Analista de dados: os objetivos e competências de um bom profissional

“Mas, após observação e análise, quando você achar que alguma coisa concorda com a razão e é condutora para o bem e benefício de todos, aceite-a e cumpra-a.”

Gautama Siddharta, também conhecido como Buda, 563-483 A.C.

Ciência de dados é um campo interdisciplinar que usa métodos científicos, processos, algoritmos e sistemas para extrair conhecimento e insights de dados. Como sabemos, ela lida com dados quantitativos e qualitativos, onde aplicamos essencialmente quatro tipos de análise: descritiva, diagnóstica, preditiva e prescritiva. O fato de ser interdisciplinar nos indica que ela envolve a combinação de mais de uma disciplina acadêmica dentro da mesma atividade. 

Por ser uma área extensa, permitiu a criação de várias especializações de carreiras existentes anteriormente. Muitos desconhecem que para cada tipo de tarefa temos profissionais com perfis e conhecimentos específicos. Nesse texto vamos focar no Analista de Dados, indicando quais são as competências esperadas e seu limite de atuação. Em uma publicação futura detalharemos cada uma das posições existentes dentro de um time focado em dados.

Quais as competências de cada profissional dentro de um time?  

Antes do profissional, vamos falar da análise de dados em si: as empresas tendem a coletar todos os dados possíveis relacionados ao seu negócio, já que as expectativas dos clientes são cada vez mais altas e a competição acirrada continua em crescimento. A análise desses dados podem contribuir para que essas organizações possam ser proativas, antecipando as necessidades, otimizando a experiência de seus usuários e entregando produtos e funcionalidades relevantes, os quais podem permitir a construção de um relacionamento entre a marca/produto e seus clientes. 

Baseado em fatos, podemos tomar decisões de negócio mais rápidas, ter consciência de riscos e capacidade de reação a mudanças do mercado, além de insights sobre o desempenho da empresa, reduzindo custos e aumentando lucros. Mas quais são os profissionais que, em termos de ciência de dados, podem auxiliar os tomadores de decisão a realizar essas análises em um curto espaço de tempo?

O primeiro profissional que sempre vem em mente é o cientista de dados, com domínio em machine learning, estatística e análise. Altamente qualificado, este profissional 3 em 1 tem alto custo, o qual muitas vezes não se justifica sem uma sólida estrutura e cultura de dados estabelecida nas organizações. Outros especialistas de domínios específicos podem ser essenciais para alcançarmos os objetivos desejados. Mas quais habilidades e competências eles devem ter? Existe uma tendência em procurar profissionais com expertise em inteligência artificial e machine learning, ou estatísticos, devido à sua longa reputação de rigor e superioridade matemática – ambos inegáveis. Mas e os analistas?

O que os menos envolvidos na área por vezes não entendem é que, apesar de estarem sob o mesmo guarda-chuva, esses profissionais são diferentes, mesmo utilizando os mesmos métodos algumas vezes. Cada um deve ser encorajado a dominar amplamente sua área de atuação. Estatísticos sempre prezam pelo rigor, engenheiros de machine learning pelo desempenho, e analistas pela velocidade. Os melhores analistas são velozes em vasculhar um dataset, identificando potenciais insights antes dos outros profissionais citados; isso não deve ser considerado como um demérito para eles já que, como citado, os objetivos são diferentes. 

Estatísticos, ao prezarem pelo rigor, garantem as conclusões obtidas de seus dados, não permitindo que você se engane. Não há espaço para inferências aqui: os métodos aplicados são os corretos para o problema apresentado. Engenheiros de machine learning, ao prezarem pelo desempenho, desenvolvem modelos resilientes, precisos e de rápida resposta aos seus acionamentos. O que ambos têm em comum é o fato de que são soluções de alto esforço para problemas específicos: se os problemas apresentados não valerem o custo de serem solucionados, a empresa acaba perdendo tempo e dinheiro.

O que faz um bom analista de dados? 

Bons analistas são um pré-requisito para sua empreitada com dados. Além da velocidade, eles têm a habilidade de identificar informações potencialmente úteis e apresentá-las em formato gráfico efetivo, revelando o antes desconhecido aos tomadores de decisão e inspirando-os a selecionar os problemas que valem a pena serem enviados aos estatísticos e engenheiros de machine learning. Os bons analistas podem ser considerados então como contadores de histórias dos dados.

