A empresa precisa agora apresentar o por quê ela precisa desse dado”, explica. “A LGPD vem para impedir que farmácias vendam dados para um plano de saúde para que ele fique mais caro, por exemplo”.

No próximo artigo vamos abordar mais a fundo essa nova lei, quais os primeiros passos para você se adequar, quem procurar e quais as possíveis penalidades que o não-cumprimento dela por trazer para o seu negócio.  Caso tenha dúvidas, a Viceri conta com um time de especialistas para ajudar a sua empresa a entrar em conformidade com a nova lei de proteção de dados.

Microsserviços x arquitetura monolítica: entenda a diferença

Se você está inserido na área de tecnologia da informação ou engenharia de software já deve ter escutado o termo arquitetura de microsserviços e provavelmente já se perguntou se é uma boa estrutura para ser aplicada na sua solução. Acompanhe esse texto e entenda como funciona a arquitetura de microsserviços e suas diferenças em relação a tradicional arquitetura monolítica.

O que é a Arquitetura Monolítica?

A arquitetura monolítica é uma arquitetura de desenvolvimento de sistema de software. Por ser uma estrutura tradicional, é mais conhecida e utilizada em soluções aplicadas no mercado. Essa abordagem de estrutura de sistemas é baseada no princípio de que todos os processos dentro de uma mesma solução são altamente acoplados, dependentes, compartilham de uma única base de dados e executam todos os processos como se fosse um único serviço. 

Por se tratar de um único sistema que reúne todas as aplicações e informações em um único banco de dados, o seu gerenciamento se torna mais simples e depende exclusivamente de uma única equipe. Porém, esse mesmo fator dificulta a escalabilidade do sistema, se houver um pico de demanda em uma determinada aplicação, todo o sistema terá que ser escalado. Outro ponto para se destacar na arquitetura monolítica é que ao longo do tempo a complexidade da atualização ou aplicação de um recurso do sistema se torna mais complicada, por conta da alta concentração no número de dados. 

Imagine o aplicativo do seu banco. Nele existem diversas funcionalidades, como: transferências, pagamentos, investimentos, entre outros. Em um sistema de arquitetura monolítica todas estas funcionalidades e seus processos estão altamente acoplados, utilizando o mesmo banco de dados. Dessa forma, todas as funções do sistema estão implementadas em um único processo e caso seja necessária realizar uma atualização ou aplicação em uma única funcionalidade do sistema, todo o aplicativo precisaria sair do ar.

API e microsserviços: diferenças

Microsserviços consistem em pequenos serviços independentes, em que a funcionalidade é dividir os componentes em “micro” serviços, que são construídos de forma independente, autônoma e com baixo acoplamento.

APIs são os frameworks, que são responsáveis pela troca de dados entre qualquer outro software externo.

Microsserviços e APIs são camadas dentro de um software. Eles se sobrepõem muitas vezes, por isso é importante entender que a API é uma camada criada para comunicação externa.

O que é a Arquitetura de Microsserviços?

A arquitetura de microsserviços surgiu nos últimos anos para desmembrar e sanar alguns dos problemas enfrentados pela arquitetura monolítica. Este modelo é desenvolvido através de um sistema que consiste, basicamente, em construir pequenos serviços independentes que são criados para recursos específicos, em que cada um realiza uma única função independente. 

Os serviços se comunicam por meio de API’s bem definidos, porém que não necessariamente compartilham da mesma tecnologia, biblioteca estrutural ou arquitetural. Eles são desmembrados em componentes mínimos e utilizam seu próprio banco de dados.

Como cada serviço é independente, eles podem ser desenvolvidos, atualizados, implementados e escalados de forma individual para atender a uma demanda ou função específica de uma solução maior.

Imagine novamente o aplicativo do seu banco, com as mesmas funcionalidades citadas acima, porém desenvolvido através de uma arquitetura de microsserviços. Nesta situação, as transferências, pagamentos, investimentos e outras funcionalidades seriam estruturadas independentes, desenvolvidas para cumprir exclusivamente suas finalidades específicas, com seu próprio banco de dados. 

