Seis tendências de RH no setor de TI

Se antes a área de Recursos Humanos era apenas com o departamento pessoal, atualmente, já não é mais assim. Nos últimos anos, a área de RH vem ganhando protagonismo nas organizações, assumindo um papel estratégico para o sucesso da empresa em diversos segmentos e, dentre eles, está o de Tecnologia da Informação (TI).

Não há como falar do hoje, sem nos recordarmos de um passado não muito distante. Durante muito tempo, o RH era considerado apenas como uma área burocrática responsável por tarefas como admissão, demissão e pagamento de salário. Com o passar do tempo, houve um novo direcionamento, passando a se concentrar no desenvolvimento e acompanhamento na jornada do colaborador.

Contudo, mesmo tendo esse papel mais estratégico e participativo, ainda assim, o setor lida diariamente com um alto volume de funções e responsabilidades, sendo praticamente impossível executá-las de forma manual. Não é à toa que o RH vem agregando cada vez mais o uso da tecnologia em suas atividades, com o intuito de garantir sua eficiência, bem como acompanhar a atual era da transformação digital.

Por sua vez, levando em conta a gama de recursos disponíveis atualmente, é importante aderir ferramentas que, de fato, viabilizem o sucesso da área. Deste modo, destacamos aqui algumas tendências promissoras para o RH:

#1 Cultura organizacional: a cultura organizacional é um tema recorrente entre CEOs, CHROs, diretores e líderes, e sua importância é inegável. De fato, ela é um ponto crucial para o sucesso a longo prazo de uma empresa, especialmente em um cenário marcado por novas tendências e a presença de diferentes gerações no mercado de trabalho. À medida que o ambiente de trabalho continua a evoluir, com novas tecnologias, mudanças sociais e expectativas em constante mudança dos funcionários, a adaptação da cultura organizacional torna-se ainda mais crucial. Ela precisa ser ágil e receptiva o suficiente para incorporar as novas tendências, enquanto mantém os valores e princípios fundamentais da empresa intactos.

#2 Desenvolvimento da liderança e apoio ao crescimento do colaborador:  o papel do líder vai além de apenas liderar. É fundamental orientar e auxiliar no crescimento dos colaboradores, criando um ambiente seguro tanto do ponto de vista físico quanto emocional. Com a crescente importância da saúde mental nas organizações, torna-se crucial que a liderança promova um ambiente de suporte que integre aspectos pessoais e profissionais. Essa abordagem fortalece a liderança na área de RH e promove um ambiente de trabalho mais saudável, inclusivo e produtivo para todos.

#3 Inteligência Artificial (IA): quando falamos em tendências, não dá para deixar a IA de fora, afinal, essa tecnologia é extremamente vantajosa para o Recursos Humanos. A IA desempenha um papel fundamental na otimização de processos, desde a triagem de currículos até o processamento de documentos. Ela permite a utilização de sistemas inteligentes que analisam dados de engajamento dos funcionários, como feedbacks, pesquisas de clima organizacional e interações em redes sociais internas. Com isso, é possível identificar tendências, prever padrões de rotatividade e sugerir estratégias para melhorar o engajamento e a retenção de talentos. Além disso, a inclusão de chatbots e assistentes virtuais é uma prática cada vez mais comum. Essas ferramentas fornecem suporte aos funcionários, respondendo perguntas comuns, oferecendo informações sobre benefícios e políticas da empresa, e facilitando processos internos. Isso não apenas aumenta a eficiência, mas também libera tempo para que os profissionais de RH possam se concentrar em atividades mais estratégicas e de maior valor agregado.  

#4 ESG: essa sigla tem ganhado protagonismo e força no mundo corporativo, porém, ainda são poucas as organizações que engajam estratégias em prol dessa temática. Quando se trata da área de Recursos Humanos (RH), o ESG desempenha um papel significativo em várias dimensões: Ambiental (E) – as organizações podem incluir política de sustentabilidade no local de trabalho, realizando campanhas para reduzir o consumo de recursos internos. Social (S) – diversidade e Inclusão, o RH desempenha um papel fundamental na promoção da cultura inclusiva, saúde e bem-estar dos funcionários e responsabilidade social e por fim no pilar de Governança (G), – ética e conformidade. Por isso, é importante estar atento à esta tendência e alinhar ações juntamente ao RH, de forma que consigam pôr em prática o conceito nas ações tomadas.