Um ponto de destaque em relação aos analistas de dados é a sua regra de ouro: não chegue a conclusões através de seus dados. Apesar de soar estranho, essa regra deixa claro que o resultado de seu trabalho deve inspirar os interessados a explorar todas as possibilidades de interpretação de cada insight, elaborando hipóteses que possam ser testadas pelos estatísticos. Outro aspecto interessante dessa regra é que ela indica que a comunicação do resultado do trabalho realizado pelos analistas deve ser clara o suficiente para que não entendam um insight como uma conclusão.

O domínio de negócio também é algo extremamente relevante para os analistas de dados, não sendo algo essencial para engenheiros de machine learning e estatísticos. Por causa dessa expertise, eles podem auxiliar a identificar padrões rapidamente em seus dados e explorar diversos ângulos do mesmo assunto, antes mesmo de levar as informações para os tomadores de decisão. 

Podemos dizer que, numa ordem de prioridade na montagem de um time de dados, o analista vem antes dos outros profissionais citados, gerando insumos para eles e tendo uma importante função junto aos tomadores de decisão.

Gostou da nossa explicação? A Viceri tem um time completo de especialistas sempre dispostos a ajudar sua empresa a chegar mais longe. Entre em contato com a gente

LGPD: O cenário de insegurança jurídica durante a pandemia

Fica muito difícil não relacionarmos este tempo pandêmico com um cenário de insegurança jurídica em torno da Lei Geral de Proteção de Dados,  a LGPD. No artigo anterior, já tínhamos abordado sobre a dificuldade das empresas nos processo de adequação. Não só aspectos econômicos em tempos de crise, mas também as preocupações técnicas em relação a prazos e sobre quais as medidas os governos e instituições de saúde têm tomado para tratar dados com segurança neste período. E para entendermos um pouco melhor este momento que o Brasil vive, precisamos compreender também o que está sendo debatido entre o Governo Federal e o Senado. 

Em agosto de 2018 tivemos a promulgação da Lei nº 13.709, a Lei Geral de Proteção de Dados, com previsão de vigência para agosto de 2020. Por conta do cenário de pandemia, o Senado recebeu o plano de Lei nº 1179/2020 com a sugestão de um regime emergencial. Na primeira votação os senadores decidiram pelo adiamento da vigência da LGPD para janeiro de 2021, com aplicabilidade de multas a partir de agosto do mesmo ano. 

Antes da conclusão e sanção do plano de Lei nº 1179/2020, o executivo editou a Medida Provisória 959/2020 que tratava também do adiamento da vigência da LGPD para maio de 2021. Essa medida provisória entrou em vigor em abril de 2020 e deve ser convertida em lei, após votação do Congresso Nacional, até 27 de agosto deste ano. Caso contrário, ela simplesmente deixa de existir. Porém, uma nova votação aconteceu na Câmara dos Deputados para o plano de Lei nº 1179/2020 que eliminou a tratativa da prorrogação da vigência da lei, mantendo apenas a prorrogação dos recursos punitivos para agosto de 2021. 

Que confusões essas mudanças podem causar? 

Então, diante de todas essas informações, podemos entender que a Medida Provisória nº 959/2020 precisa ser convertida em lei até 27 de agosto de 2020 para que a data de vigência inicial da LGPD seja postergada para maio de 2021. Ou então, voltamos à data inicial prevista antes da pandemia, 16 de agosto de 2020. Sabemos que esse assunto tão importante segue em discussão e não podemos deixar de mencionar os impactos que isso traz para todo o país. 

O certo é que a Lei Geral de Proteção de Dados é extremamente relevante para o Brasil, e é importante desde a sua promulgação, em 2018. Sua relevância demonstra que o país está preocupado em fazer um tratamento de dados dos titulares de forma transparente. Traz também a credibilidade no que diz respeitos aos direitos humanos e aos requisitos de segurança digital. 

Porém, o país tem um grande entrave, um grande gerador de insegurança jurídica: a ausência da criação da ANPD, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Ela vai ser responsável, dentre várias funções, por fiscalizar e aplicar a lei. A nomeação ainda não ocorreu por conta de dependência da agenda do executivo e orçamento. Além da aprovação e indicação dos responsáveis. 

De acordo com Patrícia Peck, advogada especialista em Direito Digital e PHD em Direito Internacional e Propriedade Intelectual, não adianta prorrogar a vigência da lei sem que se tenha um compromisso de, nesse período de transição, criar a Autoridade Nacional de Proteção de Dados.