Caso seja necessária realizar a manutenção de uma dessas operações, utilizando um controle de inversão e monitoramento adequado, as outras funcionalidades do aplicativo continuarão disponíveis para uso normalmente.

Benefícios da arquitetura de microsserviços

Alguns dos benefícios de utilizar a arquitetura de microsserviços em um sistema são:

  • Agilidade: como são implementados de forma independente é mais fácil gerenciar a correção de problemas, lançamentos, manutenção ou desenvolvimento de um outro recurso;

  • A base de código é pequena: isso dá a possibilidade da equipe escolher a tecnologia mais adequada para cada serviço; 

  • Isolamento de falhas: é possível realizar a correção de falhas não interrompendo o funcionamento da solução inteira;

  • Escalabilidade: É possível dimensionar um serviço de forma independente, permitindo a expansão somente do serviço que precisa de mais recursos;

  • Isolamento de dados: é mais fácil executar atualizações pequenas em um único banco de dados de um serviço específico;

Microsserviços: desafios

Trabalhar com uma solução que pode ter inúmeros serviços tem seus desafios, vejamos alguns:

  • Complexidade: A arquitetura de micro serviços possui mais partes móveis, cada serviço é mais simples, mas o sistema como um todo acaba sendo mais complexo. Então, é preciso ter um gerenciamento eficiente para que o serviço como um todo tenha sucesso;

  • Desenvolvimento e teste: procedimentos que utilizem muitas dependências de serviços exigem um tipo de abordagem diferente, testar uma aplicação com muitas dependências de serviço se torna uma tarefa desafiadora;

  • Falhas de rede: Pois o uso de serviço pode aumentar a latência de resposta a quem utiliza esse serviço;

  • Controle de inversão: as atualizações do serviço não podem interromper o funcionamento dos outros serviços e nem a solução completa;

  • Gerenciamento de dados armazenados: como a natureza dos microsserviços é de gerar dados de forma independente, isso dificulta seu gerenciamento pelo microsserviço. Um estudo da Global Microservices aponta que 17% das equipes que utilizam a arquitetura de microsserviços não têm o conhecimento do gerenciamento desses dados a longo prazo. Por isso, é importante planejar de forma sólida as API’s. 

Geralmente, cada serviço é composto por uma pequena equipe de profissionais que trabalham com autonomia. Por esse motivo, é extremamente importante que haja um gestor que faça a integração de todos os serviços e unifique a equipe para que todos os envolvidos em um projeto estejam alinhados com o sistema. É importante também que a equipe que trabalha com esse sistema esteja comprometida tecnicamente.

Utilizar a arquitetura de microsserviços é mais custoso e exige uma integração de processos, em especial, a Integração Contínua, e para que isso aconteça é importante que se implemente uma Cultura de DevOps, assim o controle sobre todo o software será maior. Na arquitetura de microsserviços a preocupação com o Build deve ser redobrada, os testes dos softwares devem ser muito mais completos e a atenção com o controle de inversão deve ser maior, pois qualquer equívoco pode acarretar em um erro na cadeia de implementações na solução com o deploy. Pois uma aplicação não pode ficar parada enquanto um serviço é atualizado para uma nova versão. Por isso, o monitoramento é essencial, caso aconteça alguma falha no sistema é preciso reconhecer rapidamente a fonte problemática.

Quando é indicado usar microsserviços

Estas soluções são indicadas para alguns casos:

  • Aplicações grandes: que necessitam de uma alta taxa de velocidade de liberação;

  • Aplicações complexas: que precisam ser altamente escaláveis e dimensionáveis;

  • Aplicações com domínios avançados ou muitos subdomínios;

  • Aplicações ou em uma Organização que tenha equipes pequenas de desenvolvimento. 

