Por que ter aplicações em cloud ainda é vantajoso? 

Mesmo não sendo uma tecnologia nova, o cloud computing continua sendo um recurso altamente usado pelas organizações. Devido a sua facilidade de manuseio, rapidez na entrega de novas funcionalidades, custos acessíveis, entre outras características, a computação em nuvem se tornou um recurso essencial para muitas empresas que buscam a conquista de melhores resultados. 

Como prova da sua importância, segundo um relatório da Gartner, a expectativa é de que o mercado de serviços em nuvem cresça 20,4% em 2024, chegando a um total de US$ 678,8 bilhões – valor acima dos US$ 563,6 bilhões faturados em 2023. E, a expectativa é que esse número continue aumentando nos próximos anos, considerando a expansão do processo de digitalização dos negócios. 

Um dos fatores que ajudou a impulsionar o crescimento da adesão do cloud computing, sem dúvidas, foi a pandemia de Covid-19. Afinal, durante a crise sanitária, diversas empresas precisaram acelerar suas estratégias digitais, em um movimento que continua em alta mesmo passado quase cinco anos. Com isso, a nuvem não apenas se tornou uma parte crucial da infraestrutura tecnológica das organizações, mas também está desempenhando um papel importante na inovação e desenvolvimento de novos produtos e serviços. 

Isso é, a capacidade de acessar e analisar grandes volumes de dados em tempo real oferecida pela computação em nuvem permitiu que empresas de todos os portes e segmentos se tornassem mais ágeis, eficientes e orientadas pelos dados. Além disso, a escalabilidade elástica que esse recurso oferece, auxilia as organizações a ajustarem a capacidade de suas aplicações conforme sua demanda levando em conta suas variações de picos, garantindo não só disponibilidade de aplicação, mas a otimização de custos. 

Outra vantagem que a nuvem oferece é a permissão das empresas implementarem e testarem novas funcionalidades com rapidez, acessando os dados independente do lugar e integrando suas aplicações com outras soluções digitais, que promovem maior eficiência e produtividade. 

E, não tem como não destacar que a computação em nuvem também agrega na maior segurança. Os provedores de serviço contam com equipes especializadas e infraestruturas robustas para proteger os dados e registros contra ameaças, minimizando risco de perda de informações. Esse aspecto é fundamental para qualquer negócio, considerando a ampla adoção ao modelo de trabalho remoto – deste modo, com as aplicações hospedadas na nuvem, os colaboradores podem acessá-las de qualquer lugar e a qualquer momento, desde que tenham uma conexão à internet.  

Cabe enfatizar também que a cloud computing vem ao encontro da constante busca das organizações em prol da sustentabilidade. Isso porque, a tecnologia otimiza o uso de recursos de hardware e reduz a necessidade de data centers físicos, o que contribui para a redução de consumo de energia e emissão de gases que agravam o efeito estufa. 

Todos os elementos descritos acima ajudam a elencar as diversas razões pelas quais o uso da nuvem continua sendo algo vantajoso. Não à toa, sua crescente adoção vem alimentando o desenvolvimento de tecnologias emergentes como a Inteligência Artificial, a qual, de acordo com a IDC, metade das aplicações em cloud irão utilizá-la até 2026. 

É preciso chamar atenção ao fato de que, mesmo sendo uma tecnologia promissora e com uma presença considerada no mercado, ainda assim, trata-se de uma modalidade que ainda não possui todos os seus recursos explorados. A falta de compreensão das organizações que aderir recursos tecnológicos não é um custo, mas sim um investimento, acaba inibindo que muitas possuam um desempenho promissor.   

Sendo assim, cabe um alerta: para as empresas que ainda não migraram para a nuvem, o quanto antes a aplicarem, melhor será o seu preparo frente à era de transformação digital que estamos inseridos. Certamente, mudar não é algo fácil e nem simples, mas contar com um time especializado nessa jornada será uma excelente alternativa, uma vez que irá atuar com foco em direcionar cada etapa e abordagem. 

A computação em nuvem é um recurso que veio para ficar. E, à medida que cada vez mais empresas reconhecerem os benefícios que ela pode oferecer, maior será o seu crescimento e adesão. Afinal, mais do que uma tendência, usar o sistema em cloud agrega em muitas vantagens. 

Rodrigo Brito é engenheiro de software da Viceri-SEIDOR.  

Sobre a Viceri-SEIDOR:

A Viceri-SEIDOR é uma empresa de Tecnologia da Informação que, há mais de 31 anos, apoia a transformação digital das organizações por meio da entrega do ciclo completo de desenvolvimento de produtos digitais. Com 83 escritórios divididos em 40 países, a empresa já soma mais de 8 mil clientes. Saiba mais em: www.viceri.com.br

Como alavancar a qualidade dos softwares com suporte de IA? 

Quando falamos sobre qualidade de software, estamos tratando muito mais do que apenas a funcionalidade ou desempenho de um produto digital, mas nos referindo também a um conjunto de práticas, processos, padrões e ferramentas que são necessárias para que a solução seja capaz de atender às expectativas, sendo confiável e seguro. 

Nesse contexto, é importante entendermos os problemas enfrentados pela falta de implementação dos processos de garantia da qualidade e o que ela pode trazer para os negócios. Segundo informações publicadas no relatório ’The Cost of Poor Software Quality in the USA 2022 Report ‘ realizado pela Synopsys Inc., estima-se que as falhas de software tenham custado às empresas US$ 2,41 trilhões em 2022. 

Deste modo, atuar dentro de processos estruturados, bem definidos, e, principalmente, automatizados, garante um maior sucesso quando o assunto é gerar um produto de valor, visando deixar o cliente satisfeito com o que está sendo entregue. Caso contrário, a falta desses elementos pode deixar todo o processo sob o risco de retrabalho – que pode ser causado por conta de defeitos ou problemas que não foram detectados precocemente na fase de desenvolvimento, afetando diretamente no maior consumo de tempo e recursos, influenciando nos prazos e valores entregues. 

Visando eliminar esses riscos, a utilização de tecnologias especializadas com o auxílio da Inteligência Artificial nas etapas dos processos, torna possível e efetiva a garantia de qualidade em todas as pontas. Isso porque, os recursos fornecem ferramentas que geram a capacidade de construir um produto com alta qualidade e em menor tempo, uma vez que os aceleradores se fazem presentes para aumentar a produtividade.  