O país não pode simplesmente decidir uma vigência de lei e começar a aplicabilidade de multas na sequência, sem que se tenha a preocupação com o protocolo de conduta. A ANPD, antes da vigência da LGPD, precisa articular com as instituições e com a sociedade, estabelecer metodologias, promover campanhas educativas, responder a consultas públicas, regulamentar artigos que ainda ficaram abertos para discussão, para evitar que haja uma interpretação confusa da legislação.

Ou seja, é uma lei de alto impacto que precisa ser tratada com a sua devida importância. Alguns especialistas, inclusive, acreditam que vai ser preciso ao menos seis meses para que a ANPD tenha recursos suficientes para começar a sancionar. 

Quer saber mais sobre a nova Lei Geral de Proteção de Dados? Acesse o nosso whitepaper especial “Tudo sobre a LGPD” e confira vários conceitos e dicas para adequar o seu negócio à nova legislação!

O que vem pela frente? 

Estamos diante de uma mudança de vício de consentimento. A partir de agora tudo vai ter que ser muito mais claro, mais transparente, sem letras miúdas ou interpretações dúbias. Todo o tratamento de dados tem que ter um objetivo, um princípio. Por isso hoje mais de 120 países estão regulamentando as suas leis de privacidade. Além disso, estamos em tempo de cloud computing, o que torna a proteção e a confidencialidade dos dados muito mais importante.

As empresas precisam determinar quais serão os dados levados para nuvem, por exemplo. São dados pessoais? São dados pessoais sensíveis? A preocupação com os riscos e a segurança, desde a criptografia dos dados em movimento e armazenados, até com quem os acessa, deve ser base para adequação à lei. Mesmo que ainda haja discussão sobre data de vigência, sobre a criação da ANPD, sobre quando começar com os recursos punitivos, e sobre os impactos da pandemia na LGPD, o fato é que já estamos em tempo de lições aprendidas, em tempo de amadurecimento das práticas de governança de dados.

A aplicação da lei é necessária visto que o momento em que vivemos é de extremo risco para o vazamento de dados: home office, grande quantidade de dados em trânsito e uma maior quantidade de dados sensíveis do que em outros períodos. Quanto mais tempo protelarmos a aplicação da lei, mais estaremos sujeitos a vazamentos de informações.

A pandemia está nos mostrando o quão importante seria se a LGPD já estivesse em vigor. Uma lei que seria uma referência muito forte diante de todas as questões de saúde que estamos enfrentando, devido ao grau de conscientização da sociedade diante da  crise. Acredito que o futuro nos reserva instituições mais preparadas e consumidores mais conscientes dos seus direitos.

A Viceri tem um time de especialistas nas mais diversas áreas. Todos prontos para ajudar sua empresa a entrar em conformidade com a nova Lei Geral de Proteção de Dados. Fale com a gente!

DevOps com microsserviços na AWS: tudo que você precisa saber sobre essa forma de trabalho

Com a constante necessidade das empresas se transformarem em verdadeiras fábricas de inovação digital, a agilidade para a disponibilização de novos produtos e experiências aos consumidores se tornou imperativa. Por isso, criar mecanismos que permitam uma entrega de TI mais rápida e com mais qualidade é cada dia mais essencial para sobreviver no mundo corporativo.

Entretanto, para fazer isso de forma inteligente, é preciso ir além da adoção isolada de rotinas de trabalho mais ágeis ou de altos investimentos em plataformas complexas, acreditando que a rapidez nas entregas surgirá instantaneamente assim que elas forem ativadas. Para criar resultados efetivos, é preciso combinar essas duas frentes, aliando técnicas de trabalho e habilidades da sua equipe com essas ferramentas.

Neste artigo, você vai saber mais sobre uma dessas combinações e entender porque aliar a metodologia DevOps com Microsserviços na AWS pode ser a chave para a otimização de processos e para o aumento da qualidade de softwares, bem como o aumento do desempenho da área de TI do seu negócio. Confira!

O que é DevOps

Para quem não conhece essa forma de trabalho, o DevOps é um conjunto de práticas e ferramentas de trabalho que propõe a unificação entre as áreas de desenvolvimento e operações, tornando o setor de TI mais integrado e mais ágil. 

Além da constante comunicação entre os profissionais de tecnologia e um fluxo de trabalho que facilita as operações de ambos, o DevOps prevê o uso de ferramentas de automação que proporcionam agilidade e otimização de diversos processos da construção do software, tais como testes, build e deploy.

Assim, a entrega da equipe de TI não só é mais rápida, como também mais confiável, já que os profissionais podem se dedicar mais à inovação, segurança e qualidade de software, de modo a minimizar as chances de erros.