Vale a pena transformar meu monolito em microsserviço?

Ambas as arquiteturas de softwares possuem suas vantagens e desvantagens. Transformar monolito em microsserviços é uma forma de modernizar a aplicação.

Para escolher o modelo que melhor se adequa ao seu negócio, é importante entender suas dinâmicas e necessidades.

Para saber mais sobre como transformar seu monolito em microsserviço. A Viceri conta com especialistas que podem te ajudar. Fale com a gente!

People-Centric Technology: 8 tendências para o futuro segundo o Gartner

Embora presente em todo o desenvolvimento da civilização, nunca o impacto da tecnologia nas nossas vidas esteve tão perceptível. Na segunda metade do século XX, a democratização do acesso aos computadores mudou nossas vidas. No século XXI, os smartphones revolucionaram totalmente nossas relações interpessoais e com as empresas.

Agora, é hora de alcançar níveis ainda mais elevados nessas mudanças. De acordo com o Gartner, uma das maiores consultorias do mundo sobre o tema, a evolução tecnológica dos próximos dez anos deve se pautar pelo conceito people-centric technology, um conjunto de estudos que busca aplicar técnicas que já existem para provocar mudanças profundas na maneira como vivemos.

Nessa perspectiva, saber quais tecnologias vão se destacar nesse processo e como elas vão afetar nossas vidas pode ser uma grande vantagem competitiva para os negócios. Por isso, reunimos aqui as principais tendências em people-centric technology e como elas vão se desenvolver para mudar nossas vidas, de acordo com o Gartner. Confira!

1 – Hyperautomation

Quando falamos em automação, nos referimos a uma ação que deixa de ser feita por uma pessoa para ser realizada por uma máquina. Na hiperautomação, essa máquina possui a capacidade de não só realizar essa tarefa, mas também desenvolver maneiras de realizá-la com mais agilidade, identificar falhas e mudar a maneira como ela se relaciona a todos os outros processos.

Em uma fábrica, por exemplo, um sistema com Inteligência Artificial (IA) pode identificar quando há um problema na linha de montagem e alertar o responsável. Mas um sistema com Machine Learning (ML) pode, além de identificar que há o problema, desenvolver uma solução, orientar como executá-la e analisar como evitar que o mesmo problema ocorra novamente. Com a hiperautomação, as pessoas ficarão mais livres para atuar em áreas que necessitam de criatividade, relacionamento e outras habilidades que as máquinas não possuem.

2 – Multiexperience

Essa tendência em people-centric technology se refere a substituição da ideia de acesso aos computadores por meio de um dispositivo específico pela possibilidade de nos relacionarmos com eles em inúmeros outros pontos de acesso, proporcionando níveis muito mais imersivos de experiência para os usuários.

Algumas empresas já estão adotando técnicas baseadas no conceito Multiexperience. A Domino’s Pizza desenvolveu uma experiência que permite ao usuário não só pedir seu lanche por um aplicativo de smartphone, como também realiza a sua entrega através de drones e carros autônomos, ampliando a relação do usuário com a tecnologia no processo.

3 – Democratization

Na perspectiva dessa tendência, democratização significa dar aos usuários a capacidade de participar dos processos de desenvolvimento, análise de dados ou design através da disponibilização de conhecimentos específicos e ferramentas com pouca necessidade de códigos.

Assim, os processos de desenvolvimento podem se tornar mais baratos e rápidos, já que não estarão limitados a uma execução total dos times de TI. Até 2024, 75% das grandes empresas devem estar usando pelo menos quatro ferramentas de pouco código para o desenvolvimento de aplicativos de TI a partir iniciativas de desenvolvimento dos usuários, segundo o Gartner.

4 – Human Augmentation

Um dos conceitos mais antigos – usamos próteses e óculos para “corrigir” limitações humanas há séculos -, o aumentos das capacidades humanas, atualmente, é uma people-centric technology focada em desenvolver habilidades superhumanas, tanto físicas como cognitivas.

