Kaizen: como transformar pequenos passos em grandes resultados? 

“Devagar se vai ao longe”. Este conhecido ditado popular é a essência do Kaizen, filosofia japonesa que busca a melhoria contínua de processos, com o objetivo de alcançar a máxima eficiência. A metodologia, que surgiu após a segunda Guerra Mundial com o intuito de guiar a reconstrução do país, devastado pelo conflito, implementando continuamente pequenas melhorias, parte do princípio de que, independentemente dos contextos os quais estamos inseridos, sempre há o que possa ser melhorado. 

Não é incomum estarmos expostos em situações que entendemos que “está tudo errado” ou que muitas coisas estão erradas. No entanto, o tamanho da mudança a ser projetada acaba desmotivando a seguir, justamente, pela compreensão equivocada de que será impossível atingir o resultado esperado. 

Por sua vez, ao subestimarmos o poder das pequenas melhorias, é onde se perde oportunidades de chegar mais longe. Um importante exemplo disso pode ser comprovado com Novak Djokovic, tenista mais vitorioso da história deste esporte, que não precisou de grandes transformações para sair da posição de número 680º do ranking mundial e atingir o primeiro lugar. 

Na prática, o jogador melhorou em “apenas” seis pontos percentuais seu aproveitamento de vitórias, passando de 49% quando estava na posição 680º, para 55% quando atingiu o topo do ranking. Esta história é contada no livro “A Arte de Falar e Fazer”, do autor Geronimo Theml, onde é mencionado o estudo realizado pelo escritor e palestrante Stephen Duneier sobre o atleta. 

O exemplo de Djokovic é uma importante demonstração do poder que as pequenas mudanças possuem, indo ao encontro do objetivo do Kaizen. Não à toa, a filosofia se tornou um dos pilares do Lean, metodologia de gestão adotada pelo Sistema Toyota de Produção, que tinha como princípio a redução de desperdício e a melhoria contínua. Como prova da sua eficácia, o Toyotismo é conhecido mundialmente, sendo utilizado como referência em diversas organizações. 

Em se tratando da área de TI, o Kaizen ganhou força através dos métodos ágeis, como o Scrum e o Kanban, em que suas respectivas concepções preveem a realização da cerimônia de retrospectiva, onde integrantes da equipe se reúnem periodicamente para expor suas dificuldades e discutir oportunidades de melhoria. 

No entanto, mais importante do que mapear os problemas, é fundamental endereçar soluções, definir responsáveis e inspecionar o progresso. Afinal, problemas mapeados e engavetados não solucionam, mas podem colaborar para gerar conformismo entre os envolvidos.  

A grande lição que o Kaizen ensina para as organizações no dia a dia é o poder que a implementação de melhorias contínuas pode trazer a longo prazo para as empresas. E, considerando a velocidade em que novas tendências surgem, impulsionando a competitividade no mercado, é fundamental que as companhias invistam nessas ações, visando aprimorar processos e conquistar resultados. Mas, para isso, cabe a reflexão: você consegue melhorar em 1% hoje? Se a resposta é sim, então não perca tempo, e comece.   

Rafael Satim Pereira é Squad Leader da Viceri SEIDOR. 

Sobre a Viceri SEIDOR: 

A Viceri SEIDOR é uma empresa de Tecnologia da Informação que, há mais de 40 anos, apoia a transformação digital das organizações por meio da entrega do ciclo completo de desenvolvimento de produtos digitais. Com 83 escritórios divididos em 40 países, a empresa já soma mais de 8 mil clientes.

Como a transformação digital está redefinindo o futuro do agronegócio?

O agronegócio é um dos principais pilares da economia mundial. Demonstrando sua relevância, só no Brasil, em 2023, o setor correspondeu a 23,8% do PIB do país, de acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. E, um dos grandes aliados para esse desempenho, é o uso da tecnologia, que apoia em todo o processo, desde a produção de insumos até a comercialização da produção.

O segmento já utiliza inovações como a Internet das Coisas (IoT), Big Data, automação, machine learning e, principalmente, a Inteligência Artificial, que mostram, assim como os demais setores, que o agronegócio também sente os impactos da transformação digital e precisa se adaptar às novas tendências.

Isso é, cada vez mais, temos visto a aplicação de tecnologias que antes eram destinadas para grandes empresas do setor, sendo aplicadas de forma crescente no campo e na agroindústria, com o intuito não apenas de apoiar na maior eficiência, mas também aprimorar a adoção de práticas sustentáveis que ajudem a reduzir os impactos ambientais.

A utilização dos recursos tecnológicos também ganha força, considerando o fato de que cada vertical dentro do segmento, possui suas especificidades e regulamentações que precisam ser atendidas. Desta forma, a tecnologia torna-se uma grande aliada na execução de tarefas, bem como no cumprimento das obrigatoriedades previstas para o setor.