Computação em nuvem com AWS 

Embora não se limitando ao seu uso com DevOps, a computação em nuvem é importantíssima para a adoção dessa forma de trabalho. Na prática, ela funciona através da execução de recursos de TI por meio da Internet. O objetivo é substituir datacenters e servidores físicos por repositórios e aplicações online através de um provedor de nuvem. 

Isso proporciona uma economia em termos de estrutura e um ganho de produtividade para os profissionais de tecnologia. Conforme dados da IDC, o investimento global em computação em nuvem pública deve chegar à US$ 216 bilhões em 2020, evidenciado que os líderes de grandes empresas veem esse como um dos seus principais investimentos futuros.

A Amazon Web Services (AWS) é um desses provedores. Lançada em 2006 e fornecida pela Amazon, a plataforma possui abrangência global e mais de 175 serviços de nuvem disponíveis para os profissionais de TI. A AWS conta com diversas ferramentas para facilitar o cotidiano de empresas que adotam o modelo DevOps, tais como: 

AWS CodeCommit

Serviço que hospeda repositórios protegidos baseados em Git, possibilitando a colaboração da equipe em um determinado código em um ecossistema seguro e escalável.

AWS CodeBuid

Serviço de compilação do código-fonte que realiza testes e produz pacotes de software prontos para implantação. Ele elimina a necessidade do profissional provisionar, gerenciar e escalar seus próprios servidores do build.

AWS CodeDeploy

Serviço que automatiza a implantação de códigos em servidores, facilitando o lançamento rápido de novos recursos, reduzindo o tempo de inatividade durante a implantação de recursos e agilizando a atualização de software.  

AWS CodePipeline

Gerencia a entrega contínua de aplicações e infraestruturas, implantando alterações de código automaticamente sempre que elas ocorrerem. Em caso de erros, ele gera logs que permitem visualizar tudo o que aconteceu durante os processos, facilitando a identificação e solução do problema.

Microsserviços

Os microsserviços são uma arquitetura de desenvolvimento de software diferente da tradicional, na qual sistemas grandes e complexos são transformados em componentes individuais. Cada um com uma função única, esses componentes se comunicam entre si através de APIs bem definidas.

Com microsserviços, a agilidade adquirida através do DevOps é potencializada, já que cada funcionalidade do sistema pode ser desenvolvida, operada, monitorada e atualizada independente do todo. De acordo com a Orbis Research, o investimento em plataformas de microsserviços deve crescer mais de 21% no período 2020-2025. 

Combinando DevOps com microsserviços na AWS, os desenvolvedores e profissionais podem trabalhar diretamente em um ambiente seguro, inteiramente baseado na nuvem e pronto para receber todas as inovações que a equipe conseguir produzir.

Quais as vantagens dessa combinação

Na prática, uma arquitetura de microsserviços garante muita rapidez para operações que poderiam custar muitas horas de trabalho. Em uma arquitetura monolítica, cada vez que uma única função precisa ser atualizada ou uma falha corrigida, todo o sistema precisa ser tirado do ar e, posteriormente, passar novamente por processos de testes, build e deploy.

Já em arquiteturas de microsserviços, uma mesma funcionalidade pode ser isolada do restante do sistema para passar por esses processos. Com isso, a entrega de novas funcionalidades inovadoras para cada sistema e a própria manutenção em caso de falhas podem ocorrer constantemente, já que não é preciso derrubar a aplicação inteira para realizar essas operações.

Por exemplo, supondo que um e-commerce comece a apresentar problemas nas funções relacionadas a pagamento. Em uma arquitetura monolítica, todos os processos de compra ficariam indisponíveis para correção da falha. Com microsserviços, é possível isolar o componente responsável por pagamentos enquanto as funções de catálogo, carrinho de compras e configuração do usuário continuam funcionais.

Pode parecer pouco, mas lembre que um sistema estável é essencial para o seu cliente. Às vezes, uma hora com sua aplicação fora do ar pode ser suficiente para ele abandoná-la para sempre.

Para o seu time de TI, essa arquitetura representa a possibilidade de ter múltiplas equipes trabalhando simultaneamente para fazer com que cada parte da experiência do consumidor seja a melhor possível. Além disso, a comunicação, integração e rotinas de trabalho propostas pelo DevOps são facilitadas, uma vez que os profissionais terão uma estrutura pronta para trabalhar nesse modelo ao invés de construir uma do zero.