Alguns exemplos dessa tendência no mundo corporativo são o uso de exoesqueletos para aumentar a força física de operários das indústrias ou mesmo adotar sistemas de IA para ajudar gestores nas tomadas de decisões de uma companhia, uma vez que a análise de dados e cálculos fica mais apurada em parceria com os computadores.

5 – Transparency and Traceability

Transparência e rastreabilidade, em tradução direta, são um conjunto de práticas que as empresas devem adotar de modo a garantir que o uso de dados dos seus clientes não estejam sendo utilizados indevidamente. Com o aumento do uso de IA e ML analisando esses dados e consumidores cada vez mais exigentes, empresas que não adotarem esses princípios podem perder clientes ou enfrentar problemas na justiça.

Entre as práticas que mais devem ser mais cobradas pelos usuários estão o uso ético dos dados, a criação de sistemas que minimizem o uso inapropriado deles, políticas de privacidade bem estabelecidas e de fácil acesso, entre outros.

6 – Empowered Edge

Diretamente ligada a Internet das Coisas (IoT), essa tendência visa aumentar o poder de processamento de dados que ocorre em dispositivos básicos de interação do usuário. Como consequência, a própria relação com a nossa casa pode se tornar muito diferente.

Televisores, geladeiras, rádios e iluminação vão ter capacidade de receber, processar e executar um comando muito mais rapidamente do que se eles passassem por um computador central. Entretanto, além do próprio desenvolvimento de hardware e software para esses dispositivos, essa tendência ainda encontra desafios como a durabilidade de cada um deles, o gerenciamento integrado dos mesmos e a própria experiência do usuário.

7 – Autonomous Things

Essa é uma tendência de people-centric technology que se refere ao uso de IA em coisas físicas comuns, desde drones até navios transportadores, de modo que elas possam atuar sem a operação do ser humano. Algumas empresas já utilizam desses equipamentos em armazéns ou minas, por exemplo.

Conforme seu número for crescendo, um ecossistema de máquinas autônomas compartilhando dados o tempo todo deve mudar totalmente as nossas vidas. Carros autônomos, por exemplo, ao passar por uma área de maior tráfego, podem compartilhar esses dados com veículos que estão na mesma rota, de modo que esses tenham tempo para trocar o trajeto para um mais fluído e mais rápido.

8 – IA Security

Muitas empresas e até governos já utilizam IA e ML integrada a sistemas de câmeras de segurança para identificar violações de segurança em lugares restritos ou mesmo identificar suspeitos de crimes em meio a outras pessoas em espaços públicos. Porém, essa tendência de people-centric technology ainda tem desafios muito maiores.

Por armazenar muitos dados de seus clientes, as grandes empresas correm o risco constante de ataques hackers para roubo desses dados, que podem ser usados para fraudes ou crimes virtuais. Por isso, o desafio é desenvolver sistemas de IA que possam identificar padrões nesses ataques, perceber quando um deles está acontecendo, criar uma ação para proteger os dados e colocá-la em prática.

Empresas que não se preocuparem com a implementação desses sistemas, podem ficar expostas a ataques virtuais ou perder a confiança de seus usuários.

A tecnologia muda a nossa vida constantemente não é? Quer fazer dela um propulsor de grandes mudanças no seu negócio? Então, envie uma mensagem para a gente e fale com a nossa equipe.

Inteligência Artificial: Por que essa tecnologia incrível deve estar no seu negócio?

Saiba tudo sobre a inteligência artificial e entenda as possibilidades dessa técnica para sua empresa

De manhã, você levanta da sua cama e pergunta para o assistente pessoal do smartphone se vai chover antes de escolher a roupa. Saindo de casa, liga o Spotify com a certeza de que ele lhe indicará apenas músicas do seu gosto.