Hoje, já existem diversas ferramentas que possibilitam uma boa organização e integração entre requisitos e casos de teste, juntamente com seus status de execução e respectivas evidências. Nesse cenário, o uso de IA generativa colabora durante a criação dos cenários de teste, contribuindo para uma cobertura mais completa dos principais pontos e acelerando sua documentação, bastando, para isso, criar um contexto e passar a funcionalidade com os critérios de aceite e suas respectivas regras de negócio. 

Uma vez finalizadas as fases de testes, documentação de evidências e registros de eventuais falhas, os indicadores podem ser criados ao integrar os resultados em dashboards para acompanhamento da qualidade do projeto e suas partes mais críticas, oferecendo recursos de IA (linguagem natural) na análise da massa de dados e facilitando a identificação de módulos sensíveis, antes que esses possam impactar a qualidade de forma mais significativa. 

Já na parte de análise do código e segurança, há outras ferramentas com seus “Quality Gates”, que podem auxiliar exibindo de forma simplificada e automatizada, quando integrado a um pipeline de execução, a quantidades de bugs, vulnerabilidades, code smells e duplicidades presentes no código do produto.   

E, por falar em pipelines, a utilização desse processo traz praticidade quando o assunto são tarefas rotineiras, que podem ser automatizadas, publicando resultados dos testes, criando artefatos com o produto construído e até mesmo publicando essas construções em seus respectivos ambientes. Essa automação cria mais tempo para os envolvidos poderem atuar em outras tarefas, otimizando a produtividade ao delegar essas que foram automatizadas para que sejam executadas de forma customizadas pelos scripts desenvolvidos e vinculados.  

Para os testes de API (interfaces de integrações) há também boas ferramentas de mercado. Nelas, as avaliações podem ser criadas para que a cada desenvolvimento, o produto tenha sua integração realizando o esperado, garantindo que os novos recursos estejam cobertos e que os recursos regressivos – aqueles que já existiam no código – continuem funcionais.  

Porém, quando vamos falar de garantia desses cenários regressivos, de pronto nos vem à cabeça: qual deve ser o custo e a complexidade de garantir todo o funcionamento do sistema a cada vez que uma nova funcionalidade é desenvolvida? Como garantir que tudo esteja em seu devido lugar se a cada novo teste o sistema como um todo cresce e de nenhuma forma deixar de garantir a qualidade dos recursos já existentes pode ser uma opção? É aí que entram testes automatizados.  

Dentro dos tópicos que necessitam codificação, como os testes automatizados de interface de usuário e os unitários, o universo de Inteligência Artificial nos fornece algo bem interessante: as chamadas “IAs copilotas”. Sua principal função é acelerar a execução de tarefas mais complexas, agindo como um copiloto junto a quem estiver desenvolvendo o código para esses testes automatizados. Ele sugere trechos de códigos em tempo real e gera sugestões contextuais de acordo com o que está sendo programado, aprendendo o padrão do código e as necessidades individuais de cada cenário, comprovando até 55% de redução de tempo nas codificações, segundo levantamento do GitHub em setembro de 2022. 

Em suma, investir na qualidade de software não é somente uma medida preventiva, mas também uma estratégia superimportante para o sucesso do produto a longo prazo. A realidade é que a Inteligência Artificial chegou com tudo, e a utilização desses aceleradores juntamente com as devidas ferramentas, auxiliam no alcance dessas garantias com muito mais assertividade. E quando aplicado em conjunto com processos maduros, torna possível construir produtos mais robustos e eficazes, mitigando riscos, reduzindo custos, antecipando entregas e tendo mais tempo para impulsionar a inovação e a produtividade do negócio. 

Christian Henrique de Oliveira é Analista de Qualidade de Software da Viceri-SEIDOR. 

Sobre a Viceri-SEIDOR:

A Viceri-SEIDOR é uma empresa de Tecnologia da Informação que, há mais de 31 anos, apoia a transformação digital das organizações por meio da entrega do ciclo completo de desenvolvimento de produtos digitais. Com 83 escritórios divididos em 40 países, a empresa já soma mais de 8 mil clientes. Saiba mais em: www.viceri.com.br

ITO: mais do que uma sigla, uma estratégia organizacional

Você já ouviu falar sobre a ITO? Apesar de soar como uma abordagem nova, este é um tema muito presente no universo corporativo. A Information Technology Outsourcing ou, em português, terceirização de tecnologia da informação, como o próprio nome já remete, nada mais é que o processo de terceirização de serviços relacionados à área de TI. No entanto, quando tratamos desse assunto, é necessário considerar que ele abrange todo o vasto universo que permeia a tecnologia da informação

O setor de TI contempla diversas abordagens que vão desde o suporte/help desk, segurança da informação, cloud computing, gestão da infraestrutura, business analytics, desenvolvimento e evolução de softwares, até serviços ainda mais especializados, a exemplo da IA e IoT. Sendo assim, em uma ou mais frentes desse universo, é natural a ocorrência de terceirizações pelo simples fato de que não é viável e nem possível para a empresa, absorver todos os desafios relacionados a esses trabalhos.

Além disso, área de tecnologia da informação vem se tornando cada vez mais especializada e suas carreiras estão se desdobrando em caminhos específicos, os quais exigem muitos anos de preparação para formar profissionais capacitados. Isso é, já se foi o tempo em que o profissional de TI cuidava da rede e dos servidores, alterava dados no banco, formatava computadores e, não raro, até desenvolvia pequenos softwares.

Hoje, seja pelo aumento crescente de serviços de TI dentro do ecossistema empresarial, como também pela sua gradativa especialização, se torna essencial ter profissionais capacitados em cada frente necessária, à disposição para a sustentação do negócio. Nesse sentido, algumas empresas – seja por cultura ou contexto – optam por formar times internos para compor a frente responsável por tais demandas, enquanto outras preferem o outsourcing, em busca de custos menores e/ou, justamente, da diversidade de especializações.

No entanto, encontrar e custear todos os diferentes tipos de especialistas é geralmente um grande esforço para as empresas, e quando isso se distancia do core do negócio, manter times internos pode até deixar de ser sustentável e estratégico. Segundo o estudo “IT Trends Snapshot” de 2023 da Logicallis, 94% dos gestores que responderam à pesquisa, afirmaram já terem sofrido com a falta de recursos humanos na área de TI, o que evidencia que suprir as demandas de especialistas na área, de fato é uma rotina desafiadora.