Por último, mas não menos importante, o uso de microsserviços na AWS para o seu time operar em DevOps elimina a necessidade de investir em hardware e equipamentos de datacenter para manter essa forma de trabalho, uma vez que tudo acontecerá em um sistema seguro e inteiramente digital. Isso pode significar uma grande vantagem financeira para o seu negócio e evitar algumas dores de cabeça, ajudando-o a focar mais no seu core business do que no monitoramento de sistemas físicos de TI.  

Você já conhecia essas funcionalidades da AWS? Quer saber mais sobre como essa plataforma pode ajudar seu negócio a implantar a cultura DevOps? Envie uma mensagem para a gente e tire todas as suas dúvidas sobre essa combinação.

Dicas de programação: melhore a qualidade e facilite a manutenção de softwares

Como já disse Steve Maguire, em seu excelente livro Writing Solid Code, se você colocar um programador em cima de um penhasco com uma corda e uma asa delta e falar pra ele descer, não é possível adivinhar o que ele vai usar pra descer, mas pode ter certeza que ele vai pensar muito a respeito, antes de tomar a decisão. Contudo, o mesmo programador, quando for escrever um programa, é bastante provável que só irá pensar em tamanho e velocidade, mas não no risco do método que está utilizando. Se você aplicar a mesma metodologia na descida do penhasco, o jeito mais rápido (e mais arriscado) de descer seria pular!

Sendo assim, convido você a se atentar a todas as dicas de programação que citarei a seguir. Espero que elas ajudem a otimizar sua maneira de programar!

Dicas de programação que aprendi durante a minha trajetória

No começo da década de 90, eu fui contratado em um dos meus primeiros empregos porque eu conhecia a linguagem de programação C++. Apesar de ser uma empresa pequena, que tinha somente 5 funcionários, já contando comigo, ela tinha uma excelente base de clientes e um potencial muito bom na área. 

Nessa mesma época, eu me considerava um profissional bom, visto que conhecia muito da linguagem C++ e executava programas que eram verdadeiras obras de arte, com algoritmos muito inteligentes. Além disso, eu enxergava a qualidade no meu trabalho porque utilizava, em programas bastante enxutos, alguns comandos que só especialistas na linguagem seriam capazes de conhecer. 

Durante essa experiência, tive a oportunidade de trabalhar com um colega que tinha fama de ser um dos melhores programadores de C++ de toda a cidade. Pouco tempo depois da minha contratação, enquanto esse meu colega estava em uma viagem, precisei fazer algumas alterações em um código dele, pois um cliente estava fazendo essa solicitação com bastante urgência. 

Comecei a olhar o que ele havia escrito e fiquei muito surpreso. O pensamento que me veio na hora foi o seguinte: “Nossa, uma criança de 5 anos de idade poderia escrever um código assim”. Eu imaginava que uma pessoa com a experiência e fama que ele tinha, poderia escrever algo infinitamente melhor. Em poucos minutos consegui entender como funcionava o código dele, fiz as alterações solicitadas pelo cliente e tudo foi resolvido, de maneira rápida. 

Depois de poucas horas trabalhando no código do meu colega, ao voltar para meu próprio código, tive dificuldade em seguir o funcionamento e entender o que eu havia escrito antes! Esse episódio me ensinou uma lição muito importante, que há anos venho tentando seguir, e essa é a primeira das dicas de programação que quero trazer para vocês hoje: faça códigos simples. Não use técnicas avançadas para fazer seu código parecer mais moderno se você não precisa disso. Minha dica é que você programe pensando que amanhã uma criança de 5 anos de idade consiga realizar uma manutenção dentro do seu programa. 

É claro que, em alguns momentos, será necessário escrever algo um pouco mais complexo. Mas minha sugestão, para esses casos, é que você coloque comentários explicando o que esse código faz, o motivo deste método ter sido escolhido e o motivo de não ter utilizado outra técnica. Isso vai facilitar, e muito, a realização da manutenção deste código, principalmente caso ela aconteça em um futuro distante. Lembre-se: você está tentando escrever um código que funcione sem erros e de fácil manutenção. Você não está tentando mostrar aos seus colegas que conhece mais comandos do que eles – isso não é uma competição. 