Além do aspecto operacional, o uso da tecnologia também pode ser estratégico para auxiliar o segmento a superar outros desafios, como por exemplo, garantir a segurança alimentar. Na prática, essa é, sem dúvidas, uma missão desafiadora, tendo em vista que, até 2050, segundo as projeções da ONU, o mundo deve atingir a marca de 9,7 bilhões de pessoas.

Sendo assim, um outro ponto ganha destaque nessa jornada: unir tecnologia, inovação e gestão. Como citado anteriormente, cada frente do setor possui suas particularidades e, à medida que os desafios do segmento aumentam é primordial buscar por estratégias que ajudem a obter diferenciais competitivos.

E, justamente, neste ponto que se destaca a importância de uma plataforma de gestão integrada. Ou seja, mais do que produzir em larga escala, o agronegócio precisa observar as frequentes transformações, buscar sempre por uma melhor eficiência operacional, atender as demandas e, sobretudo, estar em conformidade com a legislação e órgãos regulatórios.

Tendo em vista tais aspectos, a melhor maneira de garantir sua completa administração é por meio da tecnologia embarcada no uso de um ERP (Enterprise Resource Planning), software que auxilia a gestão empresarial. A ferramenta torna-se uma importante aliada, considerando que agrega para organização benefícios desde uma melhor governança, estruturação de processos, controle operacional, visibilidade até o controle de custos.

Isso é, utilizar um sistema de gestão garante desde uma maior assertividade, mitigação de riscos, otimização de recursos e, até mesmo, a inovação, visto que estimula a criação e implementação de ideias, baseados em dados e informações confiáveis. Além disso, o software ajuda na melhor compreensão do negócio, elimina operações manuais repetitivas e apresenta indicativos em tempo real.

Sua utilização ganha ainda mais relevância considerando a atual era da valorização dos dados, os quais, mais do que serem coletados, precisam ser analisados e administrados em favor da geração de valor para o negócio. Por sua vez, vale destacar que, no ato da escolha da ferramenta, é importante investir em uma solução referência no mercado que ofereça as melhores práticas gerenciais.

Perceber a importância deste investimento é o primeiro passo na mudança da mentalidade organizacional, ainda que o caminho nem sempre seja fácil. Afinal, esse processo impacta a cultura da empresa, que precisa se adaptar com um novo modelo de gestão. Por isso, ter a presença de uma consultoria especializada em plataformas de gestão será o fator chave para indicar o caminho mais adequado para a empresa, observando sua estrutura atual, capacidade de absorver a mudança e observando os investimentos necessários.

Em suma, novas tecnologias surgem a todo instante. E, o grande desafio dos setores, entre eles o agronegócio, será justamente de fazer escolhas e aderir soluções que, de fato, irão contribuir para o seu desempenho. Mais do que entregar, o setor precisará internalizar cada vez mais uma gestão eficiente e que acompanhe o atual momento disruptivo, propondo soluções rápidas e efetivas.

O agro irá se manter como uma potência econômica mundial, e o uso da tecnologia continuará sendo um aliado importante na entrega de resultados e amplo desempenho. Deste modo, agora, a missão do setor é utilizar a inovação não apenas para a produção, mas também em favor da gestão administrativa e financeira, mas também em atividades de backoffice. Para aplicar essa mudança internamente, o segmento precisa o quanto antes deixar de classificar a utilização de plataformas de gestão como um custo, e compreender que se trata de um investimento que trará retorno a longo prazo.

Luiz Fabiano Mendes é formado em Sistemas de Informação e Especialista em Logística Empresarial e diretor de agronegócios da SEIDOR Brasil.

Sobre a SEIDOR:

A SEIDOR é uma empresa global dedicada ao fornecimento de soluções tecnológicas na área de consultoria de software, serviços de TI, inovação, estratégia, infraestrutura, desenvolvimento e manutenção de aplicações on-demand, cloud computing, IoT, entre outros.  Com mais de 30 anos de experiência e um volume de negócios anual superior a R$ 5 bilhões, a SEIDOR conta com mais de 9 mil profissionais atuando na Europa, América Latina, África, Oriente Médio, Ásia e EUA. No Brasil a empresa possui alianças estratégicas com os maiores e mais reconhecidos desenvolvedores de tecnologia do mundo, como SAP, Microsoft, IBM, Google, AWS, entre outros, garantindo soluções robustas e de ponta para seus clientes. Com presença em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Vitória, Goiânia, e Recife, conta com uma equipe de mais de 1.700 profissionais comprometidos em impulsionar o sucesso das empresas.