#5 People Analytics: vivemos a era dos dados. Diante disso o People Analytics é uma estratégia que vem cada vez mais sendo adotada. Segundo uma pesquisa feita pelo LinkedIn em 2021, 73% dos profissionais de RH afirmaram que a solução de análise de dados será prioridade para suas empresas nos próximos cinco anos. Isso porque, com o apoio dessa ferramenta, a área pode obter e cruzar informações a fim de eliminar riscos, identificar tendências e tomar decisões assertivas garantindo o avanço da organização como um todo.

#6 Ferramentas digitais: as plataformas de treinamento é uma tendência crescente no RH, pois ela alia praticidade e eficiência em um único lugar além de garantir que os profissionais de diversas localidades tenham acesso ao conteúdo.  Essas ferramentas oferecem uma variedade de funcionalidade que ajudam a criar, distribuir, monitorar e avaliar programas de treinamento, permitindo que o setor atue de forma proativa, oferecendo soluções personalizadas e alinhadas com as necessidades de cada indivíduo e da organização como um todo.

A inclusão de recursos da tecnologia nas atividades de RH é um movimento que já vem acontecendo. Entretanto, à medida que a transformação digital avança, cada vez mais, será exigido da área agilidade e eficiência. Além desse desafio, não podemos deixar de lado as próximas gerações que tem como prioridade ingressar em uma organização que dê oportunidades para o seu crescimento.

Se pararmos para pensar, o primeiro e último contato do colaborador com a empresa é com o setor de RH. Desta forma, é essencial que a área de Recursos Humanos esteja atenta às tendências visando implementá-las com eficiência, para que consigam se adaptar frente a um cenário de constantes mudanças e, com isso, garantir seu posicionamento estratégico na organização.

Anaclete Coelho é Coordenadora de RH na Seidor Brasil.

Vitória Pratte é Coordenadora de RH na Viceri-Seidor.

Sobre a SEIDOR:

A SEIDOR é uma empresa dedicada ao fornecimento de soluções tecnológicas na área de consultoria de software e serviços de TI, inovação, estratégia, infraestrutura, desenvolvimento e manutenção de aplicações on-demand, cloud computing, IoT, entre outros. Com mais de 40 anos de experiência e um volume de negócio anual de mais de R$ 3 bilhões e mais de 8 mil profissionais na Europa, América Latina, África, Oriente Médio, Ásia e nos EUA, a empresa possui alianças estratégicas com os principais e maiores desenvolvedores internacionais de tecnologia. No Brasil, possui escritórios em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Vitória, Goiânia e Recife, contando com mais de 1.500 profissionais.

Sobre a Viceri-Seidor:

A Viceri-Seidor é uma empresa do Grupo Seidor que, há mais de 30 anos, apoia a transformação digital das organizações por meio da entrega do ciclo completo de desenvolvimento de produtos digitais do setor de Tecnologia da Informação. Com 83 escritórios divididos em 40 países, o Grupo Seidor já soma mais de 8 mil clientes. Saiba mais em: www.viceri.com.br

Qual a importância da diversidade para atrair e reter talentos em TI?

Atrair e reter talentos, sem dúvidas, está entre os grandes desafios do mercado. Isso é, levando em conta as novas aspirações profissionais e perfis de diferentes gerações, cabe às organizações a missão de estarem antenadas em oferecer para o colaborador aquilo que ele tem almejado. E, dentre as estratégias para isso, investir na diversidade do time tem se mostrado um elemento fundamental.

É fato que, hoje, as empresas têm a capacidade de atrair talentos. Percebemos um aumento crescente na oferta de cargos que contém uma gama de benefícios que geram ainda mais atratividade. No entanto, nem todas tem bem desenvolvido um plano de carreira, afinal, mais do que salários altos, os profissionais, principalmente da geração Z, optam por fazer parte de uma organização que também mostre oportunidades de crescimento.