Utilize chaves  

No caso das linguagens C, C++ e C Sharp, você pode colocar um bloco de código dentro de chaves {} e, assim, utilizar em um IF, por exemplo, se a condição for verdadeira, todos os comandos no bloco serão executados. 

if(condição) {

     comando 1

     comando 2

     …

}

Durante minha trajetória profissional, observei muitos programadores experientes falando que em programações de um único comando, não há necessidade de utilizar chaves, que isso é coisa para iniciantes:

if (condição)

     comando 1

Porém, quantos deles não esqueceram desse detalhe na hora de fazer uma manutenção no software? Assim, adicionaram mais comandos na programação que não ficaram dentro do IF, pois esqueceram de adicionar chaves. Depois disso, pense quanto tempo não levaram para descobrir o motivo de a manutenção não ter dado certo:

if (condição)

     comando 1

     comando 2

     …

Neste terceiro exemplo, o comando 2 é executado independente da condição ser verdadeiro ou não.

Esse exemplo serve também para VB (Visual Basic), linguagem de programação produzida pela Microsoft. Pode-se colocar um IF seguido da condição e de um comando, tudo na mesma linha. Porém, a dica aqui é que você crie o hábito de colocar sempre o comando na linha seguinte e finalizar o bloco com END IF, isso irá facilitar a manutenção do seu software.

Não use

If condição Then comando

Use

If condição Then

     comando

End If

Comece a usar a linguagem a seu favor ao invés de brigar com ela!

Se atente às nomenclaturas

Independentemente da linguagem que você estiver trabalhando, uma das minhas dicas de programação é que você preste bastante atenção ao padrão que a empresa utiliza para criar nomes de rotinas, nomes de estruturas e variáveis. Existem empresas que preferem criar nomes somente em inglês, visto que, atualmente, vivemos em uma aldeia global. 

Durante um período da minha trajetória profissional, trabalhei em um projeto onde um módulo de atendimento ao cliente era chamado de Customer Attendance. Esse termo não tem nada a ver com atendimento ao cliente. A palavra Attendance significa comparecimento, quando traduzida de inglês para português. Porém, a empresa achou que estava correto ao encontrar esse termo na internet, mas não sabia que era um site nacional que possuía textos em inglês com diversos erros. Ou seja, no caso da preferência pela criação em inglês, a dica é que você pesquise qual seria a melhor palavra utilizando insights de origem inglesa, para não cometer erros desse tipo. 

Em poucas palavras, a minha dica é que você se familiarize com os padrões de programação impostos pela sua empresa e os siga à risca na hora de criar novos nomes. 

Separe, treine e aceite sugestões 

Se a função do programa que você está escrevendo está ficando pesada ou com uma lógica muito complexa, faça como os macedônios faziam 300 anos antes de Cristo. Divida e conquiste. Separe o seu problema em partes menores ou funções distintas quantas vezes for necessário para torná-lo mais fácil de compreender. Essa divisão ajuda bastante, principalmente se você estiver executando as mesmas funções em vários lugares distintos. Agrupe-as em uma função à parte!

Outra dica muito importante, e talvez uma das mais dolorosas, é que por mais que o programa seja seu filho e você tenha colocado um pedaço da sua alma dentro daquele código, ele sempre tem como ficar melhor! Muitas vezes, quem está lendo o seu código de fora enxerga uma forma completamente diferente de fazê-lo do que aquela que você utilizou. Nessas horas, é preciso deixar o orgulho de lado e escutar todas as sugestões que receber. Terão sugestões que não farão muito sentido e terão as que vale a pena ouvir, porque isso deixará o seu código ainda melhor. 

Por último, e não menos importante, está a nossa dica relacionada ao treinamento. Existem inúmeros sites na internet que apresentam quebra-cabeças de programação para que pessoas do mundo inteiro possam tentar suas soluções. Um desses sites é o Code Wars, onde são apresentados desafios de programação de todos os níveis possíveis – desde os mais simples até os extremamente complexos. 

Depois de completar um quebra-cabeças dentro do site, você pode ver as soluções de outros programadores do mundo inteiro. Eu já participei de inúmeros desses projetos e, depois, olhando o código das outras pessoas, aprendi como melhorar o meu próprio código! Muitas vezes, eu estava pensando de forma equivocada em como solucionar os problemas ou estava usando o comando errado. Porém, em ambos os casos eu aprendi uma forma de melhorar o meu programa. 

Todas essas dicas podem parecer um pouco simples mas, na verdade, são dicas muito importantes, que vão melhorar a qualidade do seu código, diminuir a quantidade de possíveis bugs e facilitar futuras manutenções. Espero que as dicas te ajudem e, para outras dúvidas sobre programação, basta entrar em contato conosco clicando aqui.