Ao longo do seu dia de trabalho várias pesquisas no Google são realizadas e quando você chega em casa, a primeira coisa que faz é conferir as sugestões de séries da Netflix. Você pode não saber, mas todas essas atividades só são possíveis graças à inteligência artificial.

Além de inúmeras facilidades para o seu dia a dia, essa tecnologia também pode trazer inúmeras vantagens para sua empresa. Para você entender melhor como a Inteligência Artificial funciona e saber como aplicá-la no seu negócio, preparamos esse conteúdo especial sobre essa ferramenta.

O QUE É A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL?

Ao contrário do que é mostrado nos filmes e séries de ficção científica, a Inteligência Artificial, ou IA, não é (e nem vai se tornar) uma super máquina que tem o objetivo de destruir a humanidade.

Na verdade, esse termo se refere a um campo de estudos que busca criar sistemas de computadores inteligentes com autonomia para tomar decisões a partir, de análises de dados e algoritmos. Em geral, um sistema com IA resolve as questões práticas para as quais foi criado baseado nessa capacidade de “pensamento”.

Apesar do debate sobre essa tecnologia ter aumentado muito nos últimos anos em função da internet, esse campo de estudos é muito mais antigo do que se pensa. A ideia que alguns objetos pudessem ter autonomia em suas tarefas foi descrita pela primeira vez na Grécia Antiga.

Entretanto, o grande responsável pelo desenvolvimento desse campo de estudos foi John McCarthy, professor da Universidade de Stanford, que utilizou o termo “inteligência artificial” pela primeira vez em 1955 em um estudo.

Com a evolução das técnicas de desenvolvimento de software, e principalmente a utilização de serviços na nuvem, a inteligência artificial vem se tornando cada vez mais comum no nosso cotidiano.

No caso de ferramentas como o Spotify e a Netflix, essa tecnologia é a responsável por monitorar a sua atividade dentro das plataformas e sugerir opções conforme os seus gostos.

COMO ELA FUNCIONA?

Em geral, os sistemas de inteligência artificial constroem essa capacidade de “pensamento” a partir da união de um algoritmo, que é um conjunto de regras programadas por software, e dos dados, que são as informações que a máquina precisa processar para resolver problemas, tomar decisões ou interpretar essas informações.

Nessa perspectiva, o campo da inteligência conta com diversas áreas de estudo. Algumas delas são:

Machine Learning
Essa técnica permite aos computadores aprender algumas regras por conta própria a partir dos dados. Em geral, esse processo acontece através da organização e categorização dos dados por semelhança, em um processo chamado de clusterização.

Deep Learning
O Deep Learning é um campo da Inteligência Artificial que utiliza Redes Neurais Artificiais, que na prática são várias camadas de processamento, para que a máquina aprenda a interpretar os dados. É recomendado quando existe um volume muito grande de informações para análise.

Processamento de linguagem natural
Área que busca desenvolver máquinas com capacidade de compreender a linguagem dos seres humanos. Embora em diferentes níveis de evolução, algumas aplicações dessa técnica são as traduções de um idioma humano para o outro, a transformação de voz em texto escrito e a compreensão complexa de textos em nível de contexto, sintaxe, semântica, etc.

COMO APLICÁ-LA AOS NEGÓCIOS?

A inteligência artificial está cada vez mais inserida no nosso cotidiano e muitas empresas perceberam as vantagens de adotar essa técnica nas suas operações. Confira algumas aplicações práticas dessa tecnologia que já estão modificando negócios e entenda porque ela deve ter um lugar na sua organização.

Definição de novos mercados
A partir da interpretação dos dados que estão disponíveis hoje, a Inteligência Artificial consegue prever como estará o mercado e quais públicos devem se interessar por um determinado produto no futuro. Com essa avaliação, é possível realizar planejamentos mais precisos para as áreas de desenvolvimento de produto, marketing, contabilidade, etc.