Dessa forma, investir na diversidade da equipe é uma abordagem extremamente estratégica, visto que ajuda a organização como um todo a demonstrar o seu engajamento e valores perante o mercado.

Essa ação torna-se ainda mais importante quando aplicada na área de TI, tendo em vista que se trata de um segmento em constante desenvolvimento e crescimento, mas que ainda é visto como um espaço altamente masculinizado. Como prova disso, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), entre os anos de 2015 e 2022, o aumento da participação feminina foi de 60% no setor de tecnologia. No entanto, segundo a pesquisa Women in Technology, realizada em 2021 pela empresa Michael Page, menos de 20% dos cargos de tecnologia eram ocupados por mulheres.

Por sua vez, quando falamos de diversidade, é importante enfatizar que o conceito não se limita apenas a questões de gêneros, mas também considera etnias, orientação sexual, PCD (pessoa com deficiência), diferentes faixas etárias e níveis profissionais, entre outras características.

Diferentemente do que se possa imaginar, ter times mistos com diferentes perfis e características é um fator diferencial e estratégico para o desenvolvimento da empresa, sobretudo, para a área de TI. Ao unir profissionais com características distintas, a organização passa a contar com bagagens e experiências diversificadas, que podem favorecer em ações que vão desde tomadas de decisões mais estratégicas, até o conhecimento técnico que potencializa ainda mais o seu desenvolvimento.

Certamente, assim como em qualquer equipe, desafios podem aparecer nesse caminho. Até porque, são características e trajetórias diferentes trabalhando juntos. Por isso, a organização precisa ter bem claro a diferença entre igualdade, que prevê que todos devem ser orientados pelas mesmas regras, direitos e deveres; e a equidade, a qual reconhece que nem todos são iguais e a importância de auxiliar o colaborador naquilo que precisa, equalizando as necessidades e oportunidades.

Desenvolver ações como cursos e workshops ajuda a promover uma maior e melhor integração da equipe, bem como a combater preconceitos e deixar claro qual o papel de cada um. Além disso, é essencial que a empresa, mais do que agregar conhecimento, também faça um exercício para que os colaboradores consigam  produzir sozinhos, para que tenham uma jornada ainda mais satisfatória.

Embora a pauta da diversidade e inclusão seja algo constantemente abordado, ainda assim, essa não é uma realidade em todas as empresas. Muitas, desde a sua fundação, não tiveram estabelecido este conceito na sua cultura e, por isso, na maioria das vezes, têm dificuldades em aplicar esse princípio de forma correta e inclusiva.

Sendo assim, para organizações que almejam dar início rumo à diversidade da equipe, instaurar comitês para debater essas discussões é o primeiro passo para trazer à tona questões que ficaram guardadas. Certamente, esse processo não é algo que acontece do dia para a noite, por isso, ter uma equipe especializada nesse tema é um aspecto fundamental.

Cada vez mais as organizações precisarão trazer essa pauta para o centro de discussões e buscar estratégias que atraiam e retenham talentos como, por exemplo, investir em programas de formação. Afinal, muito mais do que um conceito, a diversidade trata-se de uma cultura de não se tolerar discriminação, ofertando oportunidades sem nenhum tipo de segregação.

E, em se tratando da área de TI, é urgente que esse setor passe a atuar no campo da neutralidade, deixando os estigmas da sociedade de que é um espaço restrito para apenas uma parte da população. Quanto mais diversificado for, maior e melhores serão os resultados mas, para isso, é preciso conscientizar e colocar essas ações em prática desde já.

Cristiano Fernandes Amâncio é coordenador de TI da Viceri – SEIDOR.

Sobre a Viceri-SEIDOR:

A Viceri-SEIDOR é uma empresa de Tecnologia da Informação que, há mais de 31 anos, apoia a transformação digital das organizações por meio da entrega do ciclo completo de desenvolvimento de produtos digitais. Com 83 escritórios divididos em 40 países, a empresa já soma mais de 8 mil clientes. Saiba mais em: www.viceri.com.br