Transformação Digital nas empresas: O que seu negócio está perdendo por não priorizá-la?

Conheça alguns cases de Transformação Digital nas empresas do Brasil e do mundo e quais as principais vantagens dessa mudança para o seu negócio.

Apesar de ser um caminho sem volta, a Transformação Digital nas empresas ainda enfrenta resistência por conta da mudança na cultura organizacional. Porém, muitas instituições já percebem os benefícios para o gestor e toda a equipe no dia a dia da empresa.

Por isso, já existem diversos casos de sucesso de organizações que aderiram ao conceito de gestão com auxílio da tecnologia. Reunimos alguns deles neste conteúdo especial para você entender as principais vantagens de priorizar essa transformação no seu negócio.

Transformação digital nas empresas

Confira alguns exemplos reais do mercado e sinta ainda mais segurança para colocar a tecnologia no centro da sua organização.

Amazon

É a principal referência de empresa que usa o que a tecnologia tem de melhor para encantar seu consumidor. Começando como uma simples loja virtual de livros, a corporação atua hoje em diversos ramos, desde plataformas de streaming até supermercados. Atualmente, está entre as empresas com maior valor de mercado do mundo.

Fedex

Desde a aplicação de tecnologias em sua operação, a empresa deixou de ser um ícone não apenas na entrega de mercadorias, mas também uma referência em logística.

Hoje os centros de distribuição da companhia separam pacotes por radiofrequência e conseguem oferecer atendimento personalizado e ágil como diferencial.

Walmart

O Walmart é uma das gigantes do varejo e totalmente consolidada no mercado mundial, mas continua investindo intensamente na Transformação Digital da empresa.

A companhia desenvolve plataformas e softwares personalizados de acordo com as necessidades para melhorar cada vez mais a experiência do seu consumidor.

Magazine Luiza

A companhia nacional está deixando de ser uma loja do varejo rumo ao maior marketplace digital do Brasil.

Os investimentos em tecnologia tem como foco melhorar a experiência do usuário durante a jornada de compra tanto na escolha quanto na hora da compra. Um dos destaques é a chatbot Lu, que utiliza IA para responder às dúvidas dos consumidores em um chat.

Por que priorizar a Transformação Digital?

Para que você comece a implementar o conceito ao seu negócio é bom saber que não há restrições de tamanho, faturamento ou investimento para isso.

Portanto, a Transformação Digital nas empresas é um processo que pode ser adotado por todas as organizações que querem ser competitivas no mercado atual.

Confira alguns motivos para que a sua empresa adote a Transformação Digital para alavancar a sua companhia.

Economia

Este é um ponto crucial para muitos empreendedores, já que a Transformação Digital é feita a partir de investimentos financeiros não tão baratos. Porém, o custo-benefício é o que faz com que sua aplicação seja interessante para toda a organização.

Na área de TI, por exemplo, operações otimizadas reduzem despesas com hardware, software e equipes dedicadas à manutenção de sistema. Com a redução de custos em diversos setores é possível alocar os recursos em áreas e setores mais estratégicos da empresa.

Ferramentas eficientes

Uma das características da Transformação Digital nas empresas é oferecer maior agilidade aos processos com a ajuda da tecnologia. Isto significa ter ferramentas que adaptam-se às necessidades de cada organização, como atualizações de softwares realizadas automaticamente.

Além disso, elas são as responsáveis pelo trabalho sujo, ou seja, as tarefas repetitivas, para que o colaborador possa buscar mais inovação e desempenhe a sua função com mais qualidade.

Produtividade

As empresas que buscam melhorar seu desempenho e tem a produtividade como prioridade, têm acesso a plataformas digitais que facilitam a rotina de trabalho.

Por exemplo, as soluções de cloud computing oferecem versões que permitem acesso remoto, o que deixa a produção mais eficiente e organizada.

A partir da integração de plugins e programas, é possível envolver toda a equipe e evitar falhas, retrabalhos e erros de comunicação.

O que você está perdendo por não priorizar a tecnologia?

Você já tem motivos suficientes para priorizar a tecnologia no seu negócio, não é? Mas ainda existem muitos outros benefícios no pacote da transformação digital nas empresas que são factíveis e facilmente alcançáveis:

– Colaboração interativa
– Digitalização de processos
– Coleta de dados extensa e detalhada
– Gerar insights
– Segurança de dados e informações
– Simplicidade e Plataformas intuitivas

Portanto, resta saber se está na hora da sua empresa entrar na briga por espaço no atual cenário de gestão empresarial baseado na tecnologia.