Quando olhamos com a ótica de desenvolvimento de softwares, é inegável o avanço tecnológico das linguagens de programação e boas práticas de desenvolvimento. Elas não somente evoluíram as exigências quanto a usabilidade, interface, inteligência e automação, como também, foi natural o acoplamento de exigências relacionadas a camadas de segurança, clean code, controle de versionamento, preocupações com escalabilidade, evolução da aplicação, arquitetura, integrações, entre outras.  

Dessa forma, atualmente, bons times de desenvolvimento de software são multidisciplinares e possuem diferentes tipos de especialistas, com expertises diferentes que se complementam em cada atividade de desenvolvimento. A ITO aqui se torna um fator preponderante, já que empresas especializadas no desenvolvimento de soluções, tendem a estar mais capacitadas e mais bem estruturadas para lhe dar com essa dinâmica complexa e exigente.

Ademais, o entendimento de que manter especialistas dentro de casa, custa menos e traz resultados mais rápidos, pode se mostrar equivocado em alguns contextos. Por isso, quando as exigências para uma entrega extrapolam as limitações tecnológicas, de recursos, gestão e soluções do time, a terceirização deixa de ser uma mera opção para o negócio e passa a ser uma decisão estratégica.

Obviamente, para que a ITO otimize o negócio, é indispensável que ela ocorra por meio de bons parceiros. Na mesma medida que encontrar profissionais capacitados para as realidades de seu negócio possa ser uma tarefa complexa, encontrar empresas capacitadas em recursos, know-how e experientes, pode não ser fácil.

De acordo com a pesquisa “Uso da TI nas Empresas” da FGV EAESP de 2023, foi apontado que em 2022, as empresas brasileiras investiram em média 9% de suas receitas em TI e, embora esse percentual seja menor que o do EUA (14%) e da Europa (10%), ele demonstra o peso e importância da tecnologia da informação em um contexto geral. Entretanto, para que esses investimentos possam se traduzir em valor real para o negócio, eles precisam ser analisados adequadamente e, em caso da ITO, com parceiros estratégicos e comprometidos.

No universo de TI não há um só caminho, não há uma só solução. O melhor resultado para sua empresa é aquele proporcionado dentro de seu contexto, extraindo a parte mais coerente das muitas possibilidades e abordagens, observando cada desafio em si. Não existe um mapa para o sucesso quando falamos em TI, mas poder contar com bons guias como a ITO, torna a viagem menos arriscada e sempre mais eficaz.

José Augusto Lunardelli é Product Owner da Viceri-SEIDOR.

Sobre a Viceri-SEIDOR:

A Viceri-SEIDOR é uma empresa de Tecnologia da Informação que, há mais de 31 anos, apoia a transformação digital das organizações por meio da entrega do ciclo completo de desenvolvimento de produtos digitais. Com 83 escritórios divididos em 40 países, a empresa já soma mais de 8 mil clientes. Saiba mais em: www.viceri.com.br

IA: mais do que o futuro, uma realidade 

Ao longo deste ano, certamente, você ouviu falar sobre a Inteligência Artificial (IA) e da categoria de IA Generativa, que trará com certeza, uma forte disrupção ao mercado. Não há como negar que essa tecnologia deu o que falar nos últimos meses. À medida que 2023 avançava, indivíduos e organizações ao redor do mundo começaram a sentir o impacto transformador, principalmente, via ChatGPT, percebendo uma nova era de interação digital e possibilidades ilimitadas. 

No entanto, começamos a pensar nas consequências da utilização da ferramenta, desde a perda de postos de trabalho, a necessidade de regulação e ética, até a grande eficiência que podemos conquistar nas empresas e nas nossas vidas pessoais. Isso é, os jovens começaram a utilizar como ferramenta de estudo, muitos advogados prepararam suas defesas através do ChatGPT, as equipes de marketing produziram peças interessantíssimas e, profissionais de todas as áreas, realizaram inúmeras pesquisas que levariam muito tempo utilizando as tradicionais ferramentas de busca.  

Embora a Inteligência Artificial seja uma novidade para muitos, essa não é, de longe uma tecnologia nova, uma vez que o conceito foi criado na década de 1950.  A democratização do acesso que temos hoje, deve-se principalmente aos preços de utilização que se tornaram acessíveis ao público, seguindo a trajetória comum de inovações tecnológicas, onde os custos inicialmente elevados decaem à medida que a infraestrutura necessária para suportar tais ferramentas se torna mais barata e robusta. 

Por sua vez, considerando que um novo ano se aproxima, já vemos movimentações no mercado indicando que este tema continuará em evidência em 2024 e no futuro, o que leva o questionamento: será que as organizações estão preparadas para essa tecnologia? 

Infelizmente, a resposta é não. Isso é, ao mesmo tempo em que muitas empresas estão se movimentando a fim de acompanhar os avanços da IA, outras ainda não têm nenhum plano ou visão em como utilizá-la em seus negócios. Contudo, o mercado está se movimentando. Não à toa, segundo dados da “Pesquisa Indústria 2027”, realizada pela CNI, o mercado mundial de inovações para Inteligência Artificial irá movimentar, até 2025, US$ 60 bilhões ao ano. 

É importante chamar atenção que, mais do que aproveitar o hype do momento com a popularidade dessa ferramenta, é essencial para as empresas realizarem uma análise detalhada e implementar a inteligência artificial onde ela possa trazer significativo valor agregado ao negócio. Do contrário, a ausência de uma estratégia bem definida para a adoção de IA pode levar a investimentos substanciais sem alcançar os resultados desejados, o que possivelmente trará frustração e impactará na sua adoção a longo prazo. 

Além disso, para garantir o sucesso na implantação da IA, é imprescindível não apenas definir claramente os objetivos, impactos, resultados esperados e o retorno sobre o investimento (ROI), mas também assegurar a disponibilidade de dados de alta qualidade e em volume adequado. A eficácia da IA depende intrinsecamente da riqueza e precisão dos dados fornecidos, sejam eles estruturados ou não.  

Não podemos deixar de lado o papel crucial das equipes humanas na curadoria e gestão desses dados, reforçando a ideia de que a tecnologia não busca substituir a mão de obra humana, mas sim complementá-la, elevando os níveis de eficiência e eficácia nos processos empresariais. Ao considerar a vasta gama de oportunidades que a tecnologia apresenta, torna-se igualmente imperativo exercer um cuidado e atenção rigorosos em sua utilização, com um enfoque especial na segurança da informação e na proteção contra a exposição indevida de dados e informações sensíveis.  