Chatbots
Os chatbots são máquinas programadas para realizar o primeiro atendimento ao seu cliente como se fossem pessoas reais. Além de ser uma experiência nova e diferenciada para o seu cliente, essas ferramentas liberam pessoal qualificado para tarefas que exigem mais das suas habilidades humanas e agilizam a tornam o atendimento muito mais rápido.

Eles podem executar desde tarefas mais simples, como o atendimento e processamento de pedidos online em lanchonetes até operações mais complexas. A empresa de seguros Lemonade, por exemplo, conta com um chatbot chamado Jim, que atende e analisa as notificações de sinistro em busca de indícios de fraude. Se não encontrar nenhum, a indenização é liberada em poucos minutos.

Marketing digital
No campo do marketing digital, há diversas aplicações possíveis para Inteligência Artificial. A partir de dados dos clientes ou do possível público para determinado produto, a IA pode segmentar essa base por interesses, atividades e avaliações em comum. Isso permite a criação de materiais de divulgação mais assertivos para cada segmento.

Além disso, a Inteligência Artificial monitora as pesquisa no Google, as interações nas redes sociais e toda a atividade online para entregar anúncios precisos de acordo com as necessidades do usuário.

Reconhecimento de imagens
A partir do reconhecimento de padrões ligados a características físicas das pessoas, a Inteligência Artificial consegue identificar quem ela é apenas a partir da sua imagem. Em algumas empresas, essa técnica já está sendo aplicada em sistemas de monitoramento de segurança para detectar rapidamente pessoas não autorizadas circulando no local.

Da mesma forma, é possível utilizar esses padrões para identificar objetos, o que abre ainda mais possibilidades. A Amazon Go, por exemplo, é uma rede de lojas de conveniência sem caixas nem filas, que utiliza câmeras e Inteligência Artificial para identificar quais produtos o consumidor escolheu a partir do reconhecimento de imagens. O pagamento é realizado diretamente a partir dos dados do cadastro do usuário.

Quer saber mais sobre a Inteligência Artificial? Confira o nosso webinar sobre o assunto e conheça muitas outras possibilidades de aplicação dessa tecnologia.

LGPD: Impactos e Desafios no Tratamento de Dados Sensíveis

Em meio a uma pandemia de coronavírus, outro assunto tem nos demandado uma grande atenção: muito se fala sobre a LGPD, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, e o tratamento de dados sensíveis. A preocupação vai além do prazo de adequação das empresas, mas também sobre quais as medidas os governos e instituições de saúde têm tomado para tratar dados com segurança.  

Se voltarmos um pouco no cenário, é sabido que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais foi criada por conta de interesses comerciais. Quando se começou a falar sobre a implementação da GDPR na União Europeia, já estava muito claro que os países europeus só fariam negócios e firmariam parcerias com países que também tivessem leis equivalentes e adequadas às normas de tratamentos de dados. A partir daí, os governos de fora da União Europeia começaram a tomar medidas para uma implementação mais eficiente da lei. 

No Brasil, desde 2010 já se falava sobre uma regulamentação que visasse a proteção os dados dos cidadãos. No entanto, naquela época, a preocupação era apenas com os dados que circulavam digitalmente. Vendo agora a atuação de outros países, percebemos que o Brasil já anda um tanto quanto atrasado na implementação do novo projeto. 

Se olharmos ao nosso redor, vários países da América Latina que possuem relações comerciais com a União Europeia já têm leis vigentes para a proteção de dados pessoais. O fato é que a LGPD é uma legislação essencial para a manutenção das relações internacionais, mesmo que de certa forma os titulares dos dados estejam protegidos por outras leis que já estão em vigor, como por exemplo o Código de Defesa do Consumidor

No entanto, temos que considerar que a possibilidade de abusos no uso destes dados ainda é muito grande. As instituições pecam pois não apresentam clareza e propósito para a captação e utilização dos dados dos titulares. A circulação de dados sem controle ainda é muito grande e as notícias de vazamentos de dados são cada vez mais constantes. E em um panorama como o atual, em um momento de crise na saúde mundial, a segurança de dados sensíveis é de máxima importância.  