Quer conversar e entender como iniciar esta mudança em seu negócio? Entre em contato com a gente e saiba como levar a tecnologia para o centro do seu negócio.

Transformação Digital: os 5 maiores mitos que você precisa conhecer

Saiba quais são os principais mitos que existem sobre a Transformação Digital que impedem organizações de mudar de patamar

A tecnologia pode mudar a cultura de uma empresa gerando a Transformação Digital em todos os seus setores. Isso acontece quando o ambiente digital deixa de ser parte do negócio para se tornar o centro da empresa.

Porém, assim como qualquer quebra de paradigma, existem os mitos que podem desencorajar alguns gestores a dar este importante passo. Por isso, reunimos os 5 maiores mitos que todo o empresário ou gestor precisa saber sobre o assunto.

Mitos sobre a Transformação Digital

Neste artigo, você vai entender que trata-se de fazer com que as estratégias da empresa sejam criadas com pensamento digital. Ou seja, não adianta aplicar tecnologias e ferramentas digitais em estratégias e metodologias antigas e tradicionais do mercado offline.

#1: “É só investir em internet”

Essa é a falsa impressão que muitas pessoas têm sobre a Transformação Digital em relação a sua aplicação em uma estratégia. Ter um site bem preparado para atender seus usuários, campanhas de anúncios e email marketing não garantem uma mudança de cultura empresarial.

Até mesmo as empresas que investem em conteúdo digital devem saber que esse investimento é parte do processo, de fato, mas não define a transformação. Portanto, para transformar digitalmente a sua empresa, o ambiente virtual deve estar no centro e não apenas em parte do seu negócio.

Conforme a consultoria IDC, os investimentos nessa transformação devem chegar perto de US$ 6,3 trilhões no triênio 2018-2020. 

#2: “Isso é trabalho da área de TI”

Quem nunca escutou alguém citar a frase acima? Muitos gestores acreditam que o setor de tecnologia da informação é o único departamento que deve sofrer essa transformação. O que eles não sabem é que essa é uma responsabilidade de todos os setores e não apenas da TI. 

Por isso, a transformação digital deve começar de cima para baixo, partindo do topo da organização, onde são definidas as estratégias. Dessa forma, o gestor serve de exemplo para que as mudanças no conceito da empresa sejam aplicadas em todas as áreas.

Entretanto, cabe destacar que o departamento de TI é essencial nesse processo por dar o suporte a todas as etapas.

#3: “Só para as grandes empresas”

Mais um mito que cai por terra é o que garante que a Transformação Digital é uma exclusividade das grandes empresas. Porém, mudanças no plano de negócios, nos processos, na abordagem, metodologia e nas relações das empresas é algo que independe do seu tamanho. 

Todas as organizações de pequeno porte que efetivarem essa transformação conseguem melhorar os processos e reduzir custos.  Com isso é possível fazer investimentos visando o crescimento da empresa e evolução contínua das operações internas e das experiência entregues para os clientes.

#4: “Vai acabar com os empregos”

A tecnologia é vista como a vilã que rouba o emprego dos trabalhadores e este mito vale para a Transformação Digital também. Quem nunca escutou que a evolução da tecnologia vai transformar as funções dos colaboradores em tarefas robotizadas?

É verdade que a Inteligência Artificial está cada vez mais presente, mas é preciso pessoas capazes de lidar com ela. Ou seja, a tecnologia chega para reduzir o trabalho repetitivo, melhorar processos e resultados da empresa.

Dessa forma, a transformação digital não está acontecendo para substituir o trabalho humano, mas sim, para libertar o potencial das pessoas através da tecnologia.

#5: “É só uma fase”

Não, não é. Implementar a Transformação Digital é só o começo da viagem pelo ambiente digital. Isto é, estamos tratando de um processo contínuo onde é necessário avaliações constantes sobre a realidade da empresa.

Além disso, os consumidores estão cada dia mais digitais e mais exigentes com relação a agilidade de atendimento e qualidade da experiência. Conforme levantamento da SiriusDecisons, 67% da jornada do comprador agora é feita digitalmente. Se sua empresa não tiver presença nos meios digitais, ela não atingirá o consumidor que estiver nessa jornada. 

Não é mais possível atingir níveis de eficiência nesse sentido sem a transformação digital. A partir de uma avaliação precisa sobre cada cenário é possível melhorar a operação em todos os setores. 

E então, você já havia ouvido algum dos mitos acima? Conte para gente pelos comentários!