Neste contexto, o investimento em uma governança robusta e em práticas de compliance rigorosas é essencial. Tal investimento não apenas assegura a máxima proteção dos dados, mas também garante sua utilização ética e responsável. Até porque, a implementação de estratégias eficazes de segurança da informação e governança de dados é, portanto, um pilar crítico na era digital, crucial para manter a integridade e a confiabilidade das operações empresariais e para fomentar a confiança dos usuários e partes interessadas. 

Em última análise, para colher plenamente os frutos da revolução digital, as empresas devem abraçar não só as ferramentas de IA, mas também promover uma cultura que apoie, integre e evolua com estas inovações transformadoras. 

A Inteligência Artificial é um campo que ainda tem muito potencial a ser explorado, mas o retorno de seu investimento dependerá do quanto as organizações buscarão se preparar para usufruir com eficiência este recurso. Tudo indica que, em 2024, continuaremos a ver a expansão da IA nas empresas, bem como a abertura de uma gama de possibilidades a serem conquistadas, o que irá mostrar as razões pelas quais, mesmo as empresas que ainda não amam a IA, não devem deixá-la.   

Marcel Pratte é CEO da Viceri-Seidor. 

Sobre a Viceri-Seidor: 

A Viceri-Seidor é uma empresa de Tecnologia da Informação que, há mais de 40 anos, apoia a transformação digital das organizações por meio da entrega do ciclo completo de desenvolvimento de produtos digitais. Com 83 escritórios divididos em 40 países, a empresa já soma mais de 8 mil clientes. Saiba mais em: www.viceri.com.br 

Value Stream Mapping: como identificar problemas para criar soluções?

Ter uma gestão embasada na entrega e geração de valor, com certeza, é o objetivo de toda organização. No entanto, para que essa meta seja atingida, é necessário traçar um fluxo corretamente, a fim de identificar quais as dores e problemas que precisam ser sanados, para que sejam conquistados resultados eficientes – algo que pode ser obtido através do Value Stream Mapping (VSM), ou mapeamento do fluxo de valor, em português.

Para entender a fundo o VSM, é importante destacar que o conceito se deriva da técnica Lean – um método enxuto que utiliza somente recursos necessários para a realização de um trabalho, evitando desperdícios que garantem melhorias contínuas. Sendo assim, o Value Stream Mapping trata-se do mapeamento do fluxo de valor, o qual, por meio do Lean, analisa os desenhos detalhados dos processos, capturando as atividades-chave de processos e eliminando aquilo que não adiciona valor ao produto ou serviço.

É importante enfatizar que o VSM pode e deve ser utilizado independente do porte e segmento de determinada empresa, uma vez que toda organização precisa de uma padronização dos processos. Um exemplo disso é o caso da Providence St. Joseph Health, uma das maiores organizações de saúde sem fins lucrativos nos Estados Unidos, que estava buscando maneiras de melhorar a eficiência e qualidade nos atendimentos. Diante disso, ela aplicou o VSM para mapear o processo de atendimento ao paciente desde a chegada até a alta, até a administração de medicamentos, exames e procedimentos. Como resultados, foram obtidos redução no tempo de espera e custos adicionais, até o aumento da satisfação dos pacientes.

No entanto, mesmo destacando essa importância, diversas empresas ainda acabam inibindo o seu potencial de desempenho pela ausência desta metodologia. Isso é, temos um cenário no mercado em que as empresas tentam localizar os problemas de gestão, mas esse apontamento acaba sendo feito de forma superficial, sendo deixadas de lado questões mais profundas que precisam ser sanadas. E a razão disso? A metodologia foi aplicada de forma incorreta. Afinal, para que o Value Stream Mapping tenha o efeito almejado, é necessário que alguns passos sejam seguidos.

Uma maneira efetiva de direcionar tais etapas é por meio do Gemba, um conceito de origem japonesa que tem o intuito de levar os gestores a estarem presentes onde acontece as atividades que geram valor. Sendo assim, para que o mapa de fluxo de valor opere de forma coerente, é necessário que, antes de tudo, sejam selecionados quais ambientes da organização precisam dessa avaliação e, com isso, traçar quais são os objetivos a serem conquistados.

Posteriormente, para deixar o processo mais produtivo, é fundamental preparar a equipe para que se sintam à vontade para participarem de todas as etapas. Assim, será aplicado o próximo passo, em que são avaliados os processos para que seja compreendido como estão sendo executados e localizar pontos de falhas. Todo esse caminho deve ser anotado e os resultados devem ser compartilhados com o time, a fim de levar para todos ampla compreensão daquilo que está sendo feito e como pode ser aprimorado.

Certamente, direcionar todo o processo do VSM não é um caminho simples, uma vez que envolve toda a equipe e diversas áreas da empresa, o que pode gerar dúvidas e incertezas. Neste aspecto, contar com o apoio de uma consultoria especializada nesse tipo de abordagem dará toda diferença no processo. Até porque, ter a presença de um time de profissionais neste conceito irá ajudar a localizar quais as dores reais enfrentadas pela empresa, analisar a fundo toda a cadeia de valor, entrevistar toda a equipe e, por fim, chegar na solução final.

O VSM traz uma gama de benefícios para a organização, pois trata-se de uma metodologia que une os times e os integra como uma parte fundamental para o funcionamento do negócio. Além disso, os ganhos do mapa de fluxo de valor também podem ser vistos na ponta final da empresa, uma vez que, ao ter os processos bem alinhados, reduz desde o tempo de entrega, até esforço operacional e desperdícios.

Levando em conta as atuais configurações de mercado, as organizações que ainda não têm implementado um mapa de fluxo de valor estão sujeitas a perderem espaço frente à concorrência, a entregarem serviços com baixo valor atribuído, a cometerem falhas e eventuais prejuízos.

Por isso, para aquelas que almejam potencializar o seu desempenho, investir no Value Stream Mapping é a melhor opção, afinal, para se saber aonde quer chegar, é necessário ter bem construído o mapa que irá guiá-las.

Kleber Munhoz é Squad Leader da Viceri-SEIDOR.

Sobre a Viceri-Seidor:

A Viceri-SEIDOR é uma empresa de Tecnologia da Informação que, há mais de 31 anos, apoia a transformação digital das organizações por meio da entrega do ciclo completo de desenvolvimento de produtos digitais. Com 83 escritórios divididos em 40 países, a empresa já soma mais de 8 mil clientes. Saiba mais em: www.viceri.com.br

Canais digitais: confira seis tendências de tecnologia para alavancar os negócios

Por Felipe Barbi

O quanto as pessoas utilizam a tecnologia no dia a dia? Sabemos que quantificar essa resposta é impossível, uma vez que a população como um todo está altamente habituada a utilizar de recursos tecnológicos a seu favor, em ações que vão desde fazer uma compra, até mesmo, a realizar um autoatendimento. E, diante das novas resoluções de mercado e mudanças nos hábitos comportamentais, cabe às empresas estarem atentas a ascensão de novas tendências, e as utilizarem a favor do seu crescimento.