Quer saber mais sobre a nova Lei Geral de Proteção de Dados? Acesse o nosso whitepaper especial “Tudo sobre a LGPD” e confira vários conceitos e dicas para adequar o seu negócio à nova legislação!

Dados sensíveis e o tratamento  em tempos de coronavírus 

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais entende como dado sensível as informações relacionadas a uma pessoa física, seja ela já identificada ou identificável. Pode ser considerado dado sensível: informações sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organizações religiosas, filosóficas ou políticas. Também incluem dados genéticos, dados biométricos tratados para identificar um ser humano e dados relacionados à saúde, vida sexual e orientação sexual. 

No contexto atual, em meio a uma pandemia, vários estados estão usando a geolocalização de celulares para ajudar no enfrentamento do coronavírus, fazendo um monitoramento do distanciamento social. Diante disso, muitas dúvidas começaram a surgir sobre privacidade, acesso a informações sensíveis e quais dados estão sendo coletados: por quanto tempo as informações coletadas serão retidas? Por quanto tempo esses dados coletados farão sentido? Os estabelecimentos podem exigir a coleta de dados de saúde de colaboradores e visitantes durante esse período de pandemia? 

O panorama ainda é incerto, mas vale lembrar que o cidadão é responsável por informar as autoridades sobre seu estado de saúde quando estiver sob suspeita de qualquer doença que exija quarentena. No entanto, é preciso que o estado tome os devidos cuidados na forma da abordagem e tratamento destas informações. Estes dados não devem ficar expostos e devem estar em poder das autoridades apenas de forma temporária. 

Para fazer o tratamento correto dos dados, é necessário que governo e empresas sigam os princípios da LGPD, de acordo com o artigo 6º da lei, que são, de forma resumida: finalidade, adequação, necessidade, livre acesso, segurança, qualidade, transparência, prevenção, não discriminação e responsabilização. 

◼️ Leia também: Resiliência e capacidade de reimaginar os negócios: as chaves para sobreviver à crise e ao pós-crise do Coronavírus

E como fica a aplicação da LGPD? 

Em 14 de abril deste ano, o Ministério Público Federal enviou ao Congresso Nacional uma nota técnica contra o adiamento da vigência da LGPD, que foi aprovado no Senado pelo projeto de lei 1179/20. Contrário a isso, em 29 de abril o Governo Federal publicou no Diário Oficial da União uma Medida Provisória que adia a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para 3 de maio de 2021.

Alguns especialistas defendem este adiamento, pois levam em consideração as dificuldades técnicas e econômicas que as empresas estão enfrentando neste período e no longo caminho que ainda temos pela frente. Eles declaram que as empresas estão totalmente despreparadas para o começo da vigência desta lei. E, além disso, declaram que o fato da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) ainda não estar em funcionamento, provoca uma certa insegurança jurídica a os todos envolvidos no processo de adequação. 

Diante de toda essa situação, vemos que a aplicação da lei também se faz necessária, visto que o home office é uma realidade por conta da pandemia e a quantidade de dados em trânsito é muito maior do que em um período normal. Além disso, a incidência de coleta de dados sensíveis está muito maior do que em outros períodos. 

No entanto, mesmo com o adiamento da lei, é importante que o trabalho para as adequações não pare, pois as ações para o cumprimento da legislação precisam do engajamento e do comprometimento das empresas e dos órgãos responsáveis. 

De qualquer forma, precisamos concordar que quanto mais tempo protelamos a aplicação da lei, mais estamos sujeitos a vazamentos de informações. E para que a transformação digital realmente aconteça no país, é necessário que a lei de segurança de dados esteja em vigor, para que o avanço seja assertivo. 

A Viceri tem um time de especialistas pronto para ajudar a sua empresa a entrar em conformidade com a nova lei de proteção de dados. Fale com a gente!