No contexto atual da transformação digital, a agilidade e velocidade são requisitos essenciais para garantir a sobrevivência dos negócios frente aos novos desafios. Isso se torna nítido com a popularidade que vem ganhando a Inteligência Artificial – a qual, embora não seja uma tecnologia relativamente nova, vem despontando curiosidade acerca dos ganhos e alcance que essa ferramenta pode chegar.

Uma coisa é fato: as novas tecnologias estão transformando diversas frentes de serviços, dentre elas, a forma que fazemos negócios. Isso é, não há mais como o mercado não investir em canais digitais, uma vez que estes mecanismos vêm sendo amplamente eficazes para a criação de relacionamentos mais aprimorados com os clientes, e segundo pesquisa da McKinsey empresas que já detém maturidade digital apresentam desempenho superior e com taxa de crescimento de EBITA até 5 vezes maior que as demais empresas

Diante disso, é importante estar atento as tendências que vem ganhando força nesse segmento. Confira as principais:

#1 B2C (Business to consumer): nessa modalidade, as empresas comercializam seus serviços ou produtos diretamente com o consumidor final. Em sua maioria, estas são plataformas de baixo custo para aqueles que querem lançar sua marca, em especial, usando da estrutura das redes sociais e influenciadores como grande canal de marketing e divulgação conectado a experiencia de compra. Não à toa, é amplamente utilizado no mercado de marketplace.

#2 B2B (Business to business): diferente da anterior, aqui as empresas comercializam com outras empresas. Esse modelo também ganha força uma vez que o mercado de fabricantes compreendeu a importância de digitalizar canais entre negócios, construindo assim, uma relação direta e abrangente.

#3 D2C (Direct to consumer): essa é uma importante tendência para o mercado de e-commerce. Ela é realizada sem a presença de intermediários, trabalhando diretamente com fabricantes e fornecedores, e vem ganhando notoriedade não apenas por grandes empresas, mas também pelas pequenas e médias.

#4 LogTechs: o termo define as startups que atuam no setor de logística, aplicando o uso de tecnologia. Considerando que o Brasil se trata de um país de tamanho continental, é demandada uma infraestrutura logística completa. Neste aspecto, com o apoio da IA, vêm sendo criadas soluções e recursos que visam encurtar essa distância, otimizando o custo e prazo. Por isso, este é mais um elemento que as organizações precisam estar atentas para aplicá-lo de forma eficiente para o negócio.

#5 Fintechs: as pessoas não querem se verem fixadas a um método específico para liquidarem seus gastos. Por isso, as fintechs, que atuamna reestruturação dos processos financeiros, utilizando recursos da tecnologia, vêm ganhando forte aderência no país. Como prova disso, está a prática de pagamentos instantâneos, que ganhou forte aderência na população – assim como foi o caso do Pix que, em pouco tempo, obteve ampla aceitação do público, e ajudou a dinamizar a relação de compra e venda em diversas empresas.

#6 CX (Customer Experience):  investir naexperiência do cliente deixou de ser uma tendência, e passou a ser uma necessidade. Para assegurá-la, as empresas precisam estar onde seus usuários estão, garantindo que conduzam sua jornada no canal onde preferirem. Proporcionar essa omnicanalidade, por meio da tecnologia, é essencial para que os consumidores se sintam satisfeitos e se fidelizem à marca.

Todas essas tendências têm em comum que são operadas na modalidade multicanais. Apesar de não ser uma missão simples, pode se tornar mais fácil tendo o apoio de uma ferramenta especializada nesse tipo de serviço e abordagem. Afinal, por meio de uma solução personalizada nesse nicho, é possível encurtar todo esse caminho, trazendo maior acessibilidade a integração de novas tecnologias que irão ajudar a aperfeiçoar e sanar as dores e desafios enfrentadas nos negócios.

Entretanto, quando falamos em obter uma ferramenta para esse segmento, muitos ainda estão presos a buscarem uma plataforma SaaS ou no code – mas, considerando que cada empresa possui suas particularidades, é importante que, durante esse processo, elas contem com o apoio de uma organização especializada nessa abordagem, que além de prestar o serviço, busque acelerar o crescimento do negócio viabilizando o uso destas soluções sob medida, atendo suas demandas específicas.

Para o mercado, agora é a hora de entender onde devem ser investidos os próximos passos para obter resultados assertivos. A IA segue sendo o assunto do momento, mas sua utilização já vem sendo aplicada desde muito antes em diversas modalidades. Não há como eliminar o uso da tecnologia como um item principal para a potencialização dos canais digitais, porém, mais do que entender sua importância, é preciso sempre buscar métodos que tragam ganhos para os negócios.

Felipe Barbi é diretor da Viceri-Seidor.

Sobre a Viceri-Seidor:

A Viceri-Seidor é especialista em Aceleração Digital e uma unidade de negócio da SEIDOR, multinacional de tecnologia e inovação com força global e presença em grande parte do território nacional. Com 83 escritórios divididos em 40 países, a empresa já soma mais de 8 mil clientes. Saiba mais em: www.viceri.com.br

A urgência na Transformação Digital da área de Tecnologia da Informação

por Marcel Pratte*

Maio 2022 – O maior motivador para o desenvolvimento desta análise é provocar os profissionais envolvidos no setor de Tecnologia da Informação (TI) para que, após essa leitura, ocorram importantes reflexões sobre a necessidade de mudança dessa área, principalmente em relação ao desenvolvimento de software.

Se resgatarmos a discussão a partir da Revolução Industrial, que marcou a transição para novos processos de manufatura no período entre 1760 e algum momento entre 1820 e 1840, esta transformação incluiu a transição de métodos de ‘produção artesanal e manual’, que inclusive poderia utilizar alguns equipamentos simples para a ‘produção por máquinas’.

Isso significa que uma cadeira, por exemplo, para ser produzida em 1840, envolvia uma pessoa para fazer o desenho, outra para realizar as especificações e um carpinteiro para produzi-la. Se tivéssemos cinco ou mil carpinteiros produzindo a mesma cadeira, nunca produziriam cadeiras idênticas. Isso porque a produção era manual, com ferramentas, experiências e know-how diferentes para cada profissional. Poderíamos ter uma cadeira com alta qualidade e outra que poderia quebrar ao sentar-se nela.

Alguma semelhança com a área de Tecnologia da Informação e o trabalho de desenvolvimento de software? Se fizermos uma analogia com os processos atuais ocorridos no setor, de certo, ainda não passamos pela Revolução Industrial. Continuamos sendo artistas e artesões criando e desenvolvendo aplicações em quase sua totalidade de “forma manual”. Além disso, fazemos pouquíssimo uso de automação em nosso favor para a execução de tarefas repetitivas e já padronizadas, que não requerem nossa criatividade.

Se tivermos um desenho de uma aplicação e colocarmos cinco profissionais ou empresas especializadas para desenvolvê-lo, provavelmente teremos cinco soluções diferentes. A lógica do desenvolvimento do software será diferente, assim como sua arquitetura, o código fonte e a segurança da informação empregada.  Agora, imagine se, ao invés de construir uma cadeira, estivermos construindo o software de um avião para controle de voo e que tenha que ser entregue em três meses. Você se animaria em voar nele?

Tenho tido debates acalorados com CEOs, investidores, empresários e amigos sobre a entrega da área de TI e o resultado dessa conversa não é animador para nós, profissionais da área. O que dizem é que a TI não entrega na velocidade e com a excelência necessária para a transformação dos seus negócios. Isso é preocupante.

A solução é iniciar um grande movimento para fazer nossa “revolução industrial”. Empregar cada vez mais automação e padrões nos processos e nas tarefas repetitivas e deixar a criatividade dos nossos profissionais fazer o papel daquilo que a automação não consegue produzir.

Temos que, de fato, entregar o famoso tripé: pessoas, ferramentas e processos. Nenhum dos três pilares isolados é capaz de gerar algo significativo dentro das corporações. Automatizando o máximo possível nossas entregas, atenderemos as expectativas dos nossos clientes, entregaremos mais, com rapidez, segurança e qualidade. Também permitiremos que os profissionais empreguem sua energia para seu desenvolvimento profissional, otimizando seu tempo para aprender e criar.  Assim impactaremos as pessoas, os negócios e o mundo.

O setor de Tecnologia necessita aumentar, de maneira significativa, sua produtividade e sua excelência nas entregas. Essa questão é urgente. Precisamos nos transformar em um negócio realmente de Tecnologia e não somente de entrega de tecnologia.

A maneira de lidar com essa engrenagem diferenciará as empresas que conseguirão avançar e se manter na vanguarda daquelas que sobreviverão (ou não) de forma mais marginal. A Transformação Digital dos nossos clientes depende, cada vez mais, da Transformação Digital da área de TI.

*Marcel Pratte é CEO da Viceri-Seidor, empresa de Tecnologia da Informação que há mais de 31 anos atua no desenvolvimento de software customizado, consultoria e produtos digitais. A Viceri-Seidor faz parte Grupo Seidor, multinacional europeia de tecnologia e inovação com mais de 40 anos de atuação.

O caos e a ordem: como unir esses mundos rumo à inovação?

por Marcel Pratte*

Junho de 2022 – O mundo mudou com os atropelos da pandemia, que deixou clara a necessidade das empresas em se anteciparem no quesito inovação. Nos demos conta de que as crises em proporções globais podem ocorrer de forma inesperada, inclusive, nesse momento, estamos em uma nova crise mundial com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Mas como se preparar para esses eventos que estão cada vez mais rotineiros? Como atender o cliente que se tornou mais exigente e passou a demandar produtos inovadores e de qualidade em uma velocidade que a maioria das empresas não estão preparadas para tal?

Essas perguntas passaram a ser pauta de discussão tanto para os CEOs, que precisam manter suas operações competitivas e lucrativas, quanto para os CIOs, que suportam esse desafio, principalmente porque, a partir de agora, é nítida a necessidade de toda empresa ser baseada na tecnologia, afinal de contas, ela é um dos pilares fundamentais em qualquer negócio na era digital.

Na encruzilhada entre lucratividade, disrupção, reinvenção e conseguir se modernizar a cada, no máximo, um ano e meio ou a cada crise, o primeiro passo é implantar uma cultura empresarial que permita manter viva os pilares ‘inovação, eficiência, resiliência e velocidade’.

Mas como atender o cliente, suprir seus desejos, ter velocidade, operar no meio do caos e ainda se destacar tanto em relação à posição do mercado, quanto à capacidade de manter uma operação eficiente e lucrativa? Nesta equação, volto a ressaltar o poder das empresas ambidestras, que buscam manter o equilíbrio entre a excelência operacional e a inovação, ou seja, as chaves para prosperar no novo mercado e obter diferencial competitivo.

As empresas ambidestras trabalham no modelo caórdico, ou seja, administram o caos e a ordem ao mesmo tempo. O caos é ser ágil, flexível e atender as expectativas do mercado atual e futuro, e, ainda, adaptar-se às crises. A ordem é fazer isso seguindo uma governança corporativa e processos que tragam segurança ao negócio. É ter uma definição clara dos objetivos e resultados esperados e acompanhá-los rigorosamente.

A área de Tecnologia da Informação foi uma das primeiras a implantar esse modelo através de pequenos times multidisciplinares para atender o negócio de forma autônoma, a famosa squad. O importante aqui é o modelo caórdico. Uma squad se adapta rapidamente ao mercado e ao cliente atendido (caos), as decisões são tomadas de forma autônoma (caos), porém dentro de sua alçada (ordem), ela segue objetivos e resultados claros que lhe foram definidos (ordem), que, na maioria das vezes, são trimestrais (caos e ordem), e segue padrões e regras já pré-estabelecidos para o desenvolvimento dos projetos (ordem).

Esse modelo pode ser implantado para qualquer área da empresa, tornando-a muito mais horizontal, levando assim, a diminuição da necessidade do famoso “comando-controle”. Isso tudo sem perder a governança do negócio.

Essa é uma mudança cultural que exigirá muito da sua liderança, mas é passo fundamental para se reinventar e ter longevidade nos negócios.

*Marcel Pratte é CEO da Viceri-Seidor, empresa de Tecnologia da Informação que há mais de 31 anos atua no desenvolvimento de software customizado, consultoria e produtos digitais. A Viceri-Seidor faz parte do Grupo Seidor, multinacional europeia de tecnologia e inovação com mais de 40 anos de atuação.

O futuro é integrado: por que as novas soluções conectadas às ferramentas de comunicação são tendência?

De tempos em tempos, surge uma nova “pergunta de um milhão de dólares” destinada aos líderes empresariais. Agora, temos como exemplo os questionamentos acerca dos modelos de trabalho que foram intensificados com o home office e a permanência de novas rotinas que passarão a ser o futuro do trabalho.

Enquanto uns tentam desvendar esse futuro próximo – considerando que todos estaremos vacinados contra à Covid-19, pelo menos com a primeira dose, até o fim deste ano, outros descobrem como melhorar o formato de trabalho e lucrar neste futuro ainda incerto.

Neste momento, permanecemos em home office e a condição de retomada será uma decisão estratégica de cada empresa, mas uma coisa é certa: as ferramentas que tornaram possível a comunicação entre colaboradores, fornecedores e clientes durante todos os dias dos últimos meses vão permanecer. Isso não há dúvidas.

Atualmente, é praticamente impossível que haja uma organização que não seja usuária assídua do Google Meet, Microsoft Teams ou Zoom e, no futuro, não será muito diferente. Afinal, tais ferramentas possibilitam e facilitam a comunicação entre todos os envolvidos num determinado trabalho ou projeto, mesmo que tenham quilômetros de distância entre esses profissionais, otimizando a produtividade e reduzindo os gastos destinados à locomoção.

Ou seja, não há como fugir destas plataformas, e acredito que também não há como competir. Então, como dar um passo à frente a partir dessas populares ferramentas de comunicação? Indo no discurso popular “se não pode ir contra, junte-se a elas”, estamos diante da oportunidade perfeita para desenvolver ferramentas integradas de comunicação – e, essa, senhoras e senhores, é a resposta de um milhão de dólares para “melhorar o formato de trabalho e lucrar”.

Imagine que é possível desenvolver ferramentas integradas às plataformas de comunicação que agilizam e dinamizam a relação entre diferentes envolvidos. Do gerenciamento de performance, garantindo o compartilhamento de KPIs em reuniões de indicadores, à possibilidade de atualizar dados dos colaboradores pela equipe de recursos humanos, são várias as facilidades de criação de soluções a partir da integração numa plataforma onde todos estão inseridos.

Não é apenas teoria. Há alguns meses, as empresas já estão desenvolvendo soluções integradas às ferramentas de comunicação Google Meet, Microsoft Teams e Zoom, e estas plataformas estão sendo escolhidas por permitirem tais conexões.

O futuro será integrado e as novas soluções devem se comportar desta forma. Agora, mais que nunca, as inovações precisam estar alinhadas às necessidades de cada empresa, e, principalmente, à sua rotina. Neste cenário, se sobressai a governança de integração, pois não basta criar algo inovador se essa tecnologia não está relacionada com as ferramentas destinadas à realização de atividades diárias de profissionais.

Considerando que agora a vantagem competitiva é criar uma arquitetura que permita junção às plataformas SaaS (Software as a Service), há um novo caminho para facilitar as rotinas tradicionais de trabalho aproveitando as conexões a partir das ferramentas de comunicação. É sobre evoluir a partir da colaboração por meio da comunicação aberta com canais que viraram parte do nosso dia a dia.

Washington Fray, diretor de marketing e vendas da Viceri, holding de Tecnologia da Informação especializada em desenvolvimento de software customizado, consultoria e produtos digitais.

Inteligência Artificial: como ela agrega valor ao seu negócio e aos seus clientes

A inovação é o que ajuda as pessoas a viverem melhor. A tecnologia possibilita novas oportunidades e faz com que as empresas desenvolvam novos produtos e serviços. Inovação e tecnologia, juntas, possibilitaram a Inteligência Artificial (IA), que faz com que máquinas aprendam com experiências, se ajustem e se adaptem a novos dados, além de serem capazes de performar com exatidão em tarefas cotidianas.

A ideia de Inteligência Artificial é relativamente antiga. Nasceu por volta da década de 50, e posterior a ela a ideia de aprendizagem de máquina – ou Machine Learning – por volta da década de 60. 

Como toda a história da evolução humana, onde há problema, ali existem pessoas procurando soluções. A IA surgiu da necessidade de descobrir resoluções de problemas e métodos simbólicos. 

Depois disso, o Departamento de Defesa dos EUA começou a treinar computadores para imitar o raciocínio básico humano. A Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) conseguiu, através da IA, mapear ruas nos anos 70 e, bem antes de conhecermos a Siri, já haviam sido criados assistentes pessoais inteligentes. 

Porém, naquela época, os recursos computacionais não eram tão avançados e a quantidade de dados não era tão grande e disponível para realizar 100% da prática desses conceitos. 

Foram esses primeiros pequenos passos que construíram essa trajetória sólida para o raciocínio formal e a automação que hoje conhecemos nos computadores – sistemas de apoio à decisão e sistemas de pesquisa inteligentes que potencializam a capacidade humana.

A Inteligência Artificial é uma subárea da ciência da computação e mesmo assim é bem ampla. Ela é uma tecnologia que tem o propósito de simular o processo humano para tomada de decisões. Isso se dá através de vários dados e suas previsões podem ser feitas através de machine learning, redes neurais e outras técnicas. 

Os principais conceitos da Inteligência Artificial

Antes de você saber como a IA agrega valor ao seus negócios e aos negócios dos seus clientes, é preciso entender alguns dos principais conceitos que estão envolvidos nestes processos.

Para isso, conversei com o Gestor do Núcleo de Tecnologia da Informação da Universidade Federal de Santa Maria, unidade de Palmeira das Missões, Heitor Scalco Neto. Ele elencou e descreveu os principais conceitos a seguir:

Big Data 

O termo “Big Data” pode ser entendido como a capacidade de analisar uma enorme quantidade de dados, com objetivo de obter informações importantes sobre um negócio ou situação. Essas informações muitas vezes são impossíveis de serem extraídas com uma quantidade reduzida de dados.

A aplicação de Big Data tem um grande potencial e ignorá-la pode ser um erro, visto que com a enorme quantidade de dados disponíveis podemos prever tendências e mudanças no mercado, comportamento de compra dos clientes e, até mesmo, a efetividade das suas campanhas de marketing. Exemplos de aplicações envolvendo Big Data podem ser:

          – Identificar falhas de produção em tempo real;

         – Criar anúncios baseados no histórico de compra dos clientes;

         – Acusar fraudes (Ex.: Cartões de crédito);

         – Identificar performance anormal de indicadores de gestão;

         – Alertar gestores sobre previsões financeiras.

A Netflix, por exemplo, gera um histórico de utilização dos seus clientes. Com o passar do tempo, ela já tem dados suficientes para criar modelos preditivos para novos produtos e serviços, classificando os principais atributos de produtos ou serviços passados. Com informações como: público-alvo, preferência de gênero e duração média dos episódios assistidos, fica fácil para a Netflix saber como será a sua próxima série ou filme lançado.

Machine Learning

Já a técnica de Machine Learning ou, no português, Aprendizado de Máquina, utiliza conjuntos de dados (assim como o Big Data) para ensinar a máquina padrões existentes nesses dados. Por exemplo, posso ensinar a uma máquina qual é o padrão de qualidade de um produto que sai da linha de produção. Com isso, automaticamente posso descartar produtos defeituosos, melhorando assim a qualidade de entrega aos clientes.

Quando falamos de Machine Learning a regra é: quanto mais dados sobre determinada situação eu tiver, melhor. É por esse motivo que Big Data pode ser muito bem utilizado com Machine Learning.

O aprendizado de máquina é feito, geralmente, por regressões matemáticas, onde todas as amostras de dados são apresentadas e testadas incansavelmente, até que um padrão seja estabelecido. Porém, existem também outras formas de aprendizado. Modelos de classificação, por exemplo, são frequentemente utilizados. 

Deep Learning 

Deep Learning pode ser entendido como um subgrupo de Machine Learning, já que utiliza uma técnica de Machine Learning chamada Redes Neurais Artificiais. Essa técnica tenta imitar o comportamento do cérebro humano, formando uma rede de neurônios com várias “sinapses”. Conforme a imagem abaixo, as informações X0, X1, X2 … Xn, entram em todos os neurônios. Em cada neurônio é formado um coeficiente de peso que aquela informação. 

Quanto maior peso uma informação tiver, mais relevante ela é para que o resultado seja alcançado. Após todos os dados passarem repetidas vezes por este processo, um padrão é estabelecido.

Fonte da imagem: https://bit.ly/2VwDBNo

 

 NLP 

O Natural Language Processing ou, no português, Processamento de Linguagem Natural, é uma técnica de Inteligência Artificial que tem como objetivo fazer as máquinas entenderem a linguagem dos seres humanos. Essa compreensão da linguagem está relacionada ao reconhecimento do contexto, análise sintática, semântica e morfológica (assim como as sugestões de correção do Microsoft Word), fazer resumos, interpretar os sentidos, analisar sentimentos e aprender conceitos.

Esse tipo de técnica é utilizada, por exemplo, ao fazer um pedido para os equipamentos de automação, assim como Alexa e Apple Home.

As principais soluções práticas de IA nas empresas

Utilizar Inteligência Artificial é um caminho sem volta. O leque de oportunidades existentes com a implementação de IA nos negócios é amplo. Segundo Heitor Scalco Neto, ela é tão importante para as empresas pois representa a melhora contínua dos seus processos.

“A empresa pode oferecer melhores recomendações de produtos para os clientes, automação dos atendimentos via chat bots, detecção de falhas de produção, detecção de comportamento anômalo de funcionários e até mesmo previsões de vendas para os próximos anos, considerando possíveis crises econômicas”, afirma.

Por fim, a criação de sistemas de recomendação com Inteligência Artificial pode ser um excelente ponto de referência para gestores de todas as áreas, desde a área de vendas até o chão de fábrica.

Existem vários cases de sucesso com a implementação de IA em empresas, como por exemplo:

  • Automação de atendimento ao cliente (Chat Bots);

  • Sistemas de recomendação (compra e venda de ações);

  • Segurança da Informação (Firewalls e Detectores de Intrusão Inteligentes);

  • Definição de estratégia de vendas e marketing baseado no perfil dos clientes;

A implementação desses cases permitiu que as empresas pudessem definir as melhores estratégias para a gestão e planejamentos futuros.

Categorizando a Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial pode ser categorizada em três tipos teóricos importantes. São eles:

Inteligência cognitiva: É um conceito mais avançado do que a Inteligência Artificial. As técnicas de IA aprendem um padrão e seguem aquele mesmo padrão, até que um novo treinamento da técnica seja realizado. No caso da inteligência cognitiva é um pouco diferente. Além da técnica aprender padrões, ela tem capacidade de agir com base no aprendizado e raciocínio, sendo capaz de fazer deduções e ampliar conhecimentos. Como exemplo de aplicação, podemos citar um sistema que gerencia a frota de uma empresa, podendo solicitar o agendamento da manutenção preventiva, prever problemas e solicitar peças automaticamente.

Inteligência emocional: A Inteligência Artificial Emocional é a capacidade da tecnologia reconhecer emoções nos seres humanos. A partir da imagem do rosto das pessoas, é possível reconhecer emoções como: raiva, temor, desejo, alegria, medo, ódio, amor, entre outros. Esse tipo de aplicação tem sido muito utilizada em videogames, diagnóstico médico, educação, segurança automotiva e recrutamento de pessoal.

Inteligência humanizada: A Inteligência Humanizada traz com ela a inteligência social, que tem autoconsciência e é adaptável. Porém, ainda estamos muito longe dela. Conseguimos copiar os aspectos cognitivos e até mesmo emocionais do ser humano, mas ainda não conseguimos tornar robôs, humanos.

Para facilitar, vamos dar um exemplo: pense num robô, programado para executar uma atividade definida e repetitiva em uma linha de montagem. Podemos dizer que esse sistema automatizado possui uma IA fraca, pois apenas realiza as ações que estavam programadas.

Por mais que o robô tenha algumas opções automatizadas para casos de erros, baseados em seus sensores, ele não pensa e não consegue tomar uma decisão que não tenha sido programada. Por outro lado, uma IA forte sugere um sistema que consegue perceber o ambiente e é capaz de generalizar tomando uma ação não premeditada. Nesse caso esse sistema foi treinado para isso.

Com tudo que falamos aqui, fica claro que o objetivo da Inteligência Artificial é fornecer softwares que raciocinem sobre entradas e justifiquem saída de dados. Ela possibilita interações quase humanas, e, mais do que isso, serve de apoio para tarefas específicas e soluções cotidianas.  Quer saber mais? Envie uma mensagem para a gente e saiba mais sobre como levar essa metodologia de trabalho para a sua